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Adaptação: Grupo de Teatro da Univates ensaia virtualmente

Postado as 06/04/2020 17:20:10

Por Liniker Duarte/Cultura e Eventos

Desde o dia 24 de março, o Grupo de Teatro da Universidade do Vale do Taquari - Univates ensaia suas peças de uma maneira inovadora. Por iniciativa do diretor Pablo Capalonga, os atores utilizam a plataforma de videochamadas Google Meet, que desde então vem acrescentando outras possibilidades de aprendizado ao elenco e permitindo que os ensaios aconteçam a todo vapor.

A regra dada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a todos os governos é clara: todos devem ficar em casa. Desde o comunicado oficial da OMS sobre uma evidente pandemia, as sociedades de cada país tiveram que se readaptar: pessoas reorganizaram suas vidas pelo bem de todos, instituições liberaram home office aos seus colaboradores e escolas e universidades realizaram a virtualização de suas aulas. Com o elenco dirigido por Pablo Capalonga não é diferente. A pandemia acontece no momento em que o grupo está com três peças em cartaz: A Filha do Senhor Nebuloso, O Rouxinol e a Rosa e A História de Nós Dois. No momento, os atores entram em cena virtualmente para voltar aos palcos quando o as atividades presenciais puderem ser retomadas.

Segundo Capalonga, os atores estão revendo aspectos importantes na composição dos personagens da última montagem, “A Filha do Senhor Nebuloso”. “Temos um grupo de encontro em que posso corrigir intenções de texto nas interpretações, o tempo correto do texto e o subtexto, que são fatores que trazem maior verdade para o ator no palco. Muitas vezes, durante o ensaio geral do grupo no palco, não há a chance de parar todo o ensaio para trabalhar essas sutilezas que fazem muita diferença. Agora estamos podendo fazer isso, de forma a tornar as nossas pesquisas e produções mais ricas artisticamente. Este momento está sendo favorável para esse polimento e lapidação”. Além disso, nesse processo os atores acabam passando o texto todo diversas vezes — o que garante que os trabalhos se mantenham vivos e preparados para o momento do retorno.

O diretor conta que os encontros são realizados semanalmente. “No início começamos com os atores falando o texto do espetáculo, como se estivessem interpretando seus personagens. Dessa forma percebi o que precisava ser trabalhado e reativado em cada um. Uns de pé, outro sentados, cada um ia interagindo com o colega na frente da tela. Então passamos para o trabalho propriamente dito, que se dá por meio do refinamento e da atualização das interpretações. Cada um abre um espaço na sua sala, assim posso ver o corpo inteiro dos atores para analisar se ainda se mantém a corporalidade de cada personagem”, explica Pablo.

Capalonga acrescenta ainda que alguns figurinos, maquiagens e adereços da esquete “O Rouxinol e a Rosa” já foram bastante usados devido ao grande número de apresentações realizadas nos últimos dois anos, pois os materiais utilizados são essencialmente artesanais. “Muitas coisas precisavam de reparo, e dentro do grupo temos integrantes com várias habilidades manuais. Para que o ajuste fosse feito, cada um levou para suas casas materiais e adereços para diversos ajustes”, revela o diretor. 

Mais informações sobre o grupo cênico ou sobre os ensaios podem ser obtidas pelo e-mail cultura@univates.br