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Experimentando um pouco da futura profissão, eles também contribuem com a sociedade

Postado em 03/01/2014 10h47min

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Que estudar é uma ótima forma de obter conhecimento todos já sabem, mas, quando os estudos são colocados em prática, o aprendizado fica ainda melhor. Se o conteúdo aprendido em sala de aula for aplicado em uma intervenção na sociedade, mesmo que de forma sutil, a sensação de amadurecimento torna-se presente. É justamente essa experiência que diversas disciplinas da Univates proporcionam aos acadêmicos.

 

Um exemplo é a disciplina de Empreendedorismo, que reúne estudantes de diversos cursos da graduação e propõe a realização de um trabalho de cunho social ou ambiental. A cada semestre, surgem novas ideias e intervenções sociais, como incentivo à doação de sangue e à adoção de cães ou ações de apoio a entidades beneficentes.

Outra disciplina que propicia ação mais direta com a comunidade é Psicologia e Instituições Escolares II, do curso de Psicologia, que propõe a realização de intervenções em escolas de Lajeado. Na primeira etapa da disciplina, a ênfase é dada à teoria, em que são discutidos temas como trabalho docente, a instituição educação, violência na escola e inclusão, entre outros. A partir de visita às escolas parceiras do trabalho, são pensