Artigo técnico escrito por Rebeca Jéssica Schmitz, coordenadora do curso de Engenharia Civil da Universidade do Vale do Taquari - Univates.
Muitos são os que pensam em projetos de pontes para conectar lugares e melhorar a mobilidade urbana, mas são poucos os que se preocupam com a manutenção das pontes existentes.
A denominação de Obra de Arte Especial (OAE) está relacionada a pontes, viadutos e passarelas. Segundo normativas, esse tipo de estrutura deveria ser vistoriada anualmente.
Tratando-se das OAEs que estão sob responsabilidade do poder público, o primeiro impasse é reconhecer qual instância é responsável pela obra, visto que muitas rodovias federais e estaduais estão dentro dos perímetros dos municípios.
Considerando que, na grande maioria das localidades, não há um cadastramento das pontes existentes, a realização das vistorias e manutenções corretivas torna-se ainda mais complexa.
São Paulo, uma cidade que possui uma quantidade imensa de pontes, viadutos e passarelas, tem se tornado um exemplo se comparada à realidade de outros municípios. Um acidente ocorrido em um trecho do viaduto da Marginal Pinheiros resultou no colapso parcial de um pilar da ponte e no surgimento de um degrau de aproximadamente dois metros na pista. Depois disso, a cidade viu-se obrigada a vistoriar e recuperar suas obras para manter as vias em funcionamento.
Motivados pela importância da manutenção desse tipo de estrutura, os estudantes do curso de Engenharia Civil da Univates vêm desenvolvendo diversos trabalhos na área de vistoria de OAE. Conheça alguns deles abaixo:
a) Análise das manifestações patológicas em pontes no município de Teutônia/RS. Acadêmico: Rodolfo Winkler.
b) Levantamento das manifestações patológicas encontradas em pontes localizadas no município de Taquari/RS. Diplomado: Israel da Silva Lopes.
c) Mateus Bresciani estudou a condição dos vãos acessíveis da ponte entre Encantado e Roca Sales.
