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Detalhes do Projeto de Pesquisa

Paleobotânica e Paleoambientes

Coordenação: André Jasper

Pesquisadores:

André Jasper

Neli Teresinha Galarce Machado


Órgãos Financiadores:

Fundação Vale do Taquari de Educação e Desenvolvimento - FUVATES


Resumo:
A área de Ciências Ambientais é caracterizada pela sua grande abrangência científica, utilizando-se de conceitos de múltiplas disciplinas para a compreensão dos processos envolvidos na dinâmica de sistemas naturais e antropizados. Essa concepção, associada ao princípio da ciclicidade sistêmica, justifica a necessidade da análise das características dos ecossistemas ao longo do tempo para o apropriado entendimento das transformações do Sistema Terra. Além disso, a amplitude cronoestratigráfica dos estudos paleoambientais permite análises temporais comparativas, proporcionando interpretações mais completas acerca do impacto humano na evolução dos ambientes. Por outro lado, as plantas são excelentes marcadores das condições do meio, constituindo-se em ferramentas importantes para a inferência de variáveis ambientais de escala regional e global. Análises paleobotânicas têm subsidiado, por exemplo, interpretações mais refinadas dos ciclos icehouse-greenhouse do Fanerozoico, confirmando a interdependência das concentrações de pCO2 e as oscilações climáticas ao longo de diferentes intervalos. Nesse contexto, o presente estudo pretende utilizar elementos paleobotânicos para inferir as características paleoambientais predominantes quando da deposição dos estratos em que eles se encontram, subsidiando a definição de sua significância no contexto da gênese e evolução de biomas ao longo do tempo. Para tanto, serão avaliados fitofósseis provenientes de diferentes sucessões geológicas que serão interpretados de acordo com seus contextos paleoflorísticos específicos. A integração dos dados coletados em micro, meso e macro- escala, servirá de base para compreensão do efetivo impacto do chamado desenvolvimento humano sobre o Sistema Terra. 

 

Sub projetos
Coordenação: André Jasper
Pesquisador(a):
Dieter Uhl 
 
Deepa Agnihotri
 
Haytham El-Afty
 
Neli Teresinha Galarce Machado
 
Simone Stülp
 
Allana Silva Brugnera
 
Andrea Pozzebon Silva
 
Camila Bruchez
 
Cibele Inês Rockenbach
 
Gabriel Felipe Lorenzon
 
Gisele Sana Rebelato
 
José Rafael Wanderley Benício
 
Júlia Siqueira Carniere
 
Letícia Floss
 
Luana Trevisan Junqueira
 
Rafael Spiekermann

 


Fontes Financiadoras:

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq


Resumo:
A influência de fogo sobre a biodiversidade ao longo do tempo é amplamente aceita e conhecida para boa parte dos paleoambientes continentais do planeta. Apesar de o estudo dos eventos de paleoincêndios registrados em níveis sedimentares utilizar indícios produzidos por diferentes áreas das geociências, a única evidência direta de sua ocorrência é a detecção da presença de restos carbonizados de plantas, conhecidos como charcoal. A identificação desse tipo de registro tem sido objeto de ampla discussão científica, sendo que, atualmente, estudos paleobotânicos (= macro-charcoal) são considerados imprescindíveis para a uma correta avaliação. Quando considerados os estratos do Paleozoico Superior do Gondwana, detecta-se uma deficiência de dados detalhados de cunho paleobotânico sobre o tema, apesar do alto potencial de ocorrência demonstrado por estudos petrográficos. A lacuna de informações tem sido um impeditivo para a adequada compreensão das características paleoambientais vigentes no paleocontinente quando da deposição de níveis de grande importância para a paleontologia estratigráfica. Neste contexto, o projeto científico aqui apresentado pretende compreender o impacto do fogo na evolução paleoambiental do Gondwana ao longo do Paleozoico Superior por meio de uma abordagem paleobotânica na análise de registros de charcoal. Para tanto, será utilizado material proveniente de estratos aflorantes em diferentes bacias sedimentares localizadas nas massas continentais que originalmente compunha o paleocontinente. A integração dos dados advindos do desenvolvimento da proposta produzirá resultados significativos e de abrangência internacional, servindo de suporte para interpretações globais acerca da história do Sistema Terra.
Coordenação: André Jasper
Pesquisador(a):
André Jasper
 
Deepa Agnihotri
 
Rafael Spiekermann
 
Dieter Uhl
 
Etiene Fabbrin Pires Oliveira
 
Margot Guerra-Sommer
 
Bangjun Liu
 
Guillermo E. Alvarado
 
Pedro Correia
 
Rosemary Prevec
 
Stephen McLoughlin
 
Isabela Degani-Schmidt
 
Marion Bamford
 
Haytham El-Atfy
 
Átila Augusto Stock da Rosa
 
Cibele Inês Rockenbach
 
Siclério Ahlert
 
Ana Maria de Souza Alves
 
Kelly de David Rodrigues Arend
 
Júlia Siqueira Carniere
 
Ândrea Pozzebon-Silva
 
Gabriela Victória Hermes
 
Eduarda Hilgemann Belleboni
 
Raffaela Gomes Porto
 
Rafael Weber
 
Melissa Haetinger Cunha

 


Fontes Financiadoras:

Alexander Von Humboldt-Stiftung/Foundation;

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq;

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES);

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grandedo Sul - FAPERGS.


