Coordenação: Angélica Vier Munhoz
Pesquisadores:Angélica Vier Munhoz,
Fabiane Olegário
Morgana Domênica Hattge
Suzana Feldens Schwertner
Maria Elisabete Bersch
Fundação Vale do Taquari de Educação e Desenvolvimento - FUVATES
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul - FAPERGS
Ensino e diferenças
Arquivo, docência e criação
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul - FAPERGS
Arquivo, docência e criação
O presente projeto tem como propósito investigar o planejamento docente, a partir de práticas de leitura e de escrita dos arquivos (conteúdos, textos) utilizados pelos professores de Anos Iniciais do Ensino Fundamental de duas escolas da rede pública com o menor Índice de Desenvolvimento da Educação Básica do Vale do Taquari/RS (segundo o senso de 2019). Para tal proposta investigativa é apresentado o seguinte problema de pesquisa, qual seja: De que modo os arquivos (textos e conteúdos) são lidos e transformados (reescritos) pelos professores no momento da elaboração do planejamento? Ou seja, como os arquivos são utilizados pelos professores? Que arquivos são esses? O que os professores buscam no momento de elaborar o seu plano de aula? A partir desses problemas orbitam outras problemáticas, tais como: O plano de aula é registrado ou fica no campo das ideias? De que modo é feito o registro? Quais os itens que são levados em consideração pelos professores para a redação do planejamento? Dificuldades da turma? Objetivos e Avaliação da aprendizagem? O planejamento de aula é produzido individualmente ou coletivamente? Há orientações gerais e ou específicas da equipe diretiva ou da mantenedora em relação à estrutura do plano de aula? Como os documentos normativos (Plano de Ensino, Projeto Político Pedagógico (PPP), Referencial Curricular Gaúcho (RCG, 2018), Base Nacional Comum Curricular (BNCC, 2017) são contemplados no planejamento docente? De que forma o resultado do IDEB da escola interfere na elaboração do planejamento do professor? Há reflexão docente após a aula? Tal reflexão impacta na elaboração do planejamento? Como? Movido pelo campo problemático acima, a pesquisa considera o planejamento de suma importância para o campo da educação e do ensino, pois é a partir dele que o professor organiza o processo de ensino e acompanha as aprendizagens dos alunos. Por tal razão, é preciso compreender de que modo os professores se relacionam com o planejamento, uma relação que não está dada a priori, ou seja, é preciso construí-la e problematizá-la, a fim de qualificar o ensino e contribuir para uma aprendizagem que faça sentido aos alunos. Mesmo que algumas escolas (realidades) tenham adotado o ensino apostilado, cabe ao professor gerenciar os exercícios pedagógicos e ser protagonista dos processos de ensino. Vale mencionar que este projeto vincula-se ao Grupo de Pesquisa Currículo, Espaço e Movimento (CEM/CNPq/UNIVATES) da Universidade do Vale do Taquari - Univates.
Inauã Weirich Ribeiro
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul - FAPERGS
Arquivo, docência e criação
A presente proposta está atrelada ao Grupo de pesquisa Currículo, Espaço, Movimento (CEM), cadastrado no Diretório do CNPq e coordenada pela pesquisadora, desde sua criação, em 2013. Como o Grupo CEM e, portanto, a referida pesquisadora está vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Ensino, em meio ao qual tem orientado dissertações e teses, surge a necessidade de olhar para essa área de conhecimento – a área de Ensino. Partindo de procedimentos arquivísticos, em meio aos estudos arquegenealógicos de Michel Foucault (2008), delineia-se as seguintes questões: o que dizem os escopos dos periódicos da área de ensino, podendo se configurar como discursividades da área de conhecimento em Ensino no Brasil? Quais horizontes discursivos os periódicos da área de Ensino têm desdobrado? De que modo dar visibilidade a essa produção discursiva? Considerando que a área de Ensino ainda é bastante recente (criada em 2011), toma-se um segmento da área – periódicos da área de conhecimento Ensino – entendendo que é possível apreendê-lo em sua totalidade empírica e temporal (2011 – 2021). Como as análises são baseadas em recortes discursivos retirados da constituição de um arquivo (escopos dos periódicos da área de Ensino), acredita-se que os resultados poderão dar a ver o que estamos pensando, produzindo, escrevendo, experienciando enquanto área de conhecimento Ensino no Brasil.
