O 1º lugar do Urban 21, concurso nacional de urbanismo realizado pela revista Projeto Design, foi conquistado por quatro estudantes de Arquitetura e Urbanismo da Univates. Orientados pelo professor César Wagner, os acadêmicos Lucas Richardt Medeiros, Alexandre Engel Budiner Höllermann, Karina Taís Krein e Artur Pretto Junqueira foram premiados por um projeto de revitalização planejado para a região do baixo 4º Distrito, em Porto Alegre, que compreende os bairros Navegantes, São Geraldo, Floresta e Marcílio Dias.

 

O concurso busca abranger arquitetura, paisagismo e transporte, incentivando a prática do desenho urbano entre estudantes. Nessa edição, 64 equipes de todo o Brasil enviaram projetos e cinco ficaram finalistas. A premiação ocorreu na segunda-feira passada, dia 7 de dezembro, em São Paulo. “Percebemos o quanto a Univates foi reconhecida naquele momento. Uma universidade do interior estar entre os cinco finalistas na primeira edição do concurso já é uma surpresa, imagine então a emoção de ficar em 1º lugar”, conta Karina.

 

O projeto pensado por eles envolve uma região com grande importância histórica para a cidade de Porto Alegre, com uma antiga área portuária e industrial. A proposta do grupo tem, aproximadamente, 24 hectares e faz parte de um masterplan desenvolvido para a totalidade da área do baixo 4º Distrito. O trabalho foi planejado para uma disciplina do curso, mas foi aperfeiçoado para o concurso, tendo em vista a potencialidade do local e o estado em que ele se encontra hoje. A proposta foi publicada na revista Projeto Design de dezembro. Além disso, o grupo recebeu diploma, troféu e uma quantia em dinheiro. Conforme Karina, a Univates era a universidade finalista mais distante da capital. “Não que não acreditássemos na qualidade do nosso trabalho, mas, por sermos do interior, não imaginávamos ficar em 1º lugar”, explica. “Já estávamos realizados por estar lá”, completa Medeiros.

 

Conforme depoimento do júri, o trabalho do grupo destacou-se pelo ótimo desenho e pela impecável apresentação, além da grande importância histórica da área para a cidade escolhida. “O trabalho poderia facilmente participar de competições profissionais e traz uma solução viável para reverter o quadro de decadência em que o local se encontra atualmente”, considera o júri.

 

Texto: Ana Amélia Ritt