Teve início na noite desta segunda-feira, dia 7, a I Semana Internacional das Humanidades da Univates, que prossegue até a próxima sexta-feira dia 11. O objetivo da atividade é contribuir para uma visão crítica da atualidade com diferentes abordagens sobre Direitos Humanos.

Na abertura oficial do evento, a coordenadora da atividade e do curso de História da Univates, professora Maribel Girelli, deu boas-vindas a todos os presentes e agradeceu aos demais organizadores e parceiros para a realização da Semana. Em seguida, o coordenador da área de Humanidades, professor Daniel Granada, saudou a todos e falou sobre a importância de discutir o tema. “Neste evento, centraliza-se uma das vocações centrais da universidade, que é criar espaços para debates e abordar a diversidade”, ressaltou ele.

A diretora do Centro de Ciências Humanas e Jurídicas, professora Fernanda Brod, saudou a todos e falou sobre a proposta do evento. “A Semana Internacional das Humanidades vem com a proposta de promover discussões acerca de temas que vão além da formação. A área de humanidades está presente em todas as formações, pois queremos formar cidadãos, muito além da formação acadêmica”, disse.

O vice-reitor e pró-reitor de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação, professor Carlos Cyrne, representou o reitor Ney Lazzari no evento. “Que essa diversidade citada pelo professor Daniel possa convergir para uma unidade. Aqui serão abordadas situações que talvez não tenhamos vivido e nem vamos viver, mas certamente são importantes temas de discussão, pois nos atingem diariamente, de alguma forma”, ressaltou Cyrne, acrescentando a importância de exercer a cidadania. “Precisamos da técnica, mas precisamos também estreitar as relações entre as pessoas”, completou.

Após, o representante civil da Comissão da Verdade, Anivaldo Padilha, iniciou sua palestra sobre o tema “Memória, Justiça e Verdade”, abordando a história e os objetivos da própria Comissão. “É uma comissão do Estado para investigar as graves violações de direitos humanos ocorridas durante a ditadura militar no Brasil, em que são trabalhadas 13 linhas de pesquisa”, explicou ele.

Conforme Padilha, a Comissão da Verdade se baseia, basicamente, no resgate da memória para o estabelecimento da verdade. Utilizando como exemplo a Páscoa, período que diversas religiões utilizam para refletir sobre o passado e reconstituir forças, fez uma relação com a Comissão. “É assim que vejo a Comissão da Verdade. Não como algo mórbido e nem algo sofrido. É claro que houve muito sofrimento naquela época, mas significa que também houve muita luta. E se hoje vivemos em uma democracia, é porque naquela época alguém lutou muito por isso”, salientou.

O evento prossegue nesta terça-feira, dia 8, com a palestra “Direitos Humanos: Universalismo x Culturalismo”, ministrada pelo doutorando da Universidade Metodista de São Paulo Elton Vinícius Sadao Tada. Já na quarta-feira, dia 9, o tema será “Cuba e Colômbia: Olhares sobre Direitos Humanos na América Latina e no Caribe”, ministrado pela presidente da FUMEC ALC - Cuba, Sarahi Garcia Gomez, e pelo mestre em Teologia e mestrando em Ciências Políticas Maurício Avilez Alvarez.

Na quinta-feira, dia 10, a palestra “Defesa dos Territórios x Garantia de Direitos” será ministrada pelo advogado e representante do MST do Rio Grande do Sul, Diego Vedovatto, pelo representante da Liderança Indígena, Augusto da Silva, e pelo líder do movimento quilombola, Onir Araújo. A mediação será feita pelo professor doutor Luis Laroque. O encerramento do evento será feito na sexta-feira, dia 11, com a palestra “A Maioridade Penal”, ministrada pelo professor de Filosofia da Universidade Metodista de São Paulo Daniel Souza e pelo Promotor de Justiça e professor de Direito da Univates, André Prediger.

Inscrições podem ser feitas pelo site www.univates.br/eventos. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (51) 3714-7000, ramal 5348.

 

Texto: Tuane Eggers