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq
Arquivo, docência e criação
Com aprovação no Edital CNPq 08/2022, Bolsas de Produtividade em Pesquisa, iniciou-se o projeto “Palavras e coisas da escola: uma pesquisa arquivística”, cujo propósito consiste em produzir um arquivo digital público com papéis e documentos escolares institucionais que dizem da escola, mas também com papéis e documentos que enunciam a vida singular daqueles que passaram pelo currículo escolar. O projeto toma como referencial teórico-metodológico a noção de arquivo de Michel Foucault a partir de procedimentos analíticos que buscam operar com a massa documental reunida. Os documentos são doados digitalmente ou recolhidos por meio de brocantes (nome retirado das feiras de vendas de papéis velhos e outras quinquilharias, realizadas nos vilarejos franceses a partir do início do século XX). Os doadores assinam um termo de concessão e os dados sensíveis são ocultados. Passados dois anos do início do projeto, foram realizadas 18 brocantes em diversas cidades do RS e já há um arquivo de aproximadamente 1500 documentos escolares arquivados, catalogados e em processo de migração para um Dataverse. Esses documentos também se encontram em processo de análise e alguns resultados já estão divulgados. Com as enchentes que devastaram o RS, também foi criado um novo desdobramento do projeto, a partir da recolha das imagens das escolas afetadas pelas cheias, o qual já reuniu e catalogou 150 fotografias. O projeto, integrado ao Grupo de Pesquisa Currículo, Espaço, Movimento (CEM) e ao PPGEnsino/Univates, conta com a colaboração de pesquisadores parceiros de outras três universidades (UCS, UFRGS, UFPR e Unisinos). Pretende-se, por um lado, dar a ver o que foi produzido documentalmente pela escola a partir do início do século XX, por outro, compreender o que e de que modo o que foi produzido ainda reverbera no presente.
Jheniffer Otilia Costa
Clebson Assis da Silva
Programa Fulbright
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Ensino e diferenças
O presente projeto tem como objetivo analisar as percepções de jovens egressos da Escola Básica acerca da experiência de ser ensinado, cinco anos após sua saída da escola. Para tanto, por meio de entrevistas e fotoelicitação, os jovens abordarão elementos de sua vida escolar, destacando as marcas da escola e de professores na sua trajetória e indicando caminhos percorridos após a conclusão do Ensino Médio. Com isso, será possível ampliar as discussões sobre os efeitos da escola no encontro de jovens com o mundo do trabalho, identificando ali singularidades e diferenças dessas trajetórias. Junto a estas contribuições, busca-se produzir modos de analisar dados visuais na pesquisa, elaborando produções científicas de investigações em cultura visual.
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq
A relação das infâncias com a creche e a pré-escola tem sido amplamente estudada por pesquisadores, professores e entidades. Porém, ao adentrarem à escola de Ensino Fundamental as crianças passam a integrar um contexto que na maior parte das vezes, ignora as necessidades das infâncias, atendendo aos apelos de uma educação mercadológica e marcada pela competitividade. Este projeto trata da relação que se estabelece entre as infâncias e a escola, buscando problematizar as práticas pedagógicas, os modos de ensinar e aprender, as formas como as diferenças são tratadas nos contextos vivenciados pelas crianças, estudantes do Ensino Fundamental. O problema central do estudo se expressa da seguinte forma: De que modo a cultura escolar é compreendida por crianças de 6 a 11 anos, estudantes do Ensino Fundamental, Anos Iniciais?A partir da escuta atenta e sensível espera-se perceber a compreensão das crianças acerca de como se dão as práticas pedagógicas, os processos de ensino e aprendizagem e a forma como a escolha acolhe as diferenças. A hipótese inicial é a de que as crianças têm muito a dizer quando um ambiente acolhedor se institui e que os seus ditos podem contribuir sobremaneira na problematização das práticas vigentes e na construção de modos outros de ser e estar na escola. Em projeto de pesquisa anteriormente conduzido por um dos grupos proponentes deste estudo foi possível perceber a potência das manifestações das crianças, atentas ao que se passa nos espaços em que estão inseridas (HORN, HATTGE E SCHWERTNER, 2021). A estratégia metodológica a ser adotada na investigação é a escuta atenta e sensível de crianças de 6 a 11 anos, estudantes dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, tomando-se como materialidade de análise desenhos, escritas e manifestações orais das crianças em momentos de interação com as pesquisadoras e demais participantes do estudo.