Resumo:
Projeto internacional de longa duração para mapeamento de restos carbonizados de plantas (macro-charcoal) em depósitos pré-Quaternários do Gondwana, com o objetivo de compreender os impactos dos paleoincêndios, no passado geológico do paleocontinente, além de entender os fatores bióticos e abióticos que controlaram a dinâmica desses eventos.
Coordenação: André Jasper
Pesquisador(a):
André Jasper
 
Rafael Spiekermann
 
Neli Teresinha Galarce Machado
 
Liana Johann
 
Elisete Maria de Freitas
 
Eduardo Péric
 
Noeli Juarez Ferla
 
Átila Augusto Stock da Rosa
 
Cátia Viviane Gonçalves
 
Dieter Uhl
 
Flaviana Jorge de Lima
 
Juliana Manso Sayão
 
Míriam Helena Kronhardt
 
Patrícia Schneider
 
Úrsula Arend
 
Daniela do Amaral da Silva
 
Aline Gebin Brentano.

Fontes Financiadoras:

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq


Resumo:
O Museu de Ciências da Univates (MCN/Univates) possui um acervo científico único de grande relevância para o desenvolvimento científico do país. Localizado no Vale do Taquari, Rio Grande do Sul, é o único museu de ciências da região e salvaguarda amostras importantes para a compreensão da evolução dos sistemas naturais da área em que está inserido e do mundo. Constituído por coleções de Arqueologia, História Regional, Botânica, Paleontologia e Zoologia, o museu é responsável pela curadoria de material proveniente de diferentes regiões do estado e do mundo, o que o torna referência nacional e internacional no âmbito da pesquisa científica e na produção de resultados de alto impacto. Este projeto permitirá a adequação, qualificação e modernização da infraestrutura e dos equipamentos necessários para a preservação do acervo e para a sua disseminação e acesso pela comunidade científica nacional e internacional. Além disso, a disponibilização digital prevista contribuirá para a popularização da ciência brasileira, possibilitando que a sociedade tenha acesso facilitado aos materiais disponíveis nas coleções. A integração do MCN/Univates às diretrizes do Conselho Internacional de Museus (ICOM) e do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), garantem a sua inserção no contexto atual dos sistemas de conservação e disseminação do patrimônio científico global.
Coordenação: André Jasper
Pesquisador(a):
André Jasper
 
Bangjun Liu
 
Deepa Agnihotri
 
Dieter Uhl
 
Eduardo Périco
 
Etiene Fabbrin Pires Oliveira
 
Guillermo E. Alvarado
 
Haytham El Atfy
 
Isabela Degani-Schmidt
 
Marcelo Leppe
 
Marcos Müller Bicca
 
Margot Guerra-Sommer
 
Maria Helena Paiva Henriques
 
Marion Bamford
 
Pedro Correia
 
Rafael Spiekermann
 
Rosemary Prevec
 
Rualdo Menegat
 
Stephen McLoughlin
 
Tais Freitas da Silva
 
Cibele Inês Rockenbach
 
Ana Maria de Souza Alves
 
Siclério Ahlert
 
Júlia Siqueira Carniere
 
Kelly de David Rodrigues Arend
 
Ândrea Pozzebon-Silva
 
Gabriela Victória Hermes
 
Eduarda Hilgemann Belleboni
 
Raffaela Gomes Porto
 
Rafael Weber
 
Melissa Haetinger Cunha

Fontes Financiadoras:

