Utilizamos cookies neste site. Alguns são utilizados para melhorar sua experiência, outros para propósitos estatísticos, ou, ainda, para avaliar a eficácia promocional do nosso site e para oferecer produtos e serviços relevantes por meio de anúncios personalizados. Para mais informações sobre os cookies utilizados, consulte nossa Política de Privacidade.

Novas versões para uma mesma vida

Postado em 27/12/2013 11h15min

Por Ronaldo Ely Rempel

Duas intercambistas da Univates passam por experiência única e inovadora em suas vidas. A colombiana Gabriela Muñetón Bello, 21 anos, estudante do curso de Letras, e a brasileira Emanuele Sopelsa Scherer, 21 anos, estudante de Relações Internacionais trocaram suas casas e famílias durante um semestre de estudos. As duas se conheceram no Brasil, no primeiro semestre de 2013, e, desde então, se tornaram amigas “inseparáveis”. Parece coisa de filme, mas se trata apenas de uma atitude solidária por meio da qual ambas se beneficiam e passam por grande aprendizado.

Gabriela está no Brasil desde o início do ano, fazendo intercâmbio na Univates. Durante o primeiro semestre, a jovem ficou na casa oferecida aos intercambistas da Instituição e, em seguida, deveria retornar para a Colômbia, mas resolveu estender seu período de estudos aqui, devendo abrir mão da moradia concedida. Na época, Emanuele estava se preparando para um semestre de estudos na Colômbia. Foi então que surgiu a solução para que Gabriela pudesse ficar no Brasil, além de facilitar a ida de Emanuele para a Colômbia: a “troca de famílias”. Seria apenas um semestre, mas que certamente oportunizaria a criação de laços afetivos e de lembranças para a vida toda.

Emanuele já se relacionava há bastante tempo com os diversos estudantes estrangeiros que vinham até a Univates fazer intercâmbio. Agora, estando no lugar deles, sente-se muito bem acolhida na Colômbia, principalmente na casa da família Bello. “Meus pais, irmão, tios e primos 'emprestados' sempre me fazem rir depois de um dia cansativo. Esmeralda, mãe da Gabriela, me leva até a porta quando vou para a universidade, xingando por eu não tomar o café da manhã com ovos, sopas e tudo mais que os colombianos estão acostumados a comer”, afirma. Segundo ela, o mais engraçado é quando Esmeralda entra no seu quarto, vê a bagunça e fala: “Só mudaram os corpos, a bagunça está como a Gabriela fazia”.

A jovem escolheu a Colômbia como destino por ser um espaço rico para estudos sobre a América Latina. A estudante tinha como plano aprender elementos fundamentais sobre o comércio ilegal na fronteira, para abordar no seu trabalho de conclusão de curso. “Tinha a visão de que a Colômbia se caracterizava basicamente pelo tráfico de entorpecentes. Mas, conhecendo o país, esse pensamento mudou”, afirma Manu, citando a boa estruturação do país em quesitos como transporte, segurança e limpeza de locais públicos, entre outros.

Já Gabriela conhecia um pouco sobre o Brasil por meio de filmes e da música, e imaginava um cenário bastante precário e carente, segundo o que é retratado pela mídia no exterior. “Hoje meu pensamento é bem diferente. O Brasil possui uma grande diversidade cultural. A paisagem e o estilo de vida das pessoas são únicos no mundo todo. Os brasileiros são muito amáveis, tanto que já me sinto parte da minha nova família”, ressalta.

Para ela, cada dia aqui é especial, proporcionando a vivência de novos costumes e culturas, além de aprender, é claro, mais sobre a língua portuguesa. “Meu aprendizado está sendo muito significativo. Trocar aulas semanais de língua portuguesa por um semestre no Brasil está me possibilitando experiências que não me agregarão apenas conhecimento profissional, mas também crescimento pessoal”, afirma. A estudante vê nesse período uma maneira de também se conhecer melhor, ter mais responsabilidades, morar sozinha e fazer coisas que até então não imaginava fazer, como cozinhar e lavar roupa.

A jovem colombiana procura aprender o máximo sobre o idioma português, mas sempre acaba se surpreendendo com alguma peculiaridade do vocabulário, como o uso de gírias ou interpretações. “No inverno disseram que eu precisaria de um cobertor de orelhas. Achei que fosse um chapeuzinho ou alguma coisa para se colocar nas orelhas, mas não um rapaz (risos)”, conta Gabriela.

Gabriela e Emanuele encerram o intercâmbio no final deste ano, mas certamente levarão na memória momentos inesquecíveis e sentimentos que permanecerão por toda a vida. Afinal, fazer intercâmbio não é somente passar um período estudando fora do seu país de origem, mas viver experiências que podem mudar uma vida e a maneira como se vê o mundo.

 

Ficou com vontade de viver essa experiência também? Confira informações sobre os intercâmbios disponíveis aos alunos da Univates no site www.univates.br/intercambio.

 

ESTA MATÉRIA INTEGRA O JORNAL DA UNIVATES, EDIÇÃO DE DEZEMBRO DE 2013, QUE PODE SER CONFERIDA NESTE LINK.

 

Texto: Ronaldo Ely Rempel

Emanuele realiza intercâmbio na Colômbia

Arquivo pessoal

Gabriela está no Brasil desde o início do ano, fazendo intercâmbio na Univates

Arquivo pessoal

Notícias Relacionadas