Coordenação: André Jasper
Pesquisador(a):
André Jasper
Bangjun Liu
Deepa Agnihotri
Dieter Uhl
Eduardo Périco
Etiene Fabbrin Pires Oliveira
Guillermo E. Alvarado
Haytham El Atfy
Isabela Degani-Schmidt
Marcelo Leppe
Marcos Müller Bicca
Margot Guerra-Sommer
Maria Helena Paiva Henriques
Marion Bamford
Pedro Correia
Rafael Spiekermann
Rosemary Prevec
Rualdo Menegat
Stephen McLoughlin
Tais Freitas da Silva
Cibele Inês Rockenbach
Siclério Ahlert
Ana Maria de Souza Alves
Júlia Siqueira Carniere
Kelly de David Rodrigues Arend
Ândrea Pozzebon-Silva
Gabriela Victória Hermes
Eduarda Hilgemann Belleboni
Raffaela Gomes Porto
Rafael Weber
Melissa Haetinger Cunha
Fontes Financiadoras:
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq
Resumo:
Modelos quantitativos sugerem que incêndios vegetacionais naturais podem ser tornar mais frequentes e intensos em diferentes biomas modernos, devido às mudanças climáticas globais em curso. Porém, a compreensão da dinâmica do fogo no sistema Terra ainda é um processo em construção, e para um completo entendimento desta, é necessária uma visão integral sobre tal fenômeno ao longo da história da Terra. Em escala geológica, o intervalo Carbonífero–Permiano pode ser considerado uma janela de oportunidades para estudar a interação entre fogo, clima, atmosfera e vegetação, uma vez que este experienciou uma transição paleoclimática icehouse–greenhouse, potencialmente análoga às mudanças climáticas globais atuais. Os estratos da Bacia do Paraná registram tal transição, proporcionando ao Brasil uma oportunidade única para elucidar como os paleoincêndios se comportaram diante deste tipo de mudança paleoclimática, contribuindo para a compreensão da dinâmica do fogo no sistema Terra, além de fornecer insights sobre como os incêndios naturais atuais podem responder a mudanças climáticas atualmente em curso. Neste projeto, almeja-se elucidar a dinâmica dos paleoincêndios vegetacionais durante a transição icehouse–greenhouse do intervalo Carbonífero–Permiano da Bacia do Paraná. Como os paleoincêndios se comportaram diante desta mudança paleoclimática, quais os impactos paleoambientais destes eventos, e de que forma eles contribuíram ou não para tal mudança paleoclimática? Em estudos prévios documentaram-se evidências da ocorrência de paleoincêndios em estratos do Carbonífero e Permiano da Bacia do Paraná, porém a complexidade destes eventos e a reposta a pergunta de pesquisa acima permanece obscura. Este projeto vem sendo desenvolvido por uma equipe interdisciplinar, contando com cientistas brasileiros e estrangeiros, que utiliza uma abordagem metodológica multi-proxy que inclui análises paleobotânicas, tafonomicas, geoquímicas e petrográficas, que permitirá a resolução de tal problemática.