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Pesquisa

Pesquisa aborda esquistossomose e o saneamento básico em Alagoas

Por Lucas George Wendt

Postado em 23/08/2022 20:53:59


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Um estudo publicado recentemente com a colaboração de um pesquisador da Universidade do Vale do Taquari - Univates, professor Eduardo Périco, teve como objetivo analisar a situação epidemiológica e sanitária das áreas endêmicas para esquistossomose em Alagoas, no período de 2010 a 2017. A partir dos resultados obtidos, que forneceram um panorama epidemiológico e sanitário de Alagoas, outros aspectos podem ser correlacionados para estudos futuros, como a inclusão de indicadores de saúde ambiental.

O artigo faz parte do projeto que o grupo vem desenvolvendo, referente à epidemiologia de doenças negligenciadas. São doenças endêmicas, relacionadas a condições precárias de saneamento, que ocorrem usualmente em populações vulneráveis em diferentes regiões do País. 

Os trabalhos realizados no grupo visam a fornecer dados e análises que subsidiem políticas públicas para prevenção de doenças negligenciadas. As principais doenças que estão sendo estudadas pelo grupo são hanseníase, leishmaniose, esquistossomose e dengue, sempre abrangendo os aspectos epidemiológicos e os fatores ambientais, sociais e econômicos envolvidos.

Nataly Salvatierra Sodré, Eduardo Périco, Nádia Teresinha Schröder e Eliane Fraga da Silveira assinam o estudo. As informações para a pesquisa foram obtidas nos seguintes bancos de dados: Sistema de Informação do Programa de Vigilância e Controle da Esquistossomose, Sistema de Informações sobre Mortalidade e censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde.

Os resultados 

A partir das análises dos dados, a menor taxa de positividade esquistossomose ocorreu na Região de Saúde V no ano de 2017. As Regiões de Saúde IV e III apresentaram percentuais de positividade acima de 10%. A tendência temporal foi significativa para as Regiões de Saúde IV, V, VI e VII. Os casos positivos de esquistossomose  da Região de Saúde II tiveram o menor percentual de indivíduos tratados no ano de 2017. Os óbitos foram mais representativos na Região de Saúde IV. Os índices de esgotamento sanitário apresentaram condições precárias em todas as localidades. 

O tema está incluso no terceiro Objetivo de Desenvolvimento Sustentável, que busca acabar, até 2030, com as epidemias de doenças tropicais negligenciadas e perpassa por outros temas importantes, como a erradicação da pobreza, água potável e saneamento.

“As regiões críticas para a morbimortalidade por esquistossomose estão situadas na Zona da Mata”, explica Périco, “que apresenta condições favoráveis para o ciclo de vida do hospedeiro intermediário. Além disso, fazem fronteira com o estado de Pernambuco, que também tem alta endemicidade para a doença”. 

“A execução de ações preventivas, como a quimioterapia preventiva, educação em saúde e o controle dos hospedeiros intermediários, aliada às melhorias nas condições de vida da população alagoana parecem impactar positivamente na redução da positividade da esquistossomose , mas o déficit de saneamento básico, principalmente nas áreas rurais, demonstra a dificuldade de erradicar a doença”, declara Périco. 

Outros trabalhos do grupo sobre doenças negligenciadas podem ser lidos aqui

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