Na noite desta quarta-feira, dia 20, a editora de capa do jornal Zero Hora, Rosane Tremea, palestrou para os estudantes de Comunicação Social da Univates. O evento integrou a atividade anual desenvolvida pelo jornal, que destina um jornalista do veículo às faculdades de jornalismo do estado, durante uma noite, para conversar com acadêmicos sobre a carreira, o passado e o futuro da profissão.
No início da atividade, o coordenador do curso de Comunicação Social, professor Flávio Meurer, deu boas-vindas a todos e explicou sobre a proposta da Zero Hora, destacando que é uma oportunidade para os alunos esclarecerem suas dúvidas.
Em seguida, Rosane iniciou sua fala lembrando que é natural do município de Anta Gorda e que adora a região do Vale do Taquari. No entanto, mesmo tendo sobrinhos que estudam na Univates, ainda não conhecia a Instituição. Rosane contou que, apesar de ser a idealizadora do evento realizado anualmente, ainda não havia participado. Em sua primeira participação, ela escolheu a Univates para palestrar.
Rosane se mostrou encantada com a estrutura da Instituição. “Fiquei impressionada com a estrutura, com os laboratórios e, principalmente, com o Centro Cultural. Fiquei boquiaberta. É uma estrutura que precisa ser valorizada. Além disso, também fui muito bem recebida”, destacou ela.
A jornalista trouxe aos participantes um material impresso elaborado pela Zero Hora para a ocasião e, também, para ser utilizado e discutido em sala de aula. Rosane disponibilizou, ainda, para a Univates dois exemplares do livro alusivo aos 50 anos do veículo, comemorados neste ano, que traz o histórico e os fatos mais relevantes.
Após, a palestrante exibiu uma animação que mostra as principais mudanças realizadas pelo jornal e a forma com que foram pensadas, baseada em estatísticas e nos principais interesses dos leitores. Uma das informações transmitidas pelo material é que, em 2012, todos os jornalistas da equipe tornaram-se multiplataformas. No entanto, desde a mudança mais recente, um terço da equipe passou a atuar de forma especializada em site, redes sociais e aplicativos.
De acordo com Rosane, o vídeo é um resumo do que foi feito durante o ano. “Em geral, as mudanças vêm de cima para baixo. Desta vez, foram os jovens que provocaram muitas das mudanças que a gente fez”, destacou ela. Segundo a jornalista, a equipe de redação da Zero Hora conta, atualmente, com cerca de 200 pessoas.
Ao explicar como ocorreu a adequação da equipe para a plataforma digital, Rosane apontou que foram criados dois grupos dentro da redação: o multiplataforma e o digital. Além disso, ela mencionou que também foi criado o “editor de integração”, que busca conciliar os assuntos que serão publicados no jornal impresso e no site. Alguns conteúdos são produzidos exclusivamente para o site do veículo, como, por exemplo, a editoria Porto Alegre.
Quando questionada sobre o fim do jornalismo impresso, Rosane esclareceu que o momento é realmente difícil para a área. “A mudança é uma exigência. Mas, até quando vai o jornalismo impresso, eu não sei. Se depender de mim, ainda vai muito tempo, porque realmente gosto muito de ler em papel”, complementou a jornalista.
Texto: Tuane Eggers
