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Vale do Taquari

Núcleo de Informações Hidrometeorológicas da Univates divulga boletim com previsões para o inverno de 2025

Por Lucas George Wendt

Postado em 25/06/2025 13:01:09


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O inverno de 2025 começa oficialmente às 23h42min do dia 20 de junho, segundo os parâmetros astronômicos, com o fenômeno do solstício de inverno — quando ocorre o dia mais curto e a noite mais longa do ano. Embora essa data marque simbolicamente a chegada da estação, o Núcleo de Informações Hidrometeorológicas (NIH) da Univates ressalta que, do ponto de vista climático, as características típicas do inverno começam a se manifestar desde maio e se estendem até as primeiras semanas da primavera.

Segundo o boletim divulgado recentemente pelo NIH, o inverno de 2025 deve ocorrer sob um cenário de neutralidade climática, ou seja, sem influência dos fenômenos El Niño ou La Niña. No entanto, um leve resfriamento dos oceanos está sendo monitorado para o segundo semestre, com possíveis efeitos mais perceptíveis a partir da primavera.

Frio típico, mas menos frequente

A previsão indica que as temperaturas devem ficar ligeiramente acima da média histórica para a região sul do Brasil. Isso não significa ausência de frio — ondas de frio mais intensas, com potencial para formação de geadas fortes, especialmente em junho e julho, ainda são esperadas. O NIH alerta que, apesar de um inverno potencialmente menos rigoroso, eventos isolados de frio intenso continuarão ocorrendo.

“Junho tende a registrar as menores temperaturas mínimas absolutas, enquanto julho costuma apresentar as menores médias mensais. Portanto, são os meses com maior potencial para episódios de frio mais severo”, explica a nota técnica do NIH.

Ao final do inverno, a tendência é de dias com maior amplitude térmica — manhãs frias seguidas de tardes quentes. Setembro pode inclusive registrar dias com temperaturas elevadas, que lembrarão o verão. Apesar disso, o boletim não descarta o risco de geadas tardias entre agosto e setembro.

Clima de fronteira e instabilidade

A região sul do Brasil está localizada em uma zona de latitudes médias, considerada uma área de fronteira climática, o que a torna suscetível à atuação de diversos sistemas atmosféricos. A frente fria é o principal sistema meteorológico no período, provocando chuvas e, na sua retaguarda, permitindo a entrada de massas de ar frio — estas, sim, responsáveis pela queda nas temperaturas.

Vale destacar que a oscilação térmica é uma característica marcante da estação. “Nem todo dia é frio. É comum termos variações bruscas e até dias com temperaturas próximas dos 30°C, devido à alternância entre massas de ar frio e quente”, esclarece o boletim.

Outro fenômeno recorrente durante o inverno são os nevoeiros e neblinas, que reduzem significativamente a visibilidade no período da manhã e elevam os índices de umidade relativa do ar para até 98%. No entanto, durante a tarde, esses índices podem cair para 40% ou menos em alguns locais.

Chuvas devem superar média histórica

A previsão para os volumes de chuva durante o inverno também chama atenção. O NIH indica que a estação deve apresentar precipitação total acima da média, com maior regularidade a partir do final do inverno. Junho já deve iniciar esse padrão, com volumes acima da média. Em julho, os níveis devem se manter próximos da normalidade, enquanto agosto e setembro tendem a registrar chuvas ligeiramente acima da média.

Com isso, os últimos dois meses da estação devem concentrar maior risco de tempo severo, com possibilidade de temporais, vendavais e até queda de granizo. “Essa é uma preocupação constante, especialmente em setembro, quando o contraste térmico favorece a formação de tempestades mais intensas”, destaca o NIH.

Solstício e a influência dos astros

O solstício de inverno, fenômeno que marca o início da estação nesta quinta-feira (20), acontece devido à inclinação do eixo da Terra e ao seu movimento de translação ao redor do Sol. Nesse momento, o Sol atinge a maior distância angular em relação ao Polo Sul, distribuindo de forma desigual a luz solar entre os hemisférios. O resultado é um dia com menor duração e uma noite mais longa no Hemisfério Sul.

O inverno se encerra oficialmente no dia 22 de setembro, às 15h19min, dando início à primavera. Até lá, o NIH reforça a importância de acompanhar os boletins meteorológicos para melhor se preparar para os períodos de frio intenso ou eventos climáticos extremos.

Como funciona a previsão do tempo do NIH?

A previsão do tempo é organizada a partir da compilação das informações disponíveis em diferentes portais de clima e tempo, além do acompanhamento de variáveis meteorológicas registradas pela estação meteorológica da Univates, em Lajeado, e pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet)

Para isso, o setor consulta as mais variadas fontes, como: imagens do satélite meteorológico GOES 16 e modelos numéricos disponibilizados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), imagens de radar meteorológico divulgadas pela Rede de Meteorologia do Comando da Aeronáutica (Redemet), mapas de previsão do tempo do National Centers for Environmental Prediction (NCEP/NOAA) e do Windy.

O NIH

O Núcleo atua nas áreas de meteorologia e hidrologia. Suas atividades consistem no monitoramento de elementos meteorológicos e hidrológicos, elaboração da previsão do tempo e transmissão dessas informações para veículos de comunicação da região. O NIH também acompanha alertas meteorológicos e hidrometeorológicos emitidos pelos sites do Inmet, Inpe e Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM). 

Além disso, as variáveis meteorológicas obtidas pela estação meteorológica instalada no campus da Univates, em Lajeado, formam um banco de dados de 19 anos, que pode ser utilizado tanto pelo público acadêmico quanto pelo privado.

 

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