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Extensão

Integrantes de projeto de extensão participam do Cerimonial Festa do Kikikói na comunidade Kaingang Fosá, em Lajeado

Por Redação Univates

Postado em 12/08/2025 14:48:59


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Integrantes do projeto de extensão História e Cultura Kaingang da Universidade do Vale do Taquari - Univates participaram do Cerimonial Festa do Kikikói, também conhecido como “Festa dos Mortos”, na Comunidade Indígena Kaingang Fosá, no bairro Jardim do Cedro, em Lajeado, entre os dias 4 e 9 de agosto. A celebração foi realizada pela terceira vez na comunidade, e em todas elas (2013, 2018 e 2025) o projeto atuou com ações extensionistas como rodas de conversa, elaboração de projetos, convite e banner para divulgação, além de realizar registros fotográficos e fílmicos do evento.

Conforme o coordenador do projeto, professor Luís Fernando da Silva Laroque, as ações extensionistas envolvendo a comunidade acadêmica possibilitam vivências e contatos interculturais com os indígenas da aldeia Fosá/Lajeado e das demais comunidades Kaingang do Vale do Taquari, como da Pó Mág, de Tabaí, Jamã Tÿ Tãhn, de Estrela, e Tahn Mág, de Cruzeiro do Sul, além de seus parentes das Comunidades Indígenas do Alto Uruguai como de Cacique Doble, Iraí, Serrinha e Pontão. Em momentos como esse, conhecimentos, crenças, jogos, danças, músicas, gastronomia e arte expressam o jeito de ser do povo Kaingang.

Cerimonial Festa do Kikikói

O Cerimonial Festa do Kikikói é um tradicional ritual kaingang do Sul do Brasil. Geralmente, ele ocorre no inverno e tem como objetivo definir as metades clânicas do dualismo exogâmico – Kamé (regida pelo sol) e Kairú (regida pela lua) – metade a qual vai pertencer cada pessoa Kaingang.

A realização do ritual fica a cargo do Kujà (líder espiritual), com o auxílio do péin (pessoa com espírito forte, cuja função é lidar com os mortos), dos rezadores portando maracás, dos cantadores com instrumentos musicais e dos dançadores acompanhados dos varapaus (bastões).

O objetivo central é liberar os espíritos dos falecidos para que possam ir ao numbé (mundo no fundo da terra, local para onde se retorna após a morte). Dessa forma, busca-se garantir o bem-estar da comunidade, já que os espíritos dos mortos são considerados perigosos e difíceis de serem controlados.

O projeto de extensão

O projeto, vinculado ao curso de licenciatura em História e ao Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Desenvolvimento (PPGAD) da Univates, é coordenado pelo professor Luís Fernando da Silva Laroque e conta com os professores extensionistas Maurício Fernando Nunes Teixeira (Odontologia), Caroline Scariot Brugmann (Direito), os professores voluntários Neli Galarce Machado (História), André Jasper (Ciências Biológicas) e Rafael Rodrigo Eckhardt (Medicina), bolsista de extensão e voluntários bolsistas de iniciação científica, estudantes de graduação e acadêmicos de mestrado e doutorado. 

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