Em decorrência da pandemia de covid-19, crianças e adolescentes foram afastados por um longo período do ambiente escolar, levando as instituições educacionais a adotarem a virtualização como uma das principais formas de comunicação com os alunos. O impacto desse afastamento na saúde psicomotora de crianças entre os 3 e 5 anos foi tema do trabalho de conclusão de curso desenvolvido pela diplomada em Fisioterapia da Universidade do Vale do Taquari - Univates Martina Konzen Motiska.
A diplomada, motivada pelo seu interesse em fisioterapia neuropediátrica, conduziu uma pesquisa com o objetivo de avaliar o desenvolvimento psicomotor de crianças que retornaram à Escola de Educação Infantil (EEI) no município de Lajeado, no Rio Grande do Sul, após o prolongado período de afastamento entre março de 2020 e abril de 2021.
Martina explicou que, apesar da separação das áreas durante a avaliação, elas dependem uma da outra para um bom desenvolvimento das aptidões de coordenação, consciência corporal, lateralidade e equilíbrio.
A coleta de dados ocorreu de forma presencial e individual, com autorização dos pais e responsáveis pelas crianças. Dos 34 participantes, 33 (97,05%) apresentaram suspeita de atraso no desenvolvimento neuropsicomotor. A área de linguagem foi a mais afetada, seguida por motora fina adaptativa, pessoal social e, por último, motora grossa. O desenvolvimento inadequado da linguagem em 16 das 34 crianças sugere atrasos em comparação com crianças da mesma idade cronológica.
