Com o objetivo de qualificar os estudantes, docentes e profissionais da área da saúde, a Univates deu início, na manhã desta terça-feira, dia 23, ao II Simpósio de Enfermagem do Vale do Taquari e à I Mostra de Trabalhos Acadêmicos do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde – Curso de Enfermagem. Os eventos contam com palestras, apresentações de trabalhos científicos e um momento cultural.

Na abertura oficial, a presidente do Diretório Acadêmico (DA) de Enfermagem, Morgana Salvadori, falou que se sente feliz ao realizar a segunda edição do evento e espera que, no próximo ano, seja realizada a terceira. Além disso, ela lembrou aos presentes que, durante a atividade, ocorre a votação para escolher uma nova chapa para o DA, com gestão de 2015 a 2017.

Em seguida, a coordenadora do evento, professora Ioná Carreno, disse que foi um grande desafio a proposta da mostra de trabalhos científicos e destacou a importância do trabalho coletivo. “É um trabalho voluntário, que a gente faz além das nossas atividades cotidianas, porque a gente acredita na ciência, na saúde e na enfermagem”, salientou Ioná. De acordo com ela, o evento deste ano destaca o protagonismo da enfermagem na área da saúde. “É importante termos essa autonomia para enfrentarmos os problemas e provocarmos mudanças na área da saúde”, comentou.

Conforme a professora, foram 29 trabalhos inscritos na I Mostra de Trabalhos Acadêmicos. “Isso nos deu alegria, pois vocês acreditaram no nosso trabalho e quiseram compartilhar seus conhecimentos. É dessa forma que a gente vai construindo a enfermagem no nosso Vale, no Brasil e no mundo”, completou.

Em sua fala, a coordenadora do curso de Enfermagem, professora Arlete Eli Kunz da Costa, afirmou que é uma alegria imensa ver a quantidade de trabalhos inscritos. “Hoje é um momento muito importante para o curso, com a realização da I Mostra e do II Simpósio, que contam com temas bem diversificados”, constatou a professora, acrescentando que o empenho do DA de Enfermagem também foi muito importante para a realização da atividade.

A diretora do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), professora Magali Grave, também falou sobre a importância da atuação do DA de Enfermagem. “É muito importante ter alunos que se empenham em atividades além da sala de aula. Quem está participando do DA, certamente, sairá com uma formação diferenciada para o mercado de trabalho”, elogiou. Além disso, ela também mencionou a importância dos trabalhos coletivos para a construção do saber. “Se a gente tem construções coletivas nos cursos, é importante a gente se doar. E se a gente consegue essa relação de parceria entre as instituições, certamente teremos uma formação ainda mais qualificada. Quem ganha são todas as pessoas atendidas pela área da saúde”, reconheceu.

Após, teve início a primeira palestra do evento, que abordou o tema “Redes de atenção em saúde: participação de hospitais de pequeno porte” e foi ministrada pela enfermeira e doutora em Enfermagem Cássia Medeiros e pela enfermeira e especialista em Epidemiologia Maristela Cristine Dresch Neumann. Elas explanaram sobre a Política Nacional de Atenção Hospitalar, o contexto dos hospitais e as possibilidades diante desse cenário.

De acordo com a professora Cássia, em 2010, foi lançada uma portaria que buscou organizar a rede hospitalar de acordo com os critérios do Sistema Único de Saúde (SUS). A enfermeira explicou o funcionamento das regiões de saúde, que devem contar com: atenção primária, urgência e emergência, atenção psicossocial, atenção ambulatorial especializada e vigilância em saúde.

Ao apresentar um gráfico sobre a organização e os critérios das regiões de saúde, Cássia acrescentou que o Ministério da Saúde está trabalhando com três redes temáticas: Rede Cegonha, Rede de Urgência e Emergência e Rede de Saúde Mental. “O estado do Rio Grande do Sul é dividido em 30 regiões e a nossa regional, a 16^a Coordenadoria Regional de Saúde, ficou dividida em duas regiões. São 37 municípios divididos dessa forma”, observou.

A enfermeira Maristela complementou que nem todas as regiões de saúde envolvem serviços de acordo com todas as complexidades. “Na nossa região, por exemplo, alguns serviços de maior complexidade mais próximos estão em Porto Alegre ou em Canoas, dentro do mesmo serviço”, disse ela. A palestrante argumentou que alguns serviços de alta complexidade, como traumatologia, por exemplo, necessitam de uma região com, no mínimo, um milhão de habitantes para poderem se manter financeiramente.

Após a palestra, foram realizadas apresentação de trabalhos científicos e palestra sobre transtornos de ansiedade. A programação prossegue nos turnos da tarde e da noite, quando serão trabalhados temas como a redução do câncer de colo do útero e a introdução da vacina do HPV; aspectos relevantes do eletrocardiograma na prática diária do enfermeiro; o processo de implantação, organização e funcionamento de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA); e suporte básico e avançado de vida – Basic Life Suport (BLS) e Advanced Cardiac Life Suport (ACLS).

Um momento cultural está programado para as 19h10min, com apresentação do CTG Última Tropeada, de Guaporé. As atividades ocorrem no auditório do Prédio 11. Detalhes podem ser conferidos pelo telefone (51) 3714-7000, ramal 5513.

 

 

Texto: Tuane Eggers