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Detalhes do Projeto de Pesquisa

Aspectos moleculares de doenças complexas

Coordenação: Verônica Contini

Pesquisadores:
Verônica Contini
 
Luis Fernando Saraiva Macedo Timmers
 
Fernanda Majolo
 
João Antonio Pegas Henriques

 


Órgãos Financiadores:

Fundação Vale do Taquari de Educação e Desenvolvimento - FUVATES


Resumo:

O estudo das doenças multifatoriais, como as doenças cardiovasculares, a obesidade, o câncer e os transtornos psiquiátricos, tem recebido uma atenção especial nos últimos anos, devido a sua complexidade, os múltiplos fatores envolvidos no seu desenvolvimento e a alta prevalência populacional. Do ponto de vista etiológico, as doenças multifatoriais são causadas por uma combinação complexa de fatores genéticos e ambientais, muitas vezes ainda não identificados e que interagem entre si. Apesar dos avanços obtidos com os estudos de varredura genômica, que identificaram inúmeras variantes genéticas associadas com uma ampla gama de doenças complexas, com a esquizofrenia e a obesidade, esses achados ainda não são capazes de explicar toda a variância atribuível aos genes. Esses resultados reforçam a necessidade da exploração de outras abordagens, como interações gene-gene e gene-ambiente, as quais podem contribuir com a elucidação dos mecanismos moleculares envolvidos nessas doenças e, consequentemente, ajudar na diminuição desse fenômeno. Entre as abordagens de investigações das interações gene-ambiente, destacam-se os estudos nutrigenéticos, os quais buscam compreender como a variabilidade genética individual pode influenciar e/ou determinar a maneira com que indivíduos respondem à alimentação o que pode, consequentemente, refletir em diferentes riscos para doenças complexas. Existem inúmeras evidências na literatura relacionando fatores da dieta com o desenvolvimento de algumas doenças como, por exemplo, a associação entre o alto consumo de gorduras saturadas com as dislipidemias. No entanto, nos últimos anos, também tem se destacado o efeito das interações alimentares em transtornos psiquiátricos, como a depressão, a ansiedade e o transtorno de déficit de atenção e mhiperatividade (TDAH). Esses estudos têm apontado que a dieta pode modular processos biológicos subjacentes aos transtornos mentais, como a inflamação, a plasticidade cerebral, o sistema de resposta ao estresse e os processos oxidativos. Compreender como as variações genéticas influenciam na absorção de nutrientes irá fornecer uma medida mais exata da exposição aos ingredientes alimentares ingeridos, o que pode, futuramente, refletir em novas abordagens terapêuticas para doenças metabólicas, assim como para transtornos mentais, tanto no âmbito de tratamento quanto de prevenção. Diante disto, este macroprojeto tem como objetivos principais: 1) identificar polimorfismos genéticos e biomarcadores associados com doenças multifatoriais; 2) avaliar os possíveis efeitos de interações gene-nutriente sobre desfechos antropométricos, bioquímicos e comportamentais de indivíduos adultos da população geral; 3) investigar novas alternativas de tratamento para as doenças multifatoriais em modelos animais.