Conforme Fabiane, o grupo busca pensar a educação na relação com a vida. “Entendemos que a educação tem algo a ver com a possibilidade de experimentar a vida, ou seja, os modos de ver, sentir e entender o mundo e a si.” Ela destaca que existem diferentes saberes e concepções sobre o que é a verdade e o conhecimento, que possibilitam formas diversas de pensar sobre a educação.

O grupo se encontra a cada quinze dias na Univates, a fim de problematizar as formações discursivas de práticas pedagógicas escolares e não escolares. Durante as reuniões, há debate sobre o pensamento da filosofia da diferença, sendo citados autores como Friedrich Nietzsche, Michel Foucault e Gilles Deleuze. “Eles são utilizados como referencial para o estudo”, ressalta a docente.

Além das leituras, os componentes escrevem sobre as questões discutidas em cada encontro. O grupo conta com publicações em periódicos, capítulos de livros e apresentações em eventos nacionais e fora do país.

A temática muda a cada semestre. Já foram estudados os conceitos sobre governamentalidade, de Michel Foucault. Para este primeiro período de 2014, a proposta de estudos é tentar compreender como os conceitos de anormal e normal são constituídos a partir de leituras das aulas que compõe o Curso “Os Anormais” de Michel Foucault.

História do grupo de estudos
Criado no primeiro semestre de 2011, o grupo surgiu quando a professora Fabiane contatou a coordenadora do curso de Pedagogia, a doutora Angélica Vier Munhoz, e apresentou a proposta da atividade. Inicialmente, a intenção foi discutir pontos importantes da obra de Michel Foucault. A implementação do grupo foi aprovada pelo colegiado do curso de Pedagogia e encaminhado como prática institucionalizada, passando a valer como atividade complementar para os acadêmicos da Pedagogia, Psicologia e licenciaturas.

Texto: Nathália Braga