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Detalhes do Projeto de Pesquisa

Comunicação, Educação Ambiental e Intervenções (Ceami): cartografias sensoriais e imagéticas em comunicação ambiental

Coordenação: Jane Márcia Mazzarino

Pesquisadores:

Jane Márcia Mazzarino

Luciana Turatti

Órgãos Financiadores:
Fundação Vale do Taquari de Educação e Desenvolvimento - FUVATES

Resumo:
Territórios são constituídos de tramas gráficas: grafias de todos os tipos de vida que pulsam por ali. Grafias tramadas pelas energias que permeiam os corpos. Corpo-terra, corpo-pedra, corpo-nuvem, corpo-fauna, corpo-flora, corpo-humano, corpo-água. Tantos outros corpos-vida interdependentes formam ecossistemas biológicos, sociais, culturais, existenciais e outros mais. Nem sempre atento, o ser humano - para alguns já pós- humano - parece às vezes afastado do exercício de observar estas interações. Como podem-se provocar observações atentas e abertas aos atravessamentos destas conectividades? Como o sujeito percebe-se em meio ao mundo? Como sente as linhas de afetos que o perpassam? Como vive a interação com outros humanos e com o todo que existe no território que habita? Por quais experiências o sujeito é tocado no território que habita? Que observações se podem fazer emergir da provocação de uma experiência de interação multidimensional e multisensorial do mundo, em que todos os sentidos são convocados à presença no instante do aqui agora com o mundo? Qual a potência dos sentidos para provocar experiências estéticas ambientais? Que emoções emergem da provocação para a sensibilização dos sentidos na experiência de interação com o mundo e tudo que advém dele? Que memórias são despertadas, criadas ou recriadas por meio destas experiências? O que estas experiências individuais têm a dizer sobre o modo do ser humano habitar o mundo? Como se cruzam as experiências de diferentes sujeitos que habitam o mesmo território? Quais elementos caracterizam esta interação que se constitui em um processo de comunicação ambiental ecosófica, já que afeta sua subjetividade, suas relações sociais e com ambiente? Se os sujeitos são convidados a registrar sua experiência, que elementos sensoriais são eleitos destas imersões no mundo para constituir documentos autobiográficos? Quais estratégias narrativas são escolhidas, o que as compõem, que linhas as atravessam, que forças e desvios se desenham? Quais escritas de si surgem destas provocações sensoriais? Diferentes possibilidades decorrem da diversidade de modos de habitar um território. Quais fluxos emergem de um convite para alguém habitar um território colocando-se à deriva, em flanerie? Que acontecimentos seriam passíveis de registros? Como fazer um mapa da experiência por meio de registros expressivos livres, com uso de escritos, de máquinas que produzem imagens, de técnicas inspiradas no campo da arte e da educação ambiental sensível? Como criar situações por meio de instruções para experiências ecosóficas que não sejam intrusões, imposições? O que os sentidos do sujeito destas experiências sensibilizam para este habitar o mundo? O que estas experiências podem fazer-nos refletir sobre a vida neste tempo-espaço inserido na contemporaneidade? Em síntese, problematiza-se como estas possibilidades experienciais e metodológicas em comunicação ambiental podem aportar para o campo da comunicação.

 

Sub projetos
Coordenação: Jane Márcia Mazzarino
Pesquisador(a):

