Uma equipe formada por técnico-administrativos, bolsistas e professores do Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo (Semeia Emau) da Universidade do Vale do Taquari - Univates, em parceria com três diplomados do curso de Arquitetura e Urbanismo, participou do Concurso Internacional de Arquitetura Kaira Looro 2025 - Escola Infantil. O concurso tem o propósito de descobrir novos talentos e adotar modelos de arquitetura sustentável para fins humanitários, melhorando as condições de vida em países em desenvolvimento.
Nesta edição, o concurso tinha como objetivo selecionar uma proposta de arquitetura escolar infantil que promovesse desenvolvimento, oferecendo um ambiente seguro, acolhedor e inclusivo para as crianças da região do Sul do Senegal, uma área de extrema vulnerabilidade social e sem acesso a direitos básicos, como a educação infantil. Segundo o edital, “uma arquitetura que inspire confiança e serenidade nas crianças, nas famílias e na comunidade, um ambiente acolhedor, único e simbólico, onde cada criança se possa sentir valorizada e acompanhada no seu crescimento”.
De 25 de março a 10 de junho, a equipe da Univates realizou encontros quinzenais para discussão de ideias e elaboração da proposta. O conceito do projeto apresentado baseia-se nas etnias do território, valorizando o saber que emerge da terra, na qual o lugar da infância torna-se um espaço de esperança, instigando a criatividade e a imaginação das crianças.
A concepção arquitetônica inspirou-se na proporção áurea, utilizando sua harmonia e simetria para guiar as linhas do terreno e a composição formal da edificação. O projeto foi dividido em quatro áreas funcionais: orientação, acesso secundário, educação e área lúdica. Cada um dos setores desempenha um papel essencial na dinâmica da escola, promovendo integração entre espaços de ensino e recreação.
Kauê Borges, integrante da equipe e acadêmico de Arquitetura e Urbanismo, comenta que a experiência obtida por meio do concurso Kaira Looro foi muito gratificante e contribuiu para a formação como um futuro arquiteto. “Além de o tema ser extremamente pertinente, a oportunidade de poder participar da elaboração de uma proposta para um país como o Senegal me permitiu conhecer mais sobre a cultura, o clima e o modo de vida da comunidade. A cada nova reunião com a equipe eu aprendia algo novo e entendia mais sobre como projetar de maneira inteligente, sustentável e acessível”, ressalta.
Também participaram da elaboração da proposta a professora Dra. Jamile Weizenmann; o arquiteto e urbanista Jeandres Rosa; a arquiteta e urbanista Bárbara Delazeri; o técnico-administrativo Maico Azevedo; e os diplomados Ana Paula Feldens Gerhardt, Bruna Zanoni Ruthner e Eduardo Felipe Possamai.
