Utilizamos cookies neste site. Alguns são utilizados para melhorar sua experiência, outros para propósitos estatísticos, ou, ainda, para avaliar a eficácia promocional do nosso site e para oferecer produtos e serviços relevantes por meio de anúncios personalizados. Para mais informações sobre os cookies utilizados, consulte nossa Política de Privacidade.

Internacionalização, Pesquisa, Pós-graduação

PPGAD realiza pesquisa com instituição da Suécia

Por Nicole Morás

Postado em 22/11/2017


Compartilhe

O último trabalho publicado em novembro pelo grupo foi “Effect of tree plantations on the functional composition of Odonata species in the highlands of southern Brazil”, no qual eles abordam a presença de Odonata (ordem de insetos a que pertencem as libélulas) e a plantação de árvores.

O estudo relaciona a presença de libélulas em áreas com vegetação nativa e com florestas mistas que tenham vegetação nativa e plantas exóticas. “Nossos resultados sugerem que a conversão de áreas nativas para plantações de árvores, especialmente exóticas, resulta em uma mudança nas comunidades de Odonata menos especializadas e com alterações nas características biológicas das espécies, refletindo nos grupos funcionais. Esse resultado destaca o impacto negativo associado à conversão de florestas nativas em plantações exóticas, ou seja, os odonatas com traços especializados são limitados ao locais com florestas nativas, o que torna crucial a conservação dessas áreas”, aponta Périco.

Conforme o professor da Univates, as espécies e os ambientes estudados são diferentes no Brasil e na Suécia, mas é possível fazer relação entre as pesquisas realizadas.

Eduardo Périco

Nicole Morás No país europeu, as mudanças climáticas são mais visíveis pois o clima é temperado, ficando mais explícito o aquecimento global. Além dos dados do Brasil e da Suécia, a pesquisa será ampliada com informações da Namíbia, onde o professor Sahlén também realiza estudos

O projeto de pesquisa conta com a participação de cinco bolsistas de iniciação científica, um mestrando, três doutorandos e dois pesquisadores em estágio de pós-doutorado.

Discentes realizaram pesquisa na Suécia

O PVE da Capes também prevê o intercâmbio de estudantes no exterior, por isso o bolsista de iniciação científica Norton Dametto e a doutora Marina Dalzochio, que realiza estágio de pós-doutorado no PPGAD, passaram cerca de cinco semanas na Suécia, recebidos pelo professor Sahlén. No período, eles conheceram o sistema de pesquisa sueco. Dametto e Marina também coletaram e tabularam informações atualizadas e identificaram materiais para o banco de dados sobre mudanças climáticas mantido na Högskolan i Halmstad. Segundo Marina, a partir dos dados deste banco, foi possível perceber que há um certo padrão no aumento da temperatura média registrada na Suécia e foram registradas mudanças em relação às comunidades de libélulas estudadas desde 1997.

“Se chegássemos a um aumento de 3ºC, seria uma catástrofe”, analisa o professor. Ele explica que não é possível medir o impacto das mudanças climáticas diretamente no homem, por isso são utilizados outros indicadores e realizadas pesquisas em plantas e animais, de forma que seja possível estimar o que pode ocorrer com o ser humano. “As mudanças climáticas afetam diretamente toda a cadeia de produção de alimentos e a saúde, além de possibilitarem o surgimento de novos vírus, principalmente em áreas de clima tropical”, exemplifica ele.

Ainda em relação às mudanças ambientais, Marina afirma que as libélulas são aquáticas, de modo que elas refletem a qualidade da água, ou seja, alterações no ambiente afetam a água e, por consequência, a população de libélulas. “Assim, se há libélulas, é provável que a água das proximidades seja de melhor qualidade”.

Saiba mais

A colaboração entre os professores Sahlén e Périco iniciou há cerca de seis anos, quando realizaram intercâmbio de docentes entre as instituições, nos anos de 2011 e 2013, por meio do programa Linnaeus-Palme. Desde 2015, esta é a sexta visita do professor sueco à Instituição, pois ele vem para o Vale do Taquari duas vezes por ano, geralmente nos meses de abril e novembro, quando as libélulas estão em atividade na fase adulta. Saiba mais sobre esta pesquisa aqui.

Fique por dentro de tudo o que acontece na Univates. Escolha um dos canais para receber as novidades:

Compartilhe

voltar