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Novo material para biossensor de glicose é analisado em tese de doutorado

Postado em 21/05/2018 10h41min e atualizado em 21/05/2018 10h44min

Por Bruna Laís Alves/DIPES

Um novo material para ser utilizado como biossensor de glicose foi o tema abordado na tese de doutorado da professora Betina Hansen. Docente do curso de Engenharia Civil da Univates, Betina agora é doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Minas, Metalúrgica e de Materiais (PPGE3M) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs).

Intitulado “Polianilina para aplicação em biossensores amperométricos de glicose”, o trabalho teve como objetivo estudar o material conhecido comercialmente como tiras ou fitas de medição de glicose. Conforme Betina, a maioria dos biossensores comerciais são constituídos de um substrato polimérico sobre o qual se aplica um material condutor e a enzima glicose oxidase (GOx). Essa enzima é responsável por reagir quimicamente com a glicose presente na amostra de sangue, liberando elétrons. Estes biossensores são conhecidos como biossensores amperométricos enzimáticos de glicose.

Betina Hansen é docente do curso de Engenharia Civil

Bruna Laís Alves

"Em minha pesquisa, a polianilina (PAni), um dos polímeros condutores mais estudados, foi sintetizada quimicamente na presença de poli(óxido de etileno) (PEO) e também na presença de PEO e de ácido cloroáurico (HAuCl4), para a formação de nanopartículas de ouro (NPAu). Esses nanocompósitos foram utilizados na fabricação dos biossensores para glicose, servindo de suporte para a imobilização da GOx e de facilitadores do transporte dos elétrons provenientes da reação química da enzima com a glicose", explica Batina.

Segundo a doutora, diversos parâmetros de produção do biossensor foram otimizados durante a pesquisa, bem como a quantidade de polímero e de enzima a ser aplicada no eletrodo e o potencial elétrico a ser aplicado para a detecção da glicose. Por fim, foi possível produzir dois biossensores que detectaram a glicose em faixas de 1 a 10 mM e de 0,1 a 5,5 mM. Apesar de ser inferior à apresentada pelos biossensores comerciais (até 30 mM), essa faixa se mostrou superior a pesquisas já realizadas na área. “Além disso, ambos os biossensores apresentaram seletividade a interferentes como ácido ascórbico e ácido úrico, confirmando que o sinal gerado nos ensaios eletroquímicos se refere efetivamente à detecção da glicose”, esclarece.

O trabalho de Betina foi orientado pelo professor doutor Carlos Arthur Ferreira (Ufrgs) e a banca avaliadora foi composta pelos professores doutores Jarem Raul Garcia (Universidade Estadual de Ponta Grossa), Alessandra Fiorini Baldissera (Ufrgs) e Jane Zoppas Ferreira (Ufrgs). A defesa da tese aconteceu em agosto de 2017.