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Fórum discute a violência doméstica e rural

Postado em 08/11/2016 17h35min

Por Artur Dullius

Buscando refletir sobre a problemática da violência contra a mulher, especialmente nos âmbitos doméstico e rural, a Univates promove nesta terça-feira, dia 8 de novembro, o 5º Fórum Regional de Combate à Violência contra a Mulher no Vale do Taquari. O evento, que ocorre no auditório do Prédio 7, segue, até as 22h, com a exibição e debate do filme “Vidas Partidas” (2016), do diretor Marcos Schechtman.
 
Conforme a professora do curso de Direito Elisabete Cristina Barreto Müller, a escolha do tema do fórum ocorreu porque, de forma geral, a violência contra a mulher no âmbito rural é subnotificada e pouco comentada. “Ou seja, deduz-se que essa violência acontece, mas quase não chega às autoridades”, explica. “Precisamos refletir sobre isso e buscar mecanismos para prevenção, denúncia e apoio a essa mulher”, ressalta.
 
Dando início às atividades do fórum, foi realizada, durante a tarde, uma roda de conversa com o tema “Violência doméstica contra as mulheres no meio rural e intervenções com os homens”. A atividade contou com a participação de profissionais da Emater/RS-Ascar e da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Lajeado.
 
Responsável pela área de Gênero e Juventude Rural da Emater/RS-Ascar, Clarice Böck ressaltou que, dentre as atividades realizadas pela entidade, está a assistência econômica, social e política para pessoas, em especial mulheres, que vivem no meio rural. “As mulheres que vivem nesse meio não possuem as mesmas oportunidades que as pessoas de âmbito urbano. Então, por meio das nossas atividades, buscamos proporcionar-lhes esse contato”, afirma Clarice.
 
Conforme ela, as atividades se baseiam em cinco eixos norteadores, abrangendo aspectos de inclusão social, emancipação econômica, acesso às políticas públicas e direitos sociais. “Em muitos casos, na unidade de produção agrícola a mulher é vista pelo homem como alguém que está ali para ajudar a trabalhar, e o nosso papel vem pra mudar isso. Precisamos mostrar que o homem e a mulher precisam trabalhar de maneira igualitária, pois só assim vão conseguir ir em busca de uma melhoria na qualidade de vida”, salienta a representante da Emater/RS-Ascar.
 
Dando sequência ao debate, a delegada titular da Deam, Márcia Bernini Colembergue, apresentou dados em relação à prática do feminicídio no Estado em 2015. Segundo ela, houve aumento de 32% no número de mortes em relação a 2014, sendo a média de idade das mulheres mortas entre 25 e 34 anos. Entre os instrumentos mais usados para a realização dos atos está a arma branca, seguida pela arma de fogo e pela força física.
 
Conforme a delegada, a Lei Maria da Penha é considerada a terceira melhor do mundo, porém o Brasil é o quinto país do mundo em taxa de feminicídios. “São necessárias uma reeducação dos homens e uma educação das crianças”, ressalta. Frente a essa problemática, Márcia também ressaltou as atividades do projeto Orientar, que realiza grupos de auxílio a homens envolvidos em violência doméstica.
 
Texto: Artur Dullius
Foto: Artur Dullius
Legenda: 
Roda de conversa debateu violência doméstica contra as mulheres no meio rural e intervenções com os homens

Artur Dullius

Responsável pela área de Gênero e Juventude Rural da Emater/RS-Ascar, Clarice Böck

Artur Dullius

Delegada titular da Deam, Márcia Bernini Colembergue

Artur Dullius

Roda de conversa debateu violência doméstica contra as mulheres no meio rural e intervenções com os homens

Artur Dullius

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