Cultura da erva-mate é assunto de palestra ministrada por professores da Univates
Postado as 18/12/2018 16:19:42
Por Natália Bottoni
Divulgação
Na última sexta-feira, dia 14, realizou-se a palestra “Metodologia para facilitar a germinação de sementes de erva-mate”, proferida por professores e pesquisadores da Univates. O evento foi aberto à comunidade e ocorreu na Câmara de Vereadores de Ilópolis, no turno da manhã. A atividade foi organizada pela Instituição com a colaboração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs).
O encontro é proveniente do projeto “Qualificação na produção de mudas de erva-mate”, que iniciou em fevereiro de 2018 na Univates. No evento foram apresentados os resultados obtidos até o momento e divulgada a metodologia estudada pela Univates e pela Ufrgs que visa a acelerar o processo de formação do embrião de erva-mate, tendo em vista que a cadeia produtiva dessa semente sofre com o problema de produção de mudas.
“Informações obtidas em diversos estudos realizados nunca chegaram ao produtor e são superficiais em relação às razões para essa dificuldade. O objetivo foi ampliar o conhecimento sobre o assunto”, explica uma das ministrantes da palestra e professora do Programa de Pós-Graduação em Sistemas Ambientais Sustentáveis (PPGSAS) e do curso de graduação em Ciências Biológicas da Univates, Elisete Maria de Freitas.
Dialogou-se sobre as plantas matrizes, que apresentam instabilidade nas características físicas das suas sementes e na quantidade de sementes viáveis, que normalmente é baixa. É necessário investimento em mais pesquisas para que haja mais compreensão das causas da dificuldade, conforme lembraram os professores durante a palestra.
Também falou-se sobre a adição de nutrientes na areia, que é normalmente utilizada para o desenvolvimento do embrião (estratificação) das sementes. Isso pode auxiliar na superação da dormência delas e acelerar a germinação, além de formar plantas de melhor qualidade.
As pesquisas também abordam o pirênio, a camada que reveste a semente de erva-mate. Ela pode ser uma barreira física para a estratificação, no entanto o método desenvolvido nos estudos pode favorecer a passagem de nutrientes para o embrião e acelerar seu desenvolvimento, o que reduz o tempo de estratificação. As pesquisas são financiadas pela Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (Sdect).
