As provas de natação nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro marcarão um rito de passagem no esporte. Grandes nomes das piscinas, como a lenda Michael Phelps – recordista de medalhas de ouro em olimpíadas – e seu compatriota americano Ryan Lochte, terão que apertar o ritmo das braçadas se quiserem fazer frente à nova geração.

 

Durante as seletivas para os jogos, já foi possível observar a renovação no esporte, tanto que sete campeões olímpicos em Londres-2012 não conseguiram se classificar para defender seus títulos e 34 medalhistas ficaram de fora da Olimpíada este ano. Entre eles está o brasileiro Cesar Cielo, único medalhista de ouro do país na história da natação olímpica.

 

Se, por um lado, grandes nomes ficam de fora, é momento para outros nadadores mostrarem que podem assumir a dianteira do esporte. É nessa situação que Ítalo Manzine tenta se colocar. O brasileiro começou tarde no esporte, aos 16 anos, por inspiração no ouro de Cesar Cielo em Pequim-2008. Oito anos depois, Manzine desbancou o próprio ídolo nas seletivas brasileiras na principal prova de Cielo, os 50 m livres, e carimbou sua vaga nos Jogos Olímpicos do Rio.

 

Com as disputas mais abertas, um ingrediente especial que pode favorecer os brasileiros é o fator local. No Rio, a delegação verde e amarela na natação, com 33 atletas, será a maior da história do país. Acadêmico de Educação Física na Univates, Vagner Dallazen é otimista em relação às chances tupiniquins: "Os atletas competirão com a torcida a favor e provavelmente conseguirão bons resultados e medalhas para o Brasil", acredita.

 

Dallazen, que é estagiário da piscina do Complexo Esportivo Univates, deposita suas esperanças em Thiago Pereira e Bruno Fratus. “Thiago Pereira foi prata no mundial de Kazan-2015 e Bruno Fratus está nadando muito bem”, comenta. Entre as mulheres, o acadêmico espera um bom desempenho de Etiene Medeiros, também prata em Kazan. “Acredito que eles estão bem preparados”.

 

Saiba mais

Na Olimpíada do Rio de Janeiro, as provas de natação acontecem de 6 a 13 de agosto. Durante o dia ocorrem as etapas classificatórias para as finais, à noite. Serão 791 nadadores, de 173 países, competindo em 32 provas no Estádio Aquático Olímpico, arena montada na Barra da Tijuca com capacidade para 13.750 espectadores.

 

Piscina entre as melhores do RS

Com tantas caras novas e com os jogos no Rio de janeiro, a expectativa é que o esporte e a estrutura para sua prática cresçam no país. No Vale do Taquari, a piscina do Complexo Esportivo Univates, inaugurada em 2007, está entre as melhores do Rio Grande do Sul. Semiolímpica e coberta, ela atende a todas as exigências da Federação Gaúcha de Natação. "A piscina contribui para colocar a Univates na lista das melhores estruturas no Estado", destaca o professor de natação do Complexo Esportivo Cristiano Vitalino.

 

Atualmente, são cerca de 650 alunos matriculados para aulas na piscina da Univates, que vão desde aprendizagem para bebês a condicionamento físico e hidroginástica. Vitalino defende os benefícios que o esporte traz à saúde e sugere sua prática desde criança. "A natação proporciona melhora na coordenação motora, flexibilidade, equilíbrio e concentração", afirma. Informações sobre vagas e horários podem ser conferidas no site www.univates.br/esporte-e-saude.

 

Essa e outras matérias, assim como mais informações sobre a Olimpíada, podem ser conferidas aqui.

 

Texto: Tiago Silva