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq


Resumo:
Projeto de longa duração referente à Bolsa de Produtividade em Pesquisa CNPq do pesquisador. Aborda temática relacionada aos paleoincêndios vegetacionais pré-Holocênicos e, na vigência atual, amplia a abrangência estratigráfica e paleogeográfica do estudo de evidências paleobotânicas de paleoincêndios vegetacionais presentes no registro fóssil. Os estudos anteriores desenvolvidos pelo coordenador e sua equipe subsidiaram a consolidação da linha de pesquisa na Paleontologia Estratigráfica, representando importante ferramenta na compreensão dos processos envolvidos na evolução do Sistema Terra. A experiência construída ao longo dos anos permitiu que a equipe se tornasse referência no estudo de macro-charcoal de diferentes intervalos estratigráficos. A consolidação de parcerias nacionais e internacionais garantiram o acesso a exposições de níveis sedimentares de ampla distribuição, permitindo uma análise abrangente da dinâmica dos paleoincêndios vegetacionais. Atualmente, o fogo tem sido considerado como um importante elemento catastrófico que afeta o equilíbrio de diferentes ecossistemas. É muito provável que exista uma relação direta entre esses eventos e as inegáveis mudanças climáticas às quais o planeta estará sujeito em médio e longo prazo. Por outro lado, pesquisas recentes, incluindo aquelas realizadas pelo grupo de pesquisa, têm demonstrado a relação do fogo com a evolução da vegetação, atmosfera e clima, mesmo quando as fontes de ignição eram exclusivamente não-antrópicas. Dados iniciais indicam que evidências de paleoincêndios são mais comuns nas fases de amenização climática dos ciclos de longo termo (icehouse–greenhouse). Todavia, lacunas de amostragem têm dificultado a confirmação dessa relação, impedindo a compreensão causal entre as mudanças climáticas e a dinâmica dos paleoincêndios. A partir da análise detalhada de evidências paleobotânicas pré-Holocênicas provenientes de diferentes contextos paleogeográficos, o projeto pretende combinar os dados produzidos com os ciclos climáticos de longo termo (regionais e globais). Com base nisso, será possível definir a existência (ou não) de oscilações atreladas aos ciclos paleoclimáticos que influenciaram a biodiversidade continental ao longo do Fanerozóico.
Coordenação: André Jasper
Pesquisador(a):
André Jasper
 
Bangjun Liu
 
Deepa Agnihotri
 
Dieter Uhl
 
Eduardo Périco
 
Etiene Fabbrin Pires Oliveira
 
Guillermo E. Alvarado
 
Haytham El Atfy
 
Isabela Degani-Schmidt
 
Marcelo Leppe
 
Marcos Müller Bicca
 
Margot Guerra-Sommer
 
Maria Helena Paiva Henriques
 
Marion Bamford
 
Pedro Correia
 
Rafael Spiekermann
 
Rosemary Prevec
 
Rualdo Menegat
 
Stephen McLoughlin
 
Tais Freitas da Silva
 
Cibele Inês Rockenbach
 
Siclério Ahlert
 
Ana Maria de Souza Alves
 
Júlia Siqueira Carniere
 
Kelly de David Rodrigues Arend
 
Ândrea Pozzebon-Silva
 
Gabriela Victória Hermes
 
Eduarda Hilgemann Belleboni
 
Raffaela Gomes Porto
 
Rafael Weber
 
Melissa Haetinger Cunha

Fontes Financiadoras:

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq


Resumo:
Modelos quantitativos sugerem que incêndios vegetacionais naturais podem ser tornar mais frequentes e intensos em diferentes biomas modernos, devido às mudanças climáticas globais em curso. Porém, a compreensão da dinâmica do fogo no sistema Terra ainda é um processo em construção, e para um completo entendimento desta, é necessária uma visão integral sobre tal fenômeno ao longo da história da Terra. Em escala geológica, o intervalo Carbonífero–Permiano pode ser considerado uma janela de oportunidades para estudar a interação entre fogo, clima, atmosfera e vegetação, uma vez que este experienciou uma transição paleoclimática icehouse–greenhouse, potencialmente análoga às mudanças climáticas globais atuais. Os estratos da Bacia do Paraná registram tal transição, proporcionando ao Brasil uma oportunidade única para elucidar como os paleoincêndios se comportaram diante deste tipo de mudança paleoclimática, contribuindo para a compreensão da dinâmica do fogo no sistema Terra, além de fornecer insights sobre como os incêndios naturais atuais podem responder a mudanças climáticas atualmente em curso. Neste projeto, almeja-se elucidar a dinâmica dos paleoincêndios vegetacionais durante a transição icehouse–greenhouse do intervalo Carbonífero–Permiano da Bacia do Paraná. Como os paleoincêndios se comportaram diante desta mudança paleoclimática, quais os impactos paleoambientais destes eventos, e de que forma eles contribuíram ou não para tal mudança paleoclimática? Em estudos prévios documentaram-se evidências da ocorrência de paleoincêndios em estratos do Carbonífero e Permiano da Bacia do Paraná, porém a complexidade destes eventos e a reposta a pergunta de pesquisa acima permanece obscura. Este projeto vem sendo desenvolvido por uma equipe interdisciplinar, contando com cientistas brasileiros e estrangeiros, que utiliza uma abordagem metodológica multi-proxy que inclui análises paleobotânicas, tafonomicas, geoquímicas e petrográficas, que permitirá a resolução de tal problemática.