Coordenação: Noeli Juarez Ferla
Pesquisadores:Fundação Vale do Taquari de Educação e Desenvolvimento - FUVATES
O projeto tem como objetivo geral realizar estudos de bioecologia e controle de ácaros em agroecossistemas e ambiente natural. Para isso são desenvolvidas atividades no Laboratório de Acarologia (Labacari) localizado no Tecnovates, incluindo descrição de espécies presentes em ambientes naturais e agroecossistemas. As seguintes culturas são estudadas em projetos desenvolvidos por BICs, Mestrando e Doutorandos do Laboratório: erva mate, soja, videiras, morango, arroz, maçã e flores. O referido laboratório também dá suporte na liberação de ácaros predadores em programas de controle biológico em propriedades de produtores ecológicos de morango da região e de outras regiões próximas. Além disso, existe estrutura própria onde são realizados estudos de identificação de ácaros utilizando técnicas moleculares, bem como caracterização de estruturas acarinas utilizando Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV). Microscópios ópticos e microscópios estereoscópicos de última geração dão suporte a estudos de comportamento, biologia e tabelas de vida de ácaros. Com a estrutura de câmaras de germinação e estufa são desenvolvidos estudos de ecologia, controle biológico e seletividades de pesticidas a ácaros predadores.
Sub projetosConselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq
Este projeto de pesquisa tem o objetivo de avaliar a bioecologia da acarofauna associada à cadeia produtiva da maçã no sul do Brasil com a presença da praga quarentenária Aculus schlechtendali, enfatizando o dano, efeito local e sistêmico nos processos fisiológicos de plantas de macieira. Acarofauna e flutuação populacional.
Noeli Juarez Ferla
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
A proposta teve o mérito técnico-científico reconhecido pelo Comitê Julgador e na análise realizada alcançou classificação para ser aprovada, dentro do limite de recursos da chamada.
SOLAR COMERCIO E AGROINDUSTRIA LTDA
Fundação Vale do Taquari de Educação e Desenvolvimento - FUVATES
Devido à crescente demanda por produtos avícolas, as aves de postura são criadas em regime intensivo, fornecendo ao consumidor a contínua disponibilidade de ovos em qualquer época do ano, no entanto, a produção intensiva além de prejudicar o bem-estar das aves, aumenta o risco de epidemias. A proliferação de ectoparasitas pode levar a baixa produtividade e a diminuição da qualidade do produto. O projeto tem como objetivos: (1) indicar as principais espécies de ácaros em granjas associados a galinhas poedeiras, a partir de coletas mensais ao longo de 12 meses consecutivos, monitorando a dinâmica populacional para avaliação e reconhecimento das espécies de importância econômica. (2) Avaliar a capacidade das aves de postura em tolerar as infestações de ácaros, mensurando possíveis prejuízos na produção de ovos e reconhecer as principais espécies acarinas associadas às infestações relacionando-as com perdas de produção. (3) Estabelecer um programa de controle biológico na cadeia de aves de postura a partir de criações dos ácaros predadores e pragas (ectoparasitos) em laboratório, realizando testes de predação, estudos bioecológicos destes ácaros predadores sobre ectoparasitos presentes nas granjas e posteriormente, realizar testes de liberação de ácaros predadores em granjas para suprimir as populações de ácaros considerados praga (ectoparasitos).
