Tão rápida quanto a disseminação do novo coronavírus tem sido a produção de dados sobre o SARS-CoV-2, vírus responsável pela pandemia de Covid-19. Pensando em transformar essas informações em conhecimento, pesquisadores de todo o mundo estão participando de pesquisas que buscam entender o microrganismo e, com isso, sugerir novos tratamentos e medidas de prevenção. No Brasil, uma dessas pesquisas está sendo coordenada pela Universidade do Vale do Taquari - Univates em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA).
Ou seja, se ele está mutando, se diferenciando, ou não, entre as diferentes regiões do mundo. Isso é importante porque assim poderemos observar se as taxas de letalidade entre as diferentes regiões podem estar relacionadas a mutações específicas no genoma do vírus. Conhecendo melhor o comportamento das proteínas virais nas diferentes regiões do mundo, poderemos propor quais delas seriam mais interessantes para o desenvolvimento de uma vacina Luís Fernando Saraiva Macedo Timmers
Para isso, a professora Marcia Goettert, coordenadora do PPGBiotec, e os professores João Antonio Pêgas Henriques e Timmers irão trabalhar na prospecção de moléculas com potencial terapêutico, fornecidas pelo professor Stefan Laufer, da Universidade de Tübingen - Alemanha, com a qual a Univates mantém acordo de cooperação para pesquisa. Após a seleção dessas moléculas, ocorrerão as análises toxicológicas dos novos candidatos a fármacos, etapas que serão realizadas totalmente na Univates.
Além das análises, a infraestrutura dos Laboratórios de Biotecnologia e do Laboratório de Cultura de Células será importante para o desenvolvimento do trabalho. Se as atividades ocorrerem conforme o previsto, os primeiros resultados, relacionados aos experimentos de bioinformática, devem ser obtidos entre o final de abril e o início de maio deste ano.
Participam também da pesquisa os doutores Rafael Andrade Caceres e José Fernando Ruggiero Bachega, da UFCSPA; Leandro de Mattos Pereira, da UFRJ; e Luiz Augusto Basso, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Além da BioBam Bioinformatics Solutions e da Universidade de Tübingen, o projeto de pesquisa está sendo submetido a editais para a busca de recursos de diferentes fontes, como, por exemplo, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs).
Saiba mais: Bioinformática
A bioinformática é uma área da ciência que usa técnicas computacionais para o estudo de dados biológicos. Isso permite que uma vasta quantidade de dados seja analisada de forma rápida e confiável, e ainda com custo muito menor.