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Medalhas das Olimpíadas de Tóquio foram feitas a partir da reciclagem de resíduos eletrônicos

Postado as 06/08/2021 13:50:22

Por Confira artigo de Gustavo Schäfer, coordenador da Gestão Ambiental e do Ecovates

Divulgação/COI

Conforme o Comitê Olímpico Internacional (COI), para premiar os vencedores das 46 modalidades em disputa nos jogos olímpicos de Tóquio de 2020, foi necessário coletar mais de 78 toneladas de resíduos eletrônicos e seis milhões de celulares, dos quais foram extraídos 32 quilos de ouro, 3,5 quilos de prata e 2,2 quilos de bronze.

A iniciativa do COI de utilizar materiais recicláveis para premiar os atletas vem sendo aperfeiçoada desde as Olimpíadas de Vancouver em 2010, quando pela primeira vez na história resíduos eletrônicos se transformaram em algumas medalhas. Já nos Jogos do Rio de Janeiro, no ano de 2016, as medalhas de prata e bronze foram produzidas com 30% de material reciclado.

Ainda de acordo com informações do Comitê Olímpico Internacional, o projeto contou com a participação direta da população japonesa, que há cerca de dois anos recebeu uma convocação para que encaminhasse seu lixo eletrônico à reciclagem.

No Brasil, somente em 2020, foram utilizados cerca de 420 milhões de dispositivos digitais, como tablets, smartphones e notebooks, de acordo com a 31a pesquisa anual realizada pelo Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da Fundação Getúlio Vargas (FGVcia). Com o crescimento exponencial do uso das tecnologias e dos aparelhos móveis, ocorre também o aumento da geração de resíduos eletroportáteis.

Segundo o estudo The Global E-Waste Monitor 2017, realizado pela Organização das Nações Unidas (ONU), podem ser encontrados em eletrônicos complexos até 60 elementos diferentes, desde metais preciosos, como ouro, prata, cobre e platina, até resíduos de ferro, alumínio e metais pesados, como mercúrio, cádmio e chumbo, além de produtos químicos como o clorofluorcarbono (CFC). Além disso, em 2016, verificou-se que apenas 20% dos resíduos eletrônicos tiveram seu descarte comprovado à reciclagem, sendo o restante provavelmente armazenado indevidamente em aterros sanitários.

Os elementos chamados de “metais” ocorrem de forma natural no meio ambiente, contudo são introduzidas quantidades deles no ambiente por meio das atividades humanas, processos industriais e transportes. Diversos metais são tóxicos, e não são biodegradáveis, por isso são indestrutíveis no meio ambiente. Ainda, determinados metais são necessários para os seres humanos, mas, dependendo da dose, são maléficos à saúde humana (MASTERS, 1997). Outras substâncias como o arsênio, presente em alguns eletrônicos, mesmo sendo classificado como não metal, apresenta efeitos ambientais semelhantes aos dos metais pesados, que possuem propriedades tóxicas. Dessa forma, o aumento dos níveis desses elementos encontrados no meio ambiente deve-se principalmente à poluição antrópica (AGAWAL, 2009).

Nicole Morás

Gustavo Schäfer é coordenador do Ecovates

As contaminações que os elementos utilizados em equipamentos eletrônicos podem causar ao meio ambiente são diversas. Os metais pesados podem contaminar o solo, prejudicando o crescimento das plantas e, ainda, podem contaminar as águas prejudicando todas as formas de vida que dependem deste recurso.

É essencial que a população perceba o perigo do descarte incorreto de resíduos eletrônicos, tanto para o meio ambiente quanto para a saúde das pessoas. A conscientização ambiental da população sobre o assunto é um caminho que permite aumentar a rede de contatos e expandir o conhecimento. A destinação correta desses resíduos é fundamental para eliminarmos os impactos ambientais gerados pelo descarte incorreto desses materiais.

O Ecovates oferece aos seus clientes um novo olhar sobre o descarte de resíduos, priorizando destinações adequadas, como a reciclagem, reutilização, descontaminação, coprocessamento e incineração, prezando pela diminuição da geração dos resíduos produzidos. Os eletrônicos são encaminhados para reciclagem, assim como as pilhas, baterias e lâmpadas, passando primeiramente por processos de descontaminação.

O contato com o Ecovates pode ser feito pelo e-mail ecovates@univates.br ou pelo telefone (51) 98013-3900. 

Bibliografia:

MASTERS, G. Introduction to Environmental Engineering and Science. New Jersey: Prentice Hall, 1997. 

AGARWAL, Shyam Kishor. Heavy metal pollution. APH publishing, 2009.