Entre os dias 28 e 31 de julho, o campus da Universidade do Vale do Taquari – Univates se tornou palco de uma experiência imersiva para dezenas de jovens aprendizes. Participantes dos cursos de Assistente Administrativo e Operador de Sistemas de Computadores, vinculados ao programa Jovem Aprendiz do Centro de Ensino Profissional - CEP da Universidade do Vale do Taquari - Univates, viveram uma semana dedicada ao aprendizado prático, à troca de experiências e à aproximação com o ambiente profissional.
A programação contou com atividades conduzidas por nove professores dos cursos técnicos da instituição, realizadas nos turnos da manhã e da tarde. Os encontros, pensados especialmente para aprendizes das empresas Hassmann e Dresch Vidros, uniram teoria e prática em oficinas interativas que estimularam a criatividade, a colaboração e o desenvolvimento de novas habilidades.
Um momento esperado pelos participantes
Segundo o professor e coordenador do projeto na Univates, Jeandres Rosa, o clima de expectativa entre os aprendizes é visível a cada edição da semana de oficinas. “Eles aguardam ansiosos pela oportunidade de vir à Univates, e aproveitamos o período de férias escolares para oferecer essa semana de atividades que fortalece a formação integral dos aprendizes”, explica. Essa motivação foi percebida desde o primeiro dia. Ao chegarem à instituição, os jovens foram recebidos em um espaço preparado para incentivá-los a explorar novas ideias e a se conectar com diferentes áreas do conhecimento. As atividades foram planejadas para criar pontes entre os conteúdos trabalhados nos cursos regulares e sua aplicação no cotidiano profissional, fortalecendo competências essenciais para a inserção e o crescimento no mercado de trabalho.
Oficinas que aproximam teoria e prática
Durante os quatro dias de programação, as oficinas se concentraram em três eixos: aprimoramento técnico, desenvolvimento de habilidades interpessoais e estímulo à visão crítica sobre o mundo do trabalho. No eixo técnico, os aprendizes puderam aprofundar seus conhecimentos em áreas diretamente relacionadas às funções desempenhadas no dia a dia. Os estudantes de Assistente Administrativo participaram de atividades de organização de processos, uso de ferramentas de gestão e simulação de rotinas administrativas. Já os do curso de Operador de Sistemas de Computadores exploraram tópicos como manutenção básica de equipamentos, utilização de softwares de produtividade e noções de segurança digital.
As atividades não se restringiram a instruções formais. Em vez disso, os professores optaram por metodologias dinâmicas, nas quais os participantes trabalhavam em grupos para resolver problemas simulados, o que favoreceu a troca de conhecimentos entre colegas e permitiu que cada um contribuísse com suas habilidades individuais.
Trabalho em equipe e criatividade como protagonistas
Além das competências técnicas, as oficinas reforçaram a importância do trabalho em equipe. Situações-problema exigiram colaboração entre aprendizes com perfis e áreas de atuação distintas, algo que reflete a realidade de muitas empresas, nas quais o sucesso depende da capacidade de dialogar e cooperar com pessoas de diferentes setores.
A criatividade também ganhou espaço. Em uma das atividades, os jovens foram desafiados a criar soluções inovadoras para situações comuns no ambiente corporativo, como otimizar um processo ou melhorar o atendimento ao cliente. Para isso, utilizaram recursos simples, mas aplicaram conceitos aprendidos ao longo do curso e durante as oficinas.
Segundo Jeandres Rosa, essas vivências são fundamentais para que os aprendizes percebam que as habilidades técnicas precisam andar lado a lado com competências socioemocionais. “O mundo do trabalho valoriza cada vez mais a capacidade de pensar de forma criativa e de se comunicar bem. As oficinas são um ambiente seguro para que eles experimentem, errem, acertem e aprendam com o processo”, afirma.
Aproximação com a realidade profissional
Outro diferencial da semana foi a presença constante de exemplos e contextos reais trazidos pelos professores. Situações vivenciadas no mercado de trabalho foram adaptadas para exercícios práticos, permitindo que os aprendizes visualizassem como os conhecimentos adquiridos em sala podem se transformar em soluções no dia a dia de uma empresa. “Quando eles percebem que aquilo que estão aprendendo é útil de verdade, o engajamento cresce. Muitos comentam que voltam para o trabalho já pensando em como aplicar as ideias que surgiram aqui”, relata o coordenador.
Parceria com empresas e impacto na formação
O programa Jovem Aprendiz Univates mantém parceria com empresas da região, como a Hassmann e a Dresch Vidros, que participaram desta edição. Essas empresas oferecem aos jovens a oportunidade de aplicar, no contexto profissional, as habilidades desenvolvidas nos cursos e nas atividades complementares, como a semana de oficinas.
Para as organizações, investir na formação de aprendizes significa contribuir para a construção de uma equipe mais qualificada e alinhada às necessidades do mercado. Para os jovens, é uma chance de iniciar a carreira com uma base sólida, que une teoria, prática e valores éticos.
Reflexos além da sala de aula
O impacto da iniciativa não se limita ao período das oficinas. Muitos participantes relatam que a experiência desperta maior interesse por novas áreas de conhecimento e motiva a busca por qualificações adicionais. Além disso, o contato com diferentes professores e metodologias amplia a rede de contatos e as referências profissionais dos aprendizes.
Outro efeito observado é a melhora na autoconfiança. Ao enfrentar desafios práticos e ver suas ideias valorizadas, os jovens percebem seu potencial e se sentem mais preparados para lidar com situações complexas. Essa segurança tende a se refletir em melhor desempenho no ambiente de trabalho e maior disposição para assumir responsabilidades.
Expectativas para o futuro
Com o sucesso desta edição, a expectativa é de que a semana de oficinas continue crescendo e se consolidando como um momento marcante no calendário do programa Jovem Aprendiz Univates. A participação de novos professores e a inclusão de temas emergentes — como sustentabilidade, inovação e empreendedorismo — estão entre as possibilidades para as próximas edições.
Para Jeandres Rosa, o saldo da semana é amplamente positivo: “Quando vemos o brilho nos olhos deles, a forma como participam, perguntam e se dedicam, percebemos que estamos no caminho certo. Acreditamos que investir no potencial desses jovens é investir no futuro da nossa comunidade.”
No encerramento, o clima era de celebração e gratidão — tanto por parte dos participantes quanto dos professores e das empresas parceiras. Entre abraços, trocas de contatos e promessas de manter o vínculo, ficou evidente que a semana de oficinas não foi apenas uma atividade no calendário, mas um marco na trajetória desses jovens.
