Na noite da última terça-feira, dia 8, a Univates sediou reunião com a participação da Administração Municipal e representantes de diversas empresas da área da Tecnologia da Informação de Lajeado para discutir formas de cooperação.

O objetivo é que a Instituição de Ensino Superior possa auxiliar no desenvolvimento mais acelerado dessas empresas, aproveitando as oportunidades do mercado nacional e internacional, incluindo desde questões relacionadas à qualificação da mão-de-obra até questões de uma maior integração entre as empresas, e criando sinergias altamente positivas.

Entre os participantes estiveram o reitor da Univates, Ney José Lazzari, o prefeito de Lajeado, Luís Fernando Schmidt, os secretários municipais de Indústria e Comércio, Léo Bolsi, e de Governo, Auri Heisser, o diretor do Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas da Univates, Mouriac Diemer, o coordenador do Parque Científico e Tecnológico do Vale do Taquari - Tecnovates, Eloni Salvi, a coordenadora do Escritório de Relações com o Mercado da Univates, Cristiani Reimers, o coordenador de TI da Univates, Paulo Roberto Mallmann, o consultor de TI da Univates, professor Cândido da Silva, a secretária do Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat), Cíntia Agostini.

Conforme Lazzari, a ideia é pensar em alternativas de trabalho conjunto, começando por Lajeado e expandindo a todo o Vale do Taquari. "A Univates tem algumas coisas a oferecer e a sugerir. Há um potencial que precisa ser trabalhado em nossa região, e são diversos os instrumentos e as fontes de fomento que podem ser acionados para auxiliar nesse projeto", disse ele, citando como exemplos o Codevat, o Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas (Comung), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs) e a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado.

Convidado para falar aos presentes na ocasião, o professor Renato de Oliveira, consultor do Comung, ex-secretário estadual de Ciência e Tecnologia e que atualmente trabalha com gestão da inovação, fez uma provocação ao grupo, para que passe a trabalhar em conjunto. "A Univates pode e deve ser uma agência de desenvolvimento regional, pois é ousada e tem perfil inovador. Ela é o suporte necessário para o desenvolvimento de um setor industrial como esse, que tem a pesquisa como base", afirmou. Oliveira ressaltou ainda que o impacto desse setor na economia local é muito grande. "E poder reunir esse setor localmente é uma oportunidade que não poderia ser desperdiçada", acrescentou.

Renato de Oliveira falou também sobre a relação entre os três elementos desse grande projeto - Univates, empresas e poderes públicos locais e regionais. "Que tipo de iniciativa compete a cada um desses agentes?", questionou, fazendo menção a Univates e as empresas. E observou, logo em seguida, com a ajuda de diversos exemplos, que ambos são demandadores de serviços e provedores de soluções. "A região pode conquistar maiores graus de autonomia, e o poder público pode facilitar uma série de questões", destacou. O objetivo maior, segundo ele, é trabalhar no sentido de construir um ambiente de competição colaborativa. "Competir de forma associada, essa é a ideia", concluiu.

Na sequência, foram apresentados ao grupo a estrutura de TI da Univates, o Parque Tecnológico Tecnovates e o Escritório de Relações com o Mercado. O prefeito Luís Fernando Schmidt também se pronunciou, avaliando a reunião como muito produtiva e desejando que o projeto prospere. Ficou definida a realização de mais reuniões nos mesmos moldes até que se crie uma comissão que efetivamente dará andamento à iniciativa.

 

Texto e fotos: Tamara Bischoff