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Detalhes do Projeto de Pesquisa

Justiça Ambiental e direitos humanos: interfaces com os saberes, os alimentos e a sustentabilidade

Coordenação: Luciana Turatti

Pesquisadores:

Luciana Turatti

Jane Márcia Mazzarino


Órgãos Financiadores:

 


Resumo:

O projeto "Justiça Ambiental e direitos humanos: interfaces com os saberes, os alimentos e a sustentabilidade", se propõe a desenvolver pesquisas que tenham como foco práticas sustentáveis empregadas tanto no âmbito urbano quanto rural, pelos mais diferentes atores (mulheres, pequenos agricultores, jovens, ecologistas, entre outros), que estejam conectadas aos seguintes temas: diálogo e troca de saberes; descolonização dos saberes; segurança alimentar; autonomia e igualdade social; direito ao futuro; governança hídrica; rururbanidade; e outros, relacionados a temática da justiça ambiental, compreendida como um instrumento de garantia da cidadania e acesso igualitário aos bens ambientais, em especial num contexto de escassez oriunda das próprias intervenções antrópicas. 

Sub projetos
Coordenação: Luciana Turatti
Pesquisador(a):

Luciana Turatti

Jane Márcia Mazzarino

 


Fontes Financiadoras:

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs)


Resumo:

Os meios convencionais de agricultura tem dado visíveis sinais de esgotamento pois, são associados frequentemente, a problemas de ordem social e ambiental. Entre os mais significativos citam-se: a degradação dos recursos naturais e a contaminação dos alimentos e do meio ambiente em decorrência do uso crescente de agrotóxicos e fertilizantes químicos; a diminuição da biodiversidade; a perda da cultura e dos saberes tradicionais; e, ainda, o aumento da pobreza no campo. Tal situação é reconhecida pela ONU, pois quando da previsão dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) em 2015, subscritos por 193 países, previu-se como um dos objetivos a promoção da agricultura sustentável. Como metas vinculadas ao objetivo 2, cabe destacar a de número 2.4 que prevê que até 2030 deverão ser garantidos sistemas sustentáveis de produção de alimentos (ONU. ODS, 2015, texto digital). O modelo proposto encontra amparo na produção orgânica ou agroecológica, estimulada pela própria FAO (Food and Agriculture Organization). Ainda quanto aos problemas relacionados à agricultura convencional tem-se que os usos da água necessitam de atenção, pois, segundo dados da FAO a irrigação, é o setor que mais consome água mundialmente e o menos eficiente, ficando o valor médio mundial das perdas entre 50 e 70%. Estima-se que o volume de água desviado para irrigação represente um total de 2,87 milhões de, o que representa uma vazão de 33,8 bilhões m3/ano, segundo Christofidis (apud Rebouças, 2001). A agroecologia se coloca como um grande aliado na busca de processos mais sustentáveis e harmônicos com a natureza, pois tem como princípios orientadores a constituição de relações mais harmônicas com o meio ambiente e promove a valorização dos saberes existentes neste meio. Caporal e Azevedo (2011) referem que, a agroecologia busca integrar e considerar os saberes dos agricultores construídos ao longo da história com os conhecimentos de diferentes ciências, permitindo, por consequência, uma crítica ao atual modelo de desenvolvimento agrícola, tido como hegemônico, e a propositura de novas estratégias de desenvolvimento rural, pautadas por formas mais sustentáveis de produção e por uma abordagem transdisciplinar e holística. Considerando o exposto, a questão que norteia esta investigação se propõe a verificar quais são as práticas adotadas pelos agroecologistas do Vale do Taquari quando do uso da água nos processos produtivos e em que medida tais processos e saberes locais podem contribuir para o alcance da agricultura sustentável. Como objetivo geral busca-se Identificar as práticas de uso da água empregadas pelos agroecologistas do Vale do Taquari na produção de alimentos orgânicos, bem como os saberes locais adotados nesse processo. Como resultados esperados busca-se motivar a reflexão crítica acerca dos usos da água na agricultura; registrar os saberes locais envolvidos nos usos da água pelo grupo investigado; e, catalogar as práticas capazes de contribuir para uma melhor gestão