Jane Márcia Mazzarino

Denise Bisolo Scheibe

Rodrigo Müller Marques

Mônica Maria Siqueira Damasceno

Joana Bucker

Viviane Röhrs

Maurício Tedesco

André de Paulo Evaristo

Janilton de Lima Almeida

Maynan Grundler de Oliveira

Patricia Cota Lima

Caroline Silva de Moura 


Fontes Financiadoras:
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq
 

Resumo:
Territórios são constituídos de tramas gráficas: grafias de todos os tipos de vida que pulsam por ali. Grafias tramadas pelas energias que permeiam os corpos. Corpo-terra, corpo-pedra, corpo- nuvem, corpo-fauna, corpo-flora, corpo-humano, corpo-água. Tantos outros corpos-vida interdependentes formam ecossistemas biológicos, sociais, culturais, existenciais e outros mais. Nem sempre atento, o ser humano - para alguns já pós-humano - parece às vezes afastado do exercício de observar estas interações. Como podem-se provocar observações atentas e abertas aos atravessamentos destas conectividades? Como o sujeito percebe-se em meio so mundo? Como sente as linhas de afetos que o perpassam? Como vive a interação com outros humanos e com o todo que existe no território que habita? Por quais experiências o sujeito é tocado no território que habita? Que observações se podem fazer emergir da provocação de uma experiência de interação multidimensional e multisensorial do mundo, em que todos os sentidos são convocados à presença no instante do aqui agora com o mundo? Qual a potência dos sentidos para provocar experiências estéticas ambientais? Que emoções emergem da provocação para a sensibilização dos sentidos na experiência de interação com o mundo e tudo que advém dele? Que memórias são despertadas, criadas ou recriadas por meio destas experiências? O que estas experiências individuais têm a dizer sobre o modo do ser humano habitar o mundo? Como se cruzam as experiências de diferentes sujeitos que habitam o mesmo território? Quais elementos caracterizam esta interação que se constitui em um processo de comunicação ambiental ecosófica, já que afeta sua subjetividade, suas relações sociais e com ambiente? Se os sujeitos são convidados a registrar sua experiência, que elementos sensoriais são eleitos destas imersões no mundo para constituir documentos autobiográficos? Quais estratégias narrativas são escolhidas, o que as compõem, que linhas as atravessam, que forças e desvios se desenham? Quais escritas de si surgem destas provocações sensoriais? Diferentes possibilidades decorrem da diversidade de modos de habitar um território. Quais fluxos emergem de um convite para alguém habitar um território colocando-se à deriva, em flanerie? Que acontecimentos seriam passíveis de registros? Como fazer um mapa da experiência por meio de registros expressivos livres, com uso de escritos, de máquinas que produzem imagens, de técnicas inspiradas no campo da arte e da educação ambiental sensível? Como criar situações por meio de instruções para experiências ecosóficas que não sejam intrusões, imposições? O que os sentidos do sujeito destas experiências sensibilizam para este habitar o mundo? O que estas experiências podem fazer-nos refletir sobre a vida neste tempo-espaço inserido na contemporaneidade? Em síntese, problematiza-se como estas possibilidades experienciais e metodológicas em comunicação ambiental podem aportar para o campo da comunicação, quando transformadas em reflexão epistemológica? O que pode a comunicação ambiental sensível provocada por experiências fenomenológicas e sensoriais inspiradas na ecosofia? O que é possível transformar por meio de uma pesquisa mobilizada pela possibilidade de criar a partir do campo científico? Esta proposta insere-se em uma área emergente da comunicação, a comunicação ambiental, compreendida em um amplo espectro ou ecosoficamente: como relação consigo e com o outro, seja este quem for que estejamos em relação, incluindo o ambiente (Guattari, 1991). O objetivo geral é investigar as possibilidades de aporte das derivas investigativas baseadas em cartografias de experiências sensoriais e imagéticas para a reflexão epistemológica no campo da comunicação ambiental. Como a escolha é por contribuir teórica e metodologicamente para a comunicação ambiental, a partir da articulação entre diferentes materiais, técnicas e processos das áreas da comunicação, das artes e da educação ambiental, nos propomos a realizar exercícios empíricos de experimentação metodológica que exploram o contato direto com a natureza, a apropriação das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), dinâmicas colaborativas contemporâneas e exercícios expressivos por meio das possibilidades artísticas. Esta diversidade de técnicas de intervenção estão sendo propostas pela sua potencialidade de articulação mútua, o que foi percebido pela proponente ao longo de um processo contínuo de formação, em que experienciou cada elemento, sendo que alguns deles já vem sendo incluídos como disparadores de processos de comunicação ambiental, já analisados em produções científicas dos pesquisadores envolvidos no grupo de pesquisa.
Coordenação: Jane Márcia Mazzarino
Pesquisador(a):
Jane Márcia Mazzarino
 
Luciana Turatti 
 
Rodrigo Müller Marques 
 
Lise Mary Soares Souza
 
Anna Ariane Araújo de Lavor  
 
Patrícia de Araújo Nunes 
 
Renata Fernandes Herdina 
 
Janilton de Lima Almeida 
 
Moises Eudocio Almeida 
 
Tiago Luis da Silva Soares 

 


Fontes Financiadoras:

