Utilizamos cookies neste site. Alguns são utilizados para melhorar sua experiência, outros para propósitos estatísticos, ou, ainda, para avaliar a eficácia promocional do nosso site e para oferecer produtos e serviços relevantes por meio de anúncios personalizados. Para mais informações sobre os cookies utilizados, consulte nossa Política de Privacidade.

O mito que alimenta a rivalidade de Brasil e Uruguai

Por -

Postado em 13/10/2008


Compartilhe

Elise Bozzetto

Susana debateu sobre a criação da identidade
nacional do Uruguai

"Nação não é somente identidade política, é uma construção cultural". Com esta frase, a doutora Susana Bleil de Souza, professora da Ufrgs, abriu a semana acadêmica do Curso de História da Univates. A palestra, que reuniu acadêmicos e professores nesta segunda-feira, dia 13, teve como título "O pincel e a pena: pintando e narrando um mito político fundacional". O apelo poético do tema, no entando, carrega uma história marcada por uma relação de luta e discórdia entre dois países vizinhos: Brasil e Uruguai.

O estudo da doutora é baseado nas obras dos artistas Juan Manuel Blanes, pintor, e Eduardo Acevedo Díaz, escritor. Em épocas diferentes, os artistas representaram o que seria o ideal de independência que o país tanto buscava.

Na tentativa de transformar o Uruguai em uma nação independente, a elite letrada sente a necessidade de construir uma identidade livre das ameaças do Brasil imperial. A preocupação em delimitar e fechar as fronteiras geopolíticas e culturais culmina com a ditadura militar em 1873. O período, marcado pela modernização do país, promove a inserção no Uruguai no mercado mundial principalmente com a exportação de produtos agropecuários.

A região da Campanha, fronteira com o Brasil, antes caracterizada pela forte influência do idioma e cultura brasileira, recebe escolas de ensino espanhol e cercas para delimitar o território que a cultura brasileira não poderia invadir. Terras uruguais que estavam nas mãos de brasileiros são compradas pelo governo e as estâncias são convertidas em empresas capitalistas. "No início do século XX é contruído o porto de Montevideo. É neste período que surge a Geração Fundacional, deixando de lado e espírito platino para assumir o espírito Uruguaio, que busca independência do Brasil. Esta ruptura consolida a imagem dos brasileiros como uma ameaça em potencial", explica Susana.

A semana segue com programação. Nesta terça-feira, dia 14, alunos concluintes apresentarão seus trabalhos de conclusão de curso. Na quinta, dia 16, o debate fica com o doutor Júlio Quevedo, da Universidade Federal de Santa Maria, que apresenta o tema "América Hispânica: reformas bourbônicas e a crise do sistema colonial". A palestra será no auditório do prédio 3, a partir das 19h30min. Encerrando a grade de eventos, a sexta-feira tem a análise do filme "O Banheiro do Papa", com a professora doutora Rosane Cardoso, da Univates. A apresentação do filme, seguido do debate, acontece no auditório do Prédio 11, a partir das 19h30min. As palestras têm entrada gratuita.

Informações na Secretaria de Extensão e Pós-Graduação, sala 110 do Prédio 1 da Univates, pelos telefones (51) 3714-7011 e 0800 7 07 08 09.


Fonte: Setor de Marketing e Comunicação

Fique por dentro de tudo o que acontece na Univates. Escolha um dos canais para receber as novidades:

Compartilhe

voltar