O projeto desenvolvido pelas duas instituições permitiu o início da circulação, na quinta-feira, do primeiro caminhão do País abastecido e movido com aproveitamento de dejetos suínos. O biogás já faz parte do ciclo autossustentável da Nutribras, no qual os dejetos gerados já eram tratados de forma a produzir energia para a fazenda e a indústria. Com o novo projeto, desenvolvido em parceria com a Universidade, agora também é possível abastecer a frota.
A Univates e a Nutribras recentemente assinaram um convênio para a realização do projeto que estuda o potencial energético de biomassas residuais com diferentes características visando ao melhor desenvolvimento biotecnológico de biodigestores. A iniciativa é coordenada pelo professor da Univates Odorico Konrad. As atividades serão realizadas no Centro de Pesquisa em Energias e Tecnologias Sustentáveis (CPETS) no Mato Grosso.
O diretor presidente da Nutribras Alimentos, Paulo Lucion, diz que a novidade apresentada durante a visita da ministra Tereza Cristina foi o resultado de investimentos em pesquisa e desenvolvimento para transformar o biogás e biometano, um combustível verde que tem capacidade de substituir o GNV (Gás Veicular). Também representou a conquista de viabilizar o abastecimento do primeiro caminhão movido a biometano proveniente de granjas de suínos no Brasil. “Foi uma satisfação inexplicável”, comenta ele.
O diretor presidente da Nutribras Alimentos, Paulo Lucion, diz que a novidade apresentada durante a visita da ministra Tereza Cristina foi o resultado de investimentos em pesquisa e desenvolvimento para transformar o biogás e biometano, um combustível verde que tem capacidade de substituir o GNV (Gás Veicular). Também representou a conquista de viabilizar o abastecimento do primeiro caminhão movido a biometano proveniente de granjas de suínos no Brasil. “Foi uma satisfação inexplicável”, comenta ele.
Para as atividades, foi levado para o Mato Grosso o Laboratório Móvel da Univates, que foi doado à Instituição pelo Governo da Alemanha, por meio de convênio para pesquisa e avaliação da qualidade do biogás em plantas de biodigestão. O projeto está relacionado a pesquisas e atividades desenvolvidas no âmbito dos Programas de Pós-Graduação em Ambiente e Desenvolvimento (PPGAD) e em Sistemas Ambientais Sustentáveis (PPGSAS) da Univates. Também está vinculado ao Parque Científico e Tecnológico do Vale do Taquari (Tecnovates).
Expertise em biogás
Na Univates, os estudos na área de biogás são realizados há mais de 15 anos, sob coordenação do professor doutor Odorico Konrad, que é referência nacional no assunto e tem ampla participação em pesquisas e eventos internacionais, especialmente na Alemanha e na Suécia. O docente tem experiência na área de engenharia ambiental e sanitária, atuando principalmente nos seguintes temas: biogás, compostagem, biorreatores, energias renováveis, resíduos sólidos e saneamento ambiental.
No CPETS, coordenado por Konrad, são realizadas pesquisas na área de energias renováveis, especificamente na geração de biogás por meio do processo de biodigestão anaeróbia. Além disso, realizam-se avaliações em biogás empregando como fontes de biomassa lodos advindos de estações de tratamento de efluentes, borras residuais, resíduos oriundos de atividades agrícolas, como dejetos de animais (bovinos, suínos, aves), e demais resíduos com potencial de uso em biodigestão anaeróbia.
Confira algumas matérias sobre pesquisa com biogás
Univates recebe laboratório móvel do Governo da Alemanha para pesquisa com biogás
Pesquisadores da Univates criam atlas gaúcho de biomassa
Nutribras
A Nutribras Alimentos utiliza a sustentabilidade como base para o crescimento consistente. Em 2001 as granjas de suínos já começaram a utilizar biodigestores para o tratamento dos resíduos orgânicos. Com esta ferramenta desenvolvida, foi possível transformar o possível passivo ambiental em dois ativos ambientais: o biogás, que evita os efeitos negativos da emissão de gases na atmosfera e diminui os custos com energia elétrica; e o biofertilizante, que serve de adubo orgânico para a agricultura, evitando os resíduos deixados pelo adubo químico e potencializando a fertilidade do solo através do aumento de matéria orgânica. Assim a empresa criou um ciclo autossustentável, pois os suínos são alimentados com rações à base de milho e soja, e os rejeitos orgânicos da produção da carne suína retornam a cadeia produtiva através de adubação orgânica e geração de energia.
