Na última quinta-feira, dia 20, o curso de Relações Internacionais da Univates promoveu uma reunião com seus estudantes. O objetivo foi abordar informações gerais sobre o curso, como grade curricular, carga horária, atividades complementares e proficiências. Além disso, os acadêmicos conferiram informações sobre vivência internacional e acompanharam depoimentos de três estudantes que realizaram seu intercâmbio no último semestre.

Confira alguns relatos de suas experiências:

 

Matheus Fröhlich, que realizou seu intercâmbio em Halmstad, na Suécia:

 

Durante os seis incríveis meses que passei em Halmstad na Suécia, cresci como ser humano. A oportunidade que recebi de estudar Relações Internacionais na Högskolan i Halmstad ampliou meus horizontes culturais, acadêmicos e sociais. O convívio com pessoas de mais de vinte nacionalidades, com o intercâmbio de experiências e ideias, ampliou a minha percepção do mundo. Com um antigo apreço pelos países nórdicos, e um grande interesse de vivenciar como funciona a mundialmente admirada social-democracia sueca, fui a Halmstad de "mala e cuia".

As aulas, em bem menos quantidade que no Brasil, tiravam o meu sono pela extensa ficha de leituras e trabalhos necessários para a completa compreensão dos assuntos estudados (Política Externa, Segurança Internacional e Métodos e Teorias de Pesquisa em Ciências Políticas). Embora com menos compromissos na sala de aula, minha semana permanecia inteiramente preenchida com a cabeça nos livros e artigos. A Universidade de Halmstad proporciona aos seus alunos uma série de programas extracurriculares, como o coral Köörmit, do qual tive o imenso prazer de fazer parte no último semestre.

Viagens também constaram da minha experiência europeia, conhecendo alguns países, uns com mais tempo e profundidade, outros somente tive "um gostinho". A saudade de casa era sempre apaziguada com as músicas tupiniquins tocadas no meu violão e o convívio com brasileiros desgarrados na mesma situação. Em suma, foi fascinante e estou contando com uma próxima oportunidade similar, quem sabe em uma pós-graduação?

 

 

Emanuele Scherer, que realizou seu intercâmbio na Universidad Minuto de Dios, Colômbia:

 

A primeira lembrança do início do intercâmbio me vem à lembrança, há cerca de 11 meses, no dia 20 de abril de 2013, é do e-mail de aprovação na seleção interna da Univates. Até o dia 28 de julho, data do embarque para a Colômbia, foram três meses de espera que pensei que passaram rápido, mas me dei conta que não foi tão rápido quanto a chegada do dia 13 de dezembro de 2013, data do retorno ao Brasil.

Foram quatro meses e meio fora da minha terra querida, longe da melhor comida do mundo (que me fazia querer voltar a cada refeição), longe da família e amigos... não posso dizer longe do idioma, porque estava cercada de amigos que falavam português (ou porque já tinham vindo para a Univates ou porque estavam treinando para a Jornada Mundial da Juventude ou mesmo para a Copa do Mundo).

Na Uniminuto, além de cursar no curso de graduação Trabalho Social, eu estagiava na Dirección de Internacionalización Acadêmica (D.I.A), onde funciona o Escritório de Assuntos Internacionais e Interinstitucionais da Corporação Universitária. Lá eu realizei inúmeras tarefas, como: a formação do Guia do Estudante Estrangeiro, no qual constam informações da Universidade assim como da cidade local (pontos turísticos, telefones úteis etc.) e do país; a criação do ciclo de palestras Cátedra Colômbia – Brasil, em que eram oferecidos mensalmente o encontro de um colombiano e um brasileiro com a comunidade acadêmica para debater como fazer negócio no Brasil, cultura e tecnologia etc.

Entre essas e outras inúmeras tarefas há uma da qual vou me recordar sempre com muito orgulho, que infelizmente tive que assistir virtualmente a sua concretização, que foi a criação de um Comitê Local de uma Organização Internacional em prol dos estudantes que querem realizar seu estágio profissionalizante em uma empresa em outro país com auxílio financeiro. Creio que, pela minha experiência no momento, quis ajudar muito a todos os demais estudantes que me faziam feliz na Uniminuto com esse projeto que hoje vejo o seu crescente desenvolvimento com a aprovação do Reitor Geral da Corporación e demais colegas de trabalho que junto comigo acreditaram na ideia.

Bom, mesmo com horários fixos de estágio todos os dias da semana, cada dia na cidade de Bogotá era único, com paisagens únicas, com longos e cansativos caminhos para a casa (mas aprovei o sistema de transporte público da cidade - cada embarque era memorável). As horas passavam depressa e a minha vontade era de não precisar dormir para aproveitar as luzes, os prédios históricos, as ruas de cidade grande, a amizade que se fazia a cada nova pessoa que se cumprimentava, o frio gostoso que fazia todas as noites na capital... Eram dias curtos para o tamanho da expectativa que eu tinha a cada amanhecer. Além do estágio, conheci lugares incríveis do “interior” da Colômbia. Lugares amáveis, com uma natureza incrível, com companhias especiais e inesquecíveis.

Tudo isso me ajudou a definir a área de atuação que quero seguir na carreira, a reconhecer o verdadeiro e o benefício que cada gesto (mesmo que virtual) pode fornecer para a minha vida. A valorização que se dá depois dessa experiência é algo que não tem como entender se não passar por isso. Até mesmo a Univates, para muitos, é vista como uma universidade privada qualquer. Para mim, se tornou uma das melhores, se não a melhor, que eu já conheci.

 

 

Matheus Braun, que realizou seu intercâmbio na Universidad Minuto de Dios, na Colômbia.

 

A experiência de um intercâmbio superou todas as primeiras expectativas que eu tinha, tanto referente ao país que estava sendo visitado quanto à imagem que eu tinha sobre ele. Em suma, as mídias nacional e internacional criam perfis dos países e, geralmente, é nesse perfil que nos espelhamos. Descobri que a Colômbia é um ótimo país, com muitos ecoclimas e também diversidades culturais por todos os lados, literalmente. O país é cruzado por três cordilheiras, o que faz com que as paisagens e temperaturas mudem de forma constante durante uma simples viagem.

Quanto ao fator crescimento/enriquecimento que a experiência causa na vida profissional e também no lado humano, acredito que isso é algo imensurável. Conviver com outra cultura, "se virar" nos primeiros dias para ser compreendido, ter uma visão de mundo de um ponto distinto, conhecer pessoas incríveis, ainda mais pelo simples fato de receberem um estranho como se fosse um conhecido de anos, isso faz com que o intercambista - "a gente" - se sinta renovado ao final de cada viagem, sempre pensando em buscar nova oportunidade em um futuro que não está distante.

 

Quanto às aulas e à experiência na Uniminuto, foram ótimas e não tenho nada a revindicar, só a apoiar a ação. A universidade se preocupa de forma excepcional com os estudantes internacionais que recebe, lhes dando o melhor tratamento possível, além de disponibilidade para levantar qualquer queixa ou possível sugestão que auxilie na melhora contínua da universidade.