De 20 a 23 de novembro, o Baja Univates Team, formado por estudantes dos cursos de Engenharias da Universidade do Vale do Taquari - Univates, participou da 22ª Competição Baja SAE Brasil - Etapa Sul, realizada na Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba. Além de outros resultados expressivos, os acadêmicos conquistaram a 5ª colocação na disputa que os desafiou a construir e testar um veículo off-road conhecido como Baja (semelhante a um “buggy” ou “gaiola”).
O Baja SAE é um projeto internacional focado no desenvolvimento de um veículo off-road para competição. Os acadêmicos que participam do Baja SAE Brasil devem formar equipes que representam as instituições de ensino em que estudam. Essas equipes são desafiadas anualmente a participarem das competições regionais (Etapa Sul, Sudeste e Nordeste), nacional e internacional, durante as quais os juízes avaliam e atribuem pontuações aos projetos apresentados.
O professor Luís Antônio Orlandini prestou apoio técnico à equipe da Univates, oferecendo orientação e suporte durante as fases de planejamento, construção e testes do veículo off-road. “Para nos prepararmos para a disputa, estudamos intensamente o regulamento da competição, já que neste ano desenvolvemos um veículo novo. Também nos familiarizamos com as características dos materiais utilizados e com as técnicas de construção para o novo chassi. À medida que o veículo foi sendo construído, houve ênfase cada vez maior nos aspectos de segurança operacional e na realização de simulações das provas para a identificação e correção de inconformidades”, relembra.
“A equipe enfrentou o maior desafio da competição durante a prova de enduro de resistência, que teve quatro horas de duração. Foi difícil porque a prova ocorreu em uma pista de terra, repleta de obstáculos capazes de comprometer a estrutura do veículo e ocasionar situações de intervenções para manutenções não programadas, que obrigam os estudantes a buscarem soluções rápidas e seguras para continuarem na disputa”, comenta o professor.
Orlandini orgulha-se da participação do Baja Univates Team na competição, explicando que as atividades do projeto ajudam os acadêmicos a ampliarem conhecimentos e adquirirem experiência para além da sala de aula. “Reconhecidas por empresas e instituições, essas vivências facilitam a inserção e a manutenção dos estudantes no mercado de trabalho, que, como sabemos, valoriza profissionais diferenciados”, afirma.
“O Baja é fruto de muitas horas de trabalho e do conhecimento que atravessa gerações”
Integrantes do Baja Univates Team, os estudantes Henrique Wottrich e Mateus Eduardo Steffens comemoram os resultados obtidos na competição: 5ª colocação no quadro geral; 3ª colocação na Avaliação de Projeto Dinâmico; 4ª colocação na Prova de Aceleração; 3ª colocação na Prova de Velocidade; 3ª colocação na Prova de Manobrabilidade; 4ª colocação na Prova de Suspensão; 4ª colocação no Super Prime e 5ª colocação na Prova de Enduro de Resistência.
“A disputa é sempre um desafio: passamos muitos dias construindo o carro e desenvolvendo as apresentações teóricas. Toda a experiência é um aprendizado sobre como as diferentes áreas do conhecimento são aplicadas na prática. O evento traz oportunidades para todos os participantes, especialmente para aqueles que se destacam. O Baja é uma porta de entrada para quem deseja construir uma carreira no automobilismo ou na indústria em geral, pois proporciona maneiras práticas de aplicar a teoria aprendida em sala de aula”, reflete Wottrich, capitão da equipe.
Para Steffens, que pilotou o veículo nas provas, participar da competição também foi muito gratificante. “Temos a sensação de dever cumprido depois de tanto trabalho e dedicação ao projeto. Aprendemos, principalmente, a trabalhar em equipe e dividir tarefas. O trabalho em equipe, aliás, é essencial durante a disputa, já que sempre precisamos estar atentos aos cronogramas e horários. O nosso time se mostrou muito organizado, com todos se esforçando para concluir suas tarefas no tempo certo”, conta.
“O Baja é fruto de muitas horas de trabalho e do conhecimento que atravessa gerações e que culmina no amadurecimento dos estudantes. O projeto não é simples ou fácil: ele exige empenho e dedicação intensa de pessoas que querem dar o seu melhor e que são apaixonadas por desafios técnicos”, pontua Wottrich.
Acadêmicos de qualquer curso da Univates podem participar do Projeto Baja, independentemente de sua área de formação*. Steffens deixa um conselho valioso para os estudantes envolvidos ou que vão se envolver na iniciativa. “Sugiro que vocês reservem um tempo exclusivo durante a semana para realizarem as atividades e participarem dos encontros presenciais, que ocorrem aos sábados à tarde no Prédio 17 da Univates. Esse será o compromisso que irá ajudá-los a desenvolver aspectos importantes (liderança, trabalho em equipe e capacidade de lidar com múltiplas tarefas) para a vida profissional”, conclui.
*Entre em contato com o Baja Univates pelo Instagram ou Facebook.
