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Estudo faz projeção de casos de coronavírus no RS

Postado as 19/03/2020 15:03:09

Por Matheus Giovanella Laste e Nicole Morás

O Governo do Estado do Rio Grande do Sul atualizou o número de casos confirmados do novo coronavírus. São 28 pacientes infectados com o Covid-19 até o momento. Nove novos casos foram notificados pela secretaria de saúde do estado na noite desta quarta-feira (18). Porto Alegre tem o maior número de pacientes positivos para Covid-19. No entanto o número de casos pode ser maior, uma vez que apenas pacientes em estado mais grave da doença são testados. Os pacientes com sintomas leves ou moderados não estão sendo testados, segundo o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo. As medidas de prevenção precisam ser encaradas com a devida seriedade para que os casos não continuem a se proliferar de forma exponencial. 

O Departamento de Economia e Estatística (DEE), órgão vinculado à Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag), realizou um exercício de projeção de casos no RS. A forma utilizada para analisar o curso do vírus foi avaliar com base em três cenários em curto prazo. O cenário extremo se assemelha à evolução de casos na Itália, no Irã e na Coreia do Sul. O agressivo é semelhante ao desenvolvimento do vírus na França, na Espanha e na Alemanha. O cenário moderado é similar à evolução da doença no Japão. Para uma avaliação em longo prazo serão necessários mais informações e outros métodos.

As análises são centradas especialmente nos dados da evolução da doença a partir do 50º caso confirmado. Nos casos mais agressivos fora da China (Itália, Irã e Coreia do Sul), há um padrão geométrico na trajetória do número de infectados a partir do 50º paciente. Esse padrão é mais preponderante nos 14 dias após o registro do 50º caso, pois antes desse dia não há um padrão.

Isso significa que a trajetória após o 14º dia pode ser distinta, conforme as providências tomadas. Se forem adotados ou não o isolamento social e medidas preventivas, a evolução da doença tende a ser diferente, de tal forma que as curvas de números de casos tendem a baixar alguns dias após o lockdown, ou seja, a adoção de medidas de bloqueio, como o isolamento social. Conforme o diretor do Saúde Univates, Jairo Horlle, a condição de propagação do vírus está diretamente relacionada ao contato entre pessoas e com objetos contaminados.

Daí a importância do isolamento social. É necessário dizer que isolamento social preconiza ausência de circulação ou circulação mínima das pessoas pelos ambientes das cidades. Se a circulação for necessária, então deve ocorrer apenas para o essencial e ser realizada por poucos indivíduos. Somada aos cuidados com a higiene, essa ação ajudará a achatar a taxa de propagação do vírus e minimizará seus impactos
Jairo Horlle, diretor do Saúde Univates

Pela projeção do Governo do Estado, com o primeiro caso confirmado no dia 10 de março, há possibilidade de o 50º caso ocorrer no dia 24 de março, de forma que o pico de coronavírus no Rio Grande do Sul deve ocorrer entre o dia 31 de março e 7 de abril. Após os 14 dias, o número de casos pode variar de 245, no cenário moderado, a 4.340 no cenário extremo.

O número de casos no RS dependerá, em grande medida, das ações tomadas para desacelerar o contágio na primeira fase. Os efeitos das ações vão demorar algumas semanas. As causas de trajetórias tão distintas entre países ainda são desconhecidas.

População idosa

 

 

A taxa de mortalidade do coronavírus é particularmente preocupante para aqueles com mais de 60 anos. No Estado do Rio Grande do Sul, 20% da população está nessa faixa etária. Entre os idosos com 80 anos ou mais infectados pelo Covid-19 a taxa de mortalidade é de 14,8%. Conforme o estudo, países com porcentagem de idosos semelhante à da Itália (Alemanha, Suécia e Áustria) têm taxas de mortalidade muito menores por terem evitado o contágio na primeira fase, por isso o documento reforça a necessidade de medidas preventivas já no estágio inicial de casos.

Capacidade hospitalar

De acordo com o Ministério da Saúde, o número de leitos no Estado é de 30.176, com mais 3.254 que são de uso complementar para neonatal, pediátrico e adulto. Conforme a estimativa, 15% dos casos precisarão de hospitalização e 5% precisarão de cuidados intensivos.

Univates toma medidas para contribuir no enfrentamento da pandemia

Além de virtualizar as aulas, a Univates permitiu aos funcionários realizarem seu trabalho na modalidade home office, mantendo estrutura mínima presencial para atendimento a professores, alunos e comunidade. Os serviços como Complexo Esportivo, Clínica-Escola de Fisioterapia, Clínica de Odontologia Ampliada, entre outros, foram suspensos. Alguns, entretanto, foram mantidos, como os atendimentos no Laboratório de Análises Clínicas Univates e no Ambulatório de Especialidades Médicas, este último com reprogramação de agendas, além daqueles em parceria com o município: UBS Universidade, Farmácia-Escola e Assistência Profissional em Saúde.

A Universidade também criou uma página para orientar a comunidade: https://www.univates.br/previnacoronavirus