O conteúdo da mídia televisiva pode influenciar os hábitos alimentares das crianças. Esta é a conclusão da pesquisa realizada pela acadêmica do curso de Nutrição da Univates Bruna Elisa Lenz. Para o estudo, ela aplicou questionários a pais e responsáveis de 175 crianças com idades entre 5 e 10 anos e matriculadas em escolas de um município do Rio Grande do Sul.
Os dados
O questionário, relativo à mídia televisiva, atividade física e hábitos alimentares, apontou que mais de 1/3 das crianças avaliadas pedem ou às vezes solicitam a compra de alimentos ou bebidas vistos na televisão. Em torno de 41,7% dos pais às vezes atendem o pedido. Pais de crianças que ficam expostas à televisão por mais de 16 horas semanais compram para seus filhos achocolatado e iogurtes.
Já as crianças com boa nutrição passam menor tempo em frente à TV em comparação às com excesso de peso. Para a avaliação do estado nutricional desses estudantes, Bruna se baseou nos critérios de crescimento por idade da Organização Mundial da Saúde (OMS).
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Divulgação É evidente o aumento da quantidade de crianças com obesidade infantil nos últimos anos. Em sua maioria, elas são sedentárias e passam muitas horas do dia em frente à TV, expostas à publicidade de produtos alimentícios impróprios para hábitos alimentares adequados, pois é frequente a venda de produtos industrializados. Somado a isso, há os atrativos de publicidade para conquistar esse público: brinquedos e personagens divertidos
A orientadora do trabalho e professora do curso de Nutrição na Univates Patricia Fassina afirma que é importante a atenção de profissionais de saúde e dos pais na educação alimentar e no estilo de vida das crianças, para combater a influência negativa da mídia televisiva sobre essa população. “É necessário pensar em estratégias de orientação em saúde pública para acentuar a importância de bons hábitos alimentares já na infância”, finaliza.