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq
A avicultura é uma atividade de importância econômica para o Brasil, respondendo por quase 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no país. Aves são confinadas em gaiolas tem proliferação dos ectoparasitas Dermanyssus gallinae e Megninia ginglymura. Associados a estes organismos são encontrados ácaros predadores das famílias Cheyletidae e Laelapidae, considerados agentes de controle biológico por regularem populações desses ectoparasitas. Dermanyssus gallinae e M. ginglymura ocasionam prejuízos econômicos e sanitários, sendo frequentemente encontrados infestando galinhas poedeiras. Cheyletus malaccensis apresenta eficácia no controle de D. gallinae e M. ginglymura, enquanto que Stratiolaelaps scimitus vem sendo avaliado, com resultados iniciais promissores. Este projeto propõe uma tecnologia de controle biológico com espécies de ácaros predadores que favoreçam economicamente a avicultura poedeira, contribuindo para uma prática livre de resíduos, sustentável e de maior produtividade. O uso de agentes biológicos, evita o uso de produtos químicos, os quais, frequentemente são inadequados e utilizados de forma errônea pelos produtores. Esta tecnologia possibilita a produção de ovos livres de resíduos químicos, produto este, frequentemente procurados por consumidores que estão atentos à origem dos alimentos e ao bem-estar animal. Dermanyssus gallinae passa grande parte de seu ciclo de vida fora do corpo das aves, retornando somente durante a noite para fazer o repasto sanguíneo. As fêmeas depositam seus ovos em fendas, poleiros e nos ninhos das aves, o que dificulta a retirada destes organismos através dos métodos tradicionais de higienização e esterilização dos aviários. Deste modo, os ácaros predadores têm a importante função de adentrarem nas estruturas dos aviários, locais os quais os produtos químicos não alcançam. Os predadores serão criados massalmente, e, posteriormente liberados nos aviários para controlar ácaros ectoparasitas.
Fundação Vale do Taquari de Educação e Desenvolvimento - FUVATES
NATUROVOS
Noeli Juarez Ferla
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq
Este estudo tem o objetivo de avaliar a dinâmica populacional e implementar um modelo de produção em escala comercial de ácaros predadores como agentes biológicos a ser empregados no controle de populações de ácaros ectoparasitas em aviários comerciais das regiões nordeste, norte e sul do Brasil. Serão realizados levantamentos da acarofauna nos aviários de galinhas poedeiras nos Estados do Pará, Pernambuco e Santa Catarina, em aviários do sistema de confinamento californiano (gaiolas) (SIG) e no sistema Cage Free (aves livres) (SIF). As coletas serão realizadas bimestralmente, totalizando seis por aviário ao longo de um ano. Cinco armadilhas nas granjas SIG serão dispostas em cada lado do corredor, totalizando 10 unidades, enquanto nas granjas SIF, 16 armadilhas serão distribuídas ao longo do aviário, sendo oito de cada lado. A triagem do material será realizada nos laboratórios das universidades co-executoras. Todo o material coletado será observado em microscópio estereoscópio binocular (Leica S6E) e os ácaros montados em meio de Hoyer e identificados sob microscópio com contraste de fases. As criações estoque de Cheyletus malaccensis (Oudemans) e Stratiolaelaps scimitus (Womersley) serão mantidas em arenas na sala de criação de ácaros predadores. Para manter a criação dos predadores serão fornecidos Tyrophagus putrescentiae Schrank como alimento alternativo, criado em recipientes plásticos com Saccharomyces cerevisiae. Após realizar testagem de diferentes protocolos de criações em larga escala de C. malaccensis e S. scimitus será selecionado o processo de produção mais adequado deste bioproduto. Serão testadas diferentes categorias de embalagens para envasamento dos ácaros. Os critérios de decisão para a escolha consideraram o custo, a sustentabilidade do material a ser utilizado, a praticidade e funcionalidade do processo de operação para o envase e a viabilidade na sobrevivência dos organismos envasados. Será ofertado curso de capacitação aos produtores e técnicos do setor avícola, visando a aplicabilidade de técnicas de monitoramento de ácaros hematófagos, bem como no manejo de populações de destes em aviários de galinhas poedeiras.
Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do RS - SICT
Alimentos armazenados constituem um meio favorável ao desenvolvimento de organismos que podem tornar-se pragas de grande importância econômica, dentre estes o ácaro Tyrophagus putrescentiae reconhecido por infestar diversos ambientes como fábrica de rações, chocolates e aviários. O mercado de biotecnologia aplicado ao setor avícola e produtos armazenados cresce significativamente no Brasil e no mundo, incluindo produtos de alimentação animal sustentáveis e a de produção de bioprodutos, contendo agentes de controle biológico. Dentre estes bioprodutos é possível desenvolver um produto para ser utilizado controlando pragas presentes em alimentos armazenados, fábricas de rações e fábricas de chocolate. Entre os resultados esperados neste projeto, está o desenvolvimento de um bioproduto formulado a partir de ácaros predadores.
Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do RS - SICT
O projeto visa o desenvolvimento de uma versão comercial dos ácaros predadores Phytoseiulus macropilis e Neoseiulus idaeus para serem empregados no controle de ácaros fitófagos, especialmente Tetranychus urticae, considerado a principal praga de diferentes culturas de importância econômica. Não há registro de biofábricas de ácaros predadores no sul do brasil e em países do Mercosul, estando este mercado aberto ao uso desta tecnologia. A agregação de valor em produto realizada pelo projeto está na capacidade cultural de interagir com produtores e na proximidade das regiões produtoras, o que permite o acompanhamento técnico e o monitoramento das culturas. Deste modo, pode se personalizar produtos e processos, além de contribuir para agricultura limpa, sustentável e de alta produtividade, melhorando a qualidade de vida dos consumidores e produtores.
Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do RS - SICT
As infestações de ácaros ectoparasitas na avicultura (que causam queda na produção dos ovos e em muitos casos a morte da ave da infectada) são recorrentes, o que prejudica a renda dos avicultores e a qualidade dos produtos no nosso país. Com base nesta mazela, as entidades envolvidas nesta proposta, almejam o controle dessas infestações de ácaros da espécie Megninia ginglymura e ácaros hematófagos. A solução se baseia em um controle biológico, com a utilização de ácaros predadores naturais (Laelapidae) das espécies supracitadas. A solução se mostra uma alternativa mais barata e menos danosa ao ecossistema do que a forma usual de lidar com essas infestações que se dá através da aplicação de produtos tóxicos como pesticidas e acaricidas, muitas vezes mal utilizadas e que expõe o avicultor e as aves a diversos riscos.
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul - FAPERGS
O cultivo da oliveira (Olea europaea L.: Oleaceae) é recente no Brasil e o Rio Grande do Sul se destaca como o principal produtor do país. Apesar de incipiente, existe um aumento na área de produção dentro do estado, acompanhado da expansão observa-se o surgimento de problemas fitossanitários. É conhecido que espécies de ácaros fitófagos causam danos econômicos na cultura, e a falta de conhecimento e identificação dessas espécies força a utilização de pesticidas. Contudo, a utilização do controle biológico aplicado utiliza inimigos naturais, possibilitando o emprego de práticas mais limpas e ambientalmente menos impactantes. Os benefícios vão muito além do âmbito econômico voltado ao produtor, sendo justificada a importância social, uma vez que o ambiente será favorecido, a saúde do trabalhador e a qualidade do produto, que é consumida diariamente pelos brasileiros. Aliado a isso, poucas informações estão disponíveis sobre a resposta das plantas frente à infestação, principalmente no que tange ao estresse oxidativo desencadeado pelo dano dos ácaros nas oliveiras e práticas de manejo associadas ao controle desses organismos-praga. O objetivo deste estudo é inventariar a acarofauna associada a pomares de oliveira no estado do Rio Grande do Sul, investigar os danos oxidativos e o metabolismo redox de plantas infestadas e elaborar uma proposta de manejo para ácaros na cultura, bem como realizar uma interação entre empresas, produtores, cooperativas, Instituto de Brasileiro de Olivicultura e a Universidade. Também temos como objetivo selecionar plantas nativas de crescimento espontâneo em cultivos de oliveira que funcionam como reservatórios de inimigos naturais, para poderem ser utilizadas numa estratégia de manejo de pragas que permita a redução do uso de pesticidas. É possível que sejam encontradas e identificadas espécies especialistas da cultura, e que um nível crítico de dano possa ser estabelecido, bem como uma estratégia de controle eficiente. Essas informações encontradas poderão ser repassadas aos produtores e público por meio de cursos de capacitação e guias informativos desenvolvidos no decorrer do projeto. A utilização desses organismos evita o uso de acaricidas e demais pesticidas, evitando a manipulação de produtos tóxicos por parte do produtor e ausência da presença de resíduos ao consumidor. Sendo assim, o uso de inimigos naturais na agricultura proporciona melhoria da qualidade de vida do produtor e a sustentabilidade da produção agrícola. A interação entre as instituições envolvidas no desenvolvimento desse projeto promoverá a disseminação de tecnologias de inovação por diferentes regiões produtoras do estado, agregando valor ao produto.