Uma noite memorável para a Univates e para o Vale do Taquari. Neste sábado, dia 3, a Instituição inaugurou seu Centro Cultural, com show do cantor e compositor Gilberto Gil acompanhado pela Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa).
Apresentado pelo ator gaúcho José Victor Castiel, o cerimonial foi aberto com um vídeo contendo imagens da obra permeadas por depoimentos de pessoas envolvidas com sua concretização, além de conhecidos profissionais do meio cultural parabenizando a Instituição por este investimento.
Citando palavras do escritor uruguaio Eduardo Galeano, o reitor da Univates, Ney José Lazzari, iniciou seu depoimento falando sobre utopia. “Neste ano, estamos inaugurando este Teatro e a Biblioteca, que compõem o Centro Cultural. Também vamos inaugurar em breve o novo prédio do Tecnovates e o Estádio Olímpico. Na semana passada, iniciamos as aulas da primeira turma do curso de Medicina. Tudo isso faz com que muitos de nossos sonhos se concretizem e, por isso, temos que colocar algumas de nossas utopias em um patamar um pouco mais elevado, para que elas continuem a nos fazer caminhar”, afirmou o reitor, ressaltando que tudo isso só é possível com um processo coletivo. “Cada um de nós sabe o quanto e como ajuda nesta construção. A Univates é exemplo do sucesso de uma causa”, destacou Lazzari.
Declarada Patrimônio Histórico e Cultural do Rio Grande do Sul em 2006, a Ospa foi regida por Jacques Morelenbaum, da produção de Gilberto Gil, e Tiago Flores, e contou com cerca de 70 músicos.
Na apresentação, baseada no disco “Concerto de Cordas & Máquinas de Ritmo”, Gilberto Gil revisitou algumas canções clássicas como “Domingo no Parque”, “Panis et Circenses” e “Eu vim da Bahia”, trazendo também músicas inéditas.
No final da noite, foi lançada a Cápsula do Tempo (cofre no qual foram guardados livros, jornais, informações e mensagens), que será aberta em 2039, quando se comemora os 70 anos de Ensino Superior no Vale do Taquari.
Centro Cultural deve colocar Vale do Taquari no roteiro de grandes espetáculos
Com cerca de 10 mil m² de construção, o complexo arquitetônico abriga a nova biblioteca, com espaço para 300 mil livros, teatro com 1.176 lugares, salas especiais e área de lazer.
No Teatro, a estrutura moderna permite a realização de todos os tipos de espetáculo. Os projetos cênico, de iluminação e de sonorização do local foram elaborados por uma empresa de São Paulo, responsável pela produção cenotécnica dos maiores e mais renomados teatros do país. Também o projeto de climatização foi desenvolvidos por uma empresa conceituada do RS. Além disso, o espaço conta com camarins individuais e coletivos, coxias, quartelada, urdimentos, varandas de manobra, passarelas de iluminação técnica e doca seca – estrutura presente em poucos teatros do Brasil.
Entre os destaques está a estrutura do palco, com boca de cena de 17 metros de largura e 8 metros de altura. O projeto pode ser comparado a grandes teatros do Rio Grande do Sul e do Brasil, sendo preparado para receber espetáculos musicais e de dança. A obra conta, ainda, com telão de cinema para exibição de filmes e para realização de congressos ou de convenções. Todas as cerimônias de formatura da Univates passarão a ser realizadas no novo local.
O funcionamento da Biblioteca será automatizado, com sistemas de autoempréstimo e autodevolução de materiais do acervo. Além disso, o local contará com novos computadores para o atendimento do usuário e para pesquisa ao catálogo, adotando tecnologias mais recentes, como tablets, notebooks e telas touch screen. A Univates estuda a possibilidade de, no futuro, havendo demanda, abrir a Biblioteca aos domingos, feriados e até mesmo durante a madrugada.
Outro espaço do conjunto arquitetônico é a praça, onde está localizado o memorial do diplomado, além de espelhos d'água para umidificar o ar e refrescar o ambiente.
O conceito da obra
Além de serem casas de erudição e de memória, bibliotecas são também lugares de humanização e de cultura, onde a memória não apenas está guardada, mas de onde se desprende para circular entre os leitores. Assim, o ponto de partida para a elaboração do projeto da Biblioteca da Univates foi a definição do local como caráter do câmpus, caracterizando a área com maior simbolismo. Além disso, o Centro Cultural passa a ser o ponto de união entre um câmpus já consolidado e com grande circulação de alunos e uma nova área de ocupação. Os dois eixos se cruzam em um espaço de contemplação e circulação.
Confira a programação completa que marca a inauguração do Centro Cultural clicando aqui.
Texto: Tamara Bischoff