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul - FAPERGS


Resumo:
A pesquisa parte do incômodo diante da observação do contexto eco sociocomunicacional em ambientes educadores formais e não formais. O incômodo gera a ação por meio da pesquisa intervenção com uso de uma metodologia criada gradualmente por meio de investigações da mesma e de seus orientandos de mestrado e doutorado, ao longo da última década.  A intenção é aprofundar a reflexão teórica e metodológica lapidando o conceito de ecosofia e a metodologia Ecosofia NAT, que articulam e dinamizam as três ecologias (mental, social, ambiental) com três interferências (contato com a natureza, expressão por meio das artes, exploração de tecnologias sociais e midiáticas). Evidências de pesquisas finalizadas e em curso apontam para transformações comunicacionais intra e interpessoais ou sociocomunitárias e com os territórios habitados. O conceito de ecosofia é abordado por Felix Guattari, Arne Naess e Michel Maffesoli, mas não haviam metodologias ecosóficas desenvolvidas. A Ecosofia NAT conjuga o contato direto com a  natureza (N), experiências com arte (A) e a exploração de tecnologias (T) sociais e midiáticas, em processos de introspecção, expressão e compartilhamento, que exploram a comunicação consigo, com outros humanos e não humanos, síntese da proposta ecosófica, decorrente da Ecologia Profunda. A metodologia está descrita no livro Ecosofia NAT: design para a comunicação ambiental.  Pesquisas de mestrado e doutorado junto ao Programa de Pós Graduação Ambiente e Desenvolvimento (PPGAD), da Universidade do Vale do Taquari (Univates), aprofundam esta metodologia interdisciplinar. Todas estão relacionadas ao grupo de pesquisa  Ecosofias, Paisagens Inventivas (CNPq). São pesquisadores do PPGAD/Univates, da Universidade de Aveiro, da Universidade Estadual do Ceará e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - Juazeiro do Norte. As pesquisas do grupo têm gerado impacto nos campos da Comunicação Ambiental, da Educação e das Ciências Ambientais, área do Programa de Pós-Graduação Ambiente e Desenvolvimento (PPGAD). Mais recentemente aprofunda-se as relações da comunicação ecosófica com a Filosofia, com a Arte, com a Psicologia e com a área da Saúde, enveredando para a perspectiva transdisciplinar. A pesquisa tem caráter inovador por imprimir esta perspectiva na Área da Comunicação, com impacto para o desenvolvimento científico, já que busca contribuir epistemologicamente para o campo da Comunicação dando continuidade a pesquisas anteriores, demonstrando ser um momento de maturidade intelectual da proponente. A consistente produção da proponente atesta uma genealogia com uma linha condutora entre as problemáticas abordadas, com inovação, seriedade e contribuição, além de científica, também tecnológica, na sua vertente social. Problematiza-se como os conceitos e proposições de autores da ecosofia e próximos a ela podem aportar para o aprofundamento de uma proposta ecosófica na área da comunicação, que contribua para enfrentar a degradação ambiental, social e de saúde mental que caracteriza os contextos de vida, em especial os espaços educativos, sejam formais ou não formais? De outra forma, como a comunicação ecosófica pode compor com outras possibilidades novas formas de ser em grupo em um cenário de crise ambiental, de fanatismos exacerbados e de uma pandemia da saúde mental, que convida a reconexão com dimensões esquecidas, como a poética do viver? Quais territórios existenciais podemos criar em ambientes educativos inspirados na comunicação ecosófica? Os ambientes educativos formais referem-se a escolas e universidades públicas ou privadas, que envolvem investigações com estudantes e professores, podendo incluir as famílias e outros participantes das comunidades escolares, enquanto os ambientes não formais multiplicam-se para espaços empresariais, instituições público-privadas, prefeituras, grupos comunitários, rurais ou urbanos, entre outros. O estudo parte das obras dos três autores que debruçaram-se sobre o conceito da ecosofia em obras publicadas no contexto europeu (Michel Maffesoli, Arne Naess e Felix Guattari), para aprofundar-se naquele que desenvolveu de forma mais profunda as dimensões da ecosofia em obras escritas em parceria com outros autores, caso de Felix Guattari e Gilles Deleuze, a fim de desenvolver uma teoria da comunicação ecosófica, algo inédito.   Uma pesquisa no Portal de Periódicos da Capes utilizando os descritores “comunicação”, “ecosofia”, “ecosófica” em qualquer campo e sem nenhuma restrição resulta em dois trabalhos, sendo que um é da autora deste projeto com dois co-autores, denominado Por uma comunicação ambiental mais orgânica: a natureza mediadora da ecologia social em processos educativos (Mazzarino, Scheibe, Petter, 2023), e outro que foca aspectos tecno comunicacionais com base nas ideias de Maffesoli, sem relação com a vertente que adotamos nesta proposta. Este segundo trabalho denomina-se A ecosofia de Michel Maffesoli e suas implicações tecnocomunicacionais. Estes resultados atestam o mérito da proposta por seu ineditismo  e contribuição, além da relevância. A pesquisa adota a cartografia bibliográfica das obras sobre ecosofia, a fim de triangular com a meta análise das pesquisas-intervenção já realizadas e em curso no grupo da proponente, que aplicam a Ecosofia NAT e aprofundam-se na Ecosofia, a fim de identificar aspectos relevantes que emergiram, que possam ser apropriados por outros ambientes educativos formais e não formais, a fim de melhorar as relações de comunicação (intra e interpessoal e com proximidade de contato com os biomas habitados).  A proposta visa a construção de uma perspectiva epistemológica para a comunicação, que seja contemporânea aos desafios emergentes que vivemos como humanidade, adotando referenciais teóricos consagrados, mas que ainda não tem devidamente exploradas  suas contribuições para a área da comunicação ambiental em uma perspectiva ecosófica. Tempos sombrios requerem uma perspectiva comunicacional que dê conta da complexidade dos desafios articulados na crise civilizatória vivenciada. Desta forma, reitera-se o impacto científico e social da proposta para a área da Comunicação por ser  uma proposta transdisciplinar, com impacto nos contextos educativos formais e não formais, com vistas à transformação ecosociocomunicacional e mental. A proposta tem uma metodologia convergente aos objetivos e metas, é exequível no tempo, tem cronograma claro, definido e compatível. Consideramos necessário apresentar a revisão já em curso do conceito de Ecosofia e as pesquisas que já realizamos., que aprofundam o conceito e exploram a Ecosofia NAT.