A primavera astronômica teve início nesta segunda-feira, 22 de setembro de 2025, às 15h19min (horário de Brasília), marcando o equinócio, momento em que o dia e a noite têm a mesma duração. A estação, que faz a transição para o verão, promete temperaturas mais amenas no início, gradualmente mais quentes, e chuvas frequentes na região. A primavera é historicamente a estação mais chuvosa do ano.
De acordo com o Núcleo de Informações Hidrometeorológicas (NIH) da Univates, as projeções indicam precipitação ligeiramente acima da média climatológica de 552,3 mm para o período. Setembro deve registrar os volumes mais elevados, enquanto outubro, mês tradicionalmente mais chuvoso, deve ficar próximo da normalidade. Novembro pode apresentar chuvas um pouco abaixo da média, e dezembro tende a ser mais seco, como é característico.
O cenário climático atual é de neutralidade, sem influência dos fenômenos El Niño ou La Niña. No entanto, modelos climáticos apontam 71% de probabilidade de retorno da La Niña entre outubro e dezembro, segundo a Administração Atmosférica e Oceânica dos Estados Unidos (NOAA). Caso se confirme, os efeitos devem ser sentidos apenas no final da primavera e início do verão, de maneira mais fraca, o que pode trazer períodos mais secos, mas sem afastar totalmente a instabilidade.
As temperaturas devem ficar ligeiramente acima da média, com grande amplitude térmica: manhãs mais frias e tardes agradáveis a quentes. Frentes frias ainda podem provocar quedas de temperatura temporárias, inclusive com possibilidade de frio tardio em áreas mais elevadas entre outubro e novembro. Entre novembro e dezembro, episódios de calor intenso não estão descartados.
A estação também traz riscos de eventos extremos, como chuvas intensas em curto período, temporais com raios, granizo e ventos fortes. Nevoeiros em noites e madrugadas podem reduzir a visibilidade. O NIH alerta ainda para cuidados com a saúde, já que a maior polinização e as variações de temperatura favorecem crises alérgicas.
Como funciona a previsão do NIH?
A previsão do tempo é organizada a partir da compilação das informações disponíveis em diferentes portais de clima e tempo, além do acompanhamento de variáveis meteorológicas registradas pela estação meteorológica da Univates, de Lajeado, e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Para isso, o setor consulta as mais variadas fontes, como: imagens do satélite meteorológico GOES 16 e modelos numéricos disponibilizados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), imagens de radar meteorológico divulgadas pela Rede de Meteorologia do Comando da Aeronáutica (Redemet), mapas de previsão do tempo do National Centers for Environmental Prediction (NCEP/NOAA) e do Windy.
O NIH
O Núcleo atua nas áreas de meteorologia e hidrologia. Suas atividades consistem no monitoramento de elementos meteorológicos e hidrológicos, elaboração da previsão do tempo e transmissão dessas informações para veículos de comunicação da região. O NIH também acompanha alertas meteorológicos e hidrometeorológicos emitidos pelos sites do Inmet, Inpe e Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM). Além disso, as variáveis meteorológicas obtidas pela estação meteorológica instalada no campus da Univates, em Lajeado, formam um banco de dados de 19 anos, que pode ser utilizado tanto pelo público acadêmico quanto pelo privado.
