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Revitalização do laguinho propiciará momentos de lazer em meio à natureza

Postado em 30/12/2013 15h12min

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A infraestrutura do câmpus da Univates cresce, assim como cresce a sua responsabilidade em cuidar da natureza. E, quando se fala em natureza ou meio ambiente, é difícil não pensar no já conhecido “laguinho”, um espaço que proporciona o contato com árvores, o cheiro da mata e, em muitos momentos, a observação de alguns animais, como lagarto, gambá, porco-espinho, tucano, pica-pau e diversos outros pássaros. 

 

Mas imagine se tudo isso ficasse mais perto da comunidade acadêmica, reforçando a importância da preservação ambiental? Esses são alguns dos propósitos do projeto “Revitalização do Lago”, que teve início no fim de outubro.

O desenvolvimento do projeto se dá em três etapas: desassoreamento – retirada da lama existente no fundo do lago; transformação em uma bacia de acumulação de água; e integração à paisagem urbana já existente. Tudo isso está sendo planejado em função de que, com o passar dos anos e devido à urbanização próxima ao lago, o local recebeu areia, argila e outros sólidos que sedimentaram e assorearam seu leito, reduzindo muito sua lâmina d'água.

Conforme explica a bióloga da Univates, Cátia Viviane Gonçalves, do ponto de vista ambiental biológico, toda área de lago natural tende a se tornar um banhado no futuro. “O processo de sucessão ecológica é uma tendência natural dos ambientes aquáticos, mas que ocorre em longo período de tempo. Porém, aqui no nosso lago, vimos isso acontecer em curto período. Hoje não temos mais lâmina d'água e peixes como tínhamos antigamente. Por isso, o primeiro passo é transformá-lo novamente em um lago, tirando o material que o está assoreando”, ressalta.

A segunda etapa do projeto visa a transformá-lo em uma bacia de acumulação de água. Como toda água do câmpus deságua no lago e sua tubulação de saída de água é pequena, em dias de muita chuva o lago transborda e a água invade a rua. “Levantamos o histórico pluviométrico e conseguimos quantificar o volume de água e o espaço que precisamos deixar de reserva em caso de muita chuva para que o lago suba e não transborde”, explica o gerente do Setor de Engenharia e Manutenção da Univates, engenheiro Robledo Müller.

A terceira e última etapa é sua transformação paisagística. “Pretendemos fazer caminhos e transformar o espaço em um local de uso coletivo, para que os nossos alunos e visitantes aproveitem o local sem agredir o ecossistema que está inserido ali”, dizem Cátia e Müller.
A bióloga explica ainda que, sempre que ocorrer a retirada de árvores, elas serão repostas, e que serão plantadas 225 novas espécies de mudas frutíferas nativas, como guabiroba, jabuticaba, pitanga e cereja. “Nós temos uma vasta flora na Univates, e queremos que os bichos que circulam no nosso verde continuem por aqui, pois esse é um ponto de abrigo deles. Até porque, nos arredores do câmpus, não há muita área verde que eles possam utilizar”, finaliza.

O projeto “Revitalização do Lago” está previsto para ser concluído em março de 2014. É mais uma ação que mostra que a Univates preza pela qualidade de vida no câmpus sem prejudicar o meio ambiente. A Instituição já concluiu as obras das áreas de convivência com a instalação de pergolados e de cadeiras de descanso e irá concluir outras, como a ciclovia e o Centro Cultural, que abrangerá o novo prédio da biblioteca e um teatro. Essas e demais obras fazem parte de projetos construídos com conceitos sustentáveis.

Responsabilidade social além da execução do projeto

Coordenadores do projeto, Cátia e Müller destacam que o bacana é pensar nele também a partir da responsabilidade social que envolve. Exemplo disso é o material extraído do fundo do lago, que está servindo para recuperar uma área degradada pela extração de argila – material necessário para nossas obras civis. “Então, esse lodo tem outra função ecológica ideal, pois normalmente a área de onde se extrai a argila fica com sulcos e, consequentemente, extremamente pobre do ponto de vista de solos. Além de nós estarmos revitalizando a nossa área, estamos recuperando outra”, afirma a bióloga Cátia.

 

ESTA MATÉRIA INTEGRA O JORNAL DA UNIVATES, EDIÇÃO DE DEZEMBRO DE 2013, QUE PODE SER CONFERIDA NESTE LINK.

 
Obra deverá estar concluída em março

Tuane Eggers

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