Qual a metodologia ideal ou possíveis metodologias para o seu TCC

Com o passar dos semestres, os estudantes se aproximam do Trabalho de Conclusão de Curso, o temido TCC. Tão importante quanto a escolha do tema e do problema de pesquisa é a definição da metodologia. A partir dos métodos, o estudante conquista os resultados da pesquisa.

Método ou metodologia significam meios para se chegar a algum lugar. De acordo com o professor de Introdução à Pesquisa em Comunicação, Flávio Meurer, não existe uma metodologia ideal para toda e qualquer pesquisa acadêmica, mas, sim, uma metodologia mais adequada para os seus objetivos. 

O início parte de uma curiosidade, uma inquietação ou uma dúvida dentro da sua área de conhecimento, como Biologia, Psicologia, Educação Física, História, Educação, Linguística, Comunicação, entre outras. O professor explica que é preciso transformar essa dúvida em um problema de pesquisa: uma pergunta que possa ser respondida cientificamente para que se produza um conhecimento novo ou se confirme um conhecimento já estabelecido na sua área. Após, define-se o objetivo geral, ou seja, aonde você quer chegar.

As metodologias estabelecem como você vai chegar a esse objetivo. Por exemplo: se seu objetivo é saber o que determinada comunidade pensa sobre um assunto, é possível que um questionário direcionado a uma amostra estatística dessa comunidade seja o mais adequado. Já se você vai procurar entender a história de uma comunidade, de uma empresa ou de uma pessoa, talvez um levantamento documental e entrevistas em profundidade com pessoas-chave deem melhores resultados, explica o professor Flávio. 

Nesse sentido, a base de qualquer trabalho é a revisão bibliográfica de artigos e livros. “Assim nos atualizamos sobre teorias e estudos já realizados sobre o tema”, esclarece a professora. Outras pesquisas também necessitam de análise de documentos. Conforme Jane, esses documentos são gerados por outros órgãos como dados de pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Sempre tem alguém que já gerou dados sobre o nosso tema, que são essenciais para contribuir para nossa pesquisa”, expõe.

Também há a possibilidade de pesquisa de campo, a qual exige que o estudante interaja, converse e entreviste pessoas no ambiente em que o fenômeno estudado de fato acontece. “Para isso, há vários procedimentos, como entrevistas, questionários, formulários, pesquisas de opinião e observação. Após, os dados coletados precisam ser tratados com base na revisão bibliográfica”, explica Jane.

As análises podem ser de conteúdo, de imagem, textual, de discurso, de oralidade, entre outras. “Tenho que ter uma forma de análise e tratamento daquilo que foi coletado”, conclui a professora. 

De modo geral, é possível classificar as metodologias em:

- Pesquisa exploratória: trata-se de um estudo mais aprofundado sobre um assunto desconhecido.

- Pesquisa descritiva: caracteriza-se por trabalhar com um tema mais popular e conhecido. O papel do pesquisador é descrever uma situação, experiência ou observação.

- Pesquisa explicativa: normalmente complementa trabalhos desenvolvidos com as outras metodologias já citadas, exploratória e descritiva. Ela é mais comum em dissertações de mestrado e teses de doutorado.