Utilizamos cookies neste site. Alguns são utilizados para melhorar sua experiência, outros para propósitos estatísticos, ou, ainda, para avaliar a eficácia promocional do nosso site e para oferecer produtos e serviços relevantes por meio de anúncios personalizados. Para mais informações sobre os cookies utilizados, consulte nossa Política de Privacidade.

Para eles, o conhecimento não tem fronteiras

Postado em 31/07/2013 09h24min

Por Tamara Bischoff

Daqui a alguns meses, o Vale do Taquari estará recebendo uma leva de profissionais diferenciados, lapidados por experiências ímpares adquiridas em diversas partes do mundo. São os participantes do Ciência sem Fronteiras, programa de intercâmbio acadêmico desenvolvido pelo Governo Federal que, por meio da Univates, enviará neste semestre outros 14 estudantes de graduação para uma inesquecível viagem.

Mas além de cursarem o ensino superior na mesma instituição, o que mais eles têm em comum? Sem dúvida alguma, força de vontade, perspectivas de futuro, alguma dose de coragem e muitos sonhos. Os estudantes embarcam para o exterior entre os meses de agosto e setembro, e viverão de um a dois anos estudando língua estrangeira, cursando disciplinas da graduação, experimentando um pouco do que a profissão escolhida reserva e vivenciando um mundo totalmente novo.

Willian Jean Baggio Cover, 20 anos, partirá de Dois Lajeados, município com pouco mais de três mil habitantes, para Lawrence, estado do Kansas, nos EUA, onde permanecerá até dezembro de 2014. O acadêmico de Engenharia Civil, que atualmente trabalha como Técnico em Agropecuária, foi selecionado para estudar na The University of Kansas. “Creio que ter uma bolsa de estudos no exterior é um sonho presente na mente de grande parte dos universitários, e comigo não foi diferente. Sempre me foquei nos estudos com o pensamento de um dia estudar no exterior, e vi no programa Ciência sem Fronteiras uma grande oportunidade de enriquecimento cultural, pessoal e profissional”, relata. Conforme ele, assim que soube da abertura do edital, se inscreveu, acompanhou ansiosamente as etapas do processo, cumpriu os prazos exigidos e, no fim de junho, recebeu a confirmação da bolsa para estudar nos Estados Unidos.

As expectativas de Willian são as melhores. “Espero adquirir a maior quantidade possível de conhecimento, tanto técnico como cultural, e representar a Univates e o nosso país da melhor forma possível, para que, ao término da bolsa, retorne ao Brasil e possa implementar o conhecimento adquirido em prol da evolução científica e tecnológica do país e do Vale do Taquari mais especificamente”, afirma. Para os colegas acadêmicos, o estudante deixa um recado: “Espero que cada vez mais colegas e amigos universitários da Univates inscrevam-se no programa e aproveitem a oportunidade, e para quaisquer dúvidas, me coloco à disposição para auxiliá-los”.

Do curso de Design, quem parte de Lajeado rumo à Coreia do Sul é Rodrigo Ruschel, 21 anos, de Lajeado. Ele permanecerá um ano na Soongsil University, em Seoul. Segundo ele, a ideia surgiu a partir da oportunidade de ir estudar em algum país asiático, onde espera poder vivenciar outra cultura e estudar coisas novas às quais não se tem acesso aqui no Brasil.

E pela primeira vez em sua história, a Univates terá um estudante realizando intercâmbio na Irlanda. O acadêmico de Engenharia Ambiental Jéferson Augusto Schneider, 20 anos, de Estrela, que atualmente trabalha como administrativo de obras rodoviárias de pavimentação, passará um ano em Dublin, estudando no Institute of Technology Blanchardstown. “Sempre me imaginei estudando em outro país. Fiquei sabendo do programa em mais uma dessas navegações na internet, sem muita pretensão. Enquanto lia sobre o programa, cada vez ia ficando mais entusiasmado. Logo me informei dos passos necessários para participar e já comecei a correr atrás. Vi que havia a possibilidade de estudar em diversos países e que alguns deles exigiam proficiência em inglês. Na mesma noite me inscrevi para realização de uma prova e assim que fiquei sabendo do resultado, me inscrevi para a chamada aberta para a Irlanda”, conta ele.

Com o intercâmbio, Jéferson espera adquirir inúmeras experiências e conhecimentos, conhecer lugares fantásticos com os quais sempre sonhou e fazer novas amizades, além de se tornar fluente em inglês. “Estudar em outro país requer uma adaptação a uma nova cultura, tanto na parte de educação como no modo de vida. Então espero que essa experiência me traga novos conhecimentos e amplie minha visão sobre o mundo”, ressalta.

Entre os mais entusiasmados está Nestor Antonio Bresolin Junior, 21 anos, de Lajeado. E motivos ele tem de sobra. O estudante de Engenharia Civil viaja com destino a Vancouver, no Canadá, a 3ª cidade com melhor qualidade de vida do mundo, onde estudará na University of British Columbia, que foi eleita a melhor universidade canadense no último ano e está entre as 30 melhores instituições de ensino do mundo. “Eu sempre tive vontade de fazer um intercâmbio na adolescência, porém, aos 16 anos minha mãe achou que eu fosse muito novo, então decidimos que eu esperaria uma idade mais madura. No ano passado, resolvi me inscrever por conta própria como estudante internacional na University of Oregon, onde eu teria de arcar com todas as despesas. Eu já tinha ouvido falar do Ciência sem Fronteiras, mas não pensei que fosse tão acessível, imaginei que fosse algo que só estudantes com um incrível desempenho conseguiriam. Mas com a ajuda de amigos percebi que teria chance. Então pensei: por que eu estaria pagando se eu poderia ganhar uma bolsa? Me inscrevi no programa e optei pelo Canadá. Escolhi a University of British Columbia que, apesar de muito rígida, me selecionou, e estou muito feliz pela escolha”, revela.

Nestor ficará vinculado à universidade durante um ano e meio, sendo o primeiro semestre para estágio linguístico no departamento de línguas da universidade, e os outros dois semestres serão de aulas do seu curso. Ele inclusive já sabe as matérias que cursará, dentre elas a língua francesa, que o acompanhará por dois semestres. “Já tenho o domínio da língua francesa aqui no Brasil e vi a possibilidade de estudar lá também para que eu aprimore meus conhecimentos, uma vez que o Canadá é um país bilíngue (inglês e francês)”, acrescenta.

A maior expectativa do acadêmico é em relação ao acréscimo cultural que terá. “Pretendo trazer tudo que eu aprender lá e usar aqui pra melhorar a região e o país onde moro. Quero conhecer muitos lugares lindos, pessoas incríveis e ter as melhores experiências universitárias possíveis, tanto acadêmicas como sociais”, finaliza.

Outra estudante selecionada pelo programa é Camila Angélica Schmidt, 23 anos, do curso de Ciências Biológicas – bacharelado. A experiência do Ciência sem Fronteiras será seu segundo intercâmbio, após ter vivido por um semestre na Suécia, em 2012. Ela parte, no próximo mês de novembro, para a Austrália, onde estudará na University of Adelaide por 14 meses.

Para Camila, a vida é constante movimento e exploração. “Eu quero é ver esse mundo lindo que existe aí fora. Minhas expectativas são enormes, tento conter a ansiedade, mas é impossível”, comemora. Conforme a estudante, a Austrália, Nova Zelândia e ilhas da região central da Ásia “moram nos seus sonhos” há muito tempo. Porém, seu maior interesse é acadêmico. “Pretendo integrar algum laboratório da universidade e, se possível, fazer meu trabalho de conclusão de curso lá. Quero aproveitar ao máximo essa oportunidade de enriquecimento acadêmico e cultural que, certamente, deixará marcas profundas em mim”, completa.

 

Saiba mais

Desde a criação do Ciência sem Fronteiras, cerca de 100 alunos da Univates já se inscreveram no programa e, desses, 19 foram beneficiados com bolsas de estudos para os países: China, Coreia do Sul, Canadá, EUA, Irlanda, Inglaterra, Alemanha e Espanha.

A procura pelo Programa do Governo Federal vem crescendo gradativamente, conforme a gerente da Assessoria para Assuntos Interinstitucionais e Internacionais da Univates, Viviane Bischoff. Segundo ela, o maior empecilho ainda é o domínio da língua inglesa, pré-requisito para a maioria dos países. "É importante que os alunos se preparem e prestem a prova de proficiência no idioma antes mesmo da divulgação dos editais", orienta.

Entre os objetivos do Ciência sem Fronteiras estão investir na formação de pessoal altamente qualificado nas competências e habilidades necessárias para o avanço da sociedade do conhecimento, aumentar a presença de pesquisadores e estudantes de vários níveis em instituições de excelência no exterior e promover a inserção internacional das instituições brasileiras pela abertura de oportunidades semelhantes para cientistas e estudantes estrangeiros. A proposta do Governo Federal também é ampliar o conhecimento inovador de pessoal das indústrias tecnológicas e atrair jovens talentos científicos e investigadores altamente qualificados para trabalhar no Brasil.

Mais detalhes sobre o programa estão disponíveis no site www.cienciasemfronteiras.gov.br.

 

Texto: Tamara Bischoff

Camila Angélica Schmidt, 23 anos, aluna de Ciências Biológicas - bacharelado

Divulgação

Ciência sem Fronteiras, programa de intercâmbio acadêmico desenvolvido pelo Governo Federal, enviará neste semestre mais 14 estudantes da Univates para uma inesquecível viagem

Tuane Eggers

Jéferson Augusto Schneider, 20 anos, de Estrela, cursa Engenharia Ambiental

Divulgação

Nestor Antonio Bresolin Junior, 21 anos, de Lajeado

Divulgação

Do curso de Design, quem parte de Lajeado rumo à Coreia do Sul é Rodrigo Ruschel, 21 anos, de Lajeado

Divulgação

Willian Jean Baggio Cover, 20 anos, partirá de Dois Lajeados, para Lawrence, estado do Kansas, nos EUA

Divulgação

Notícias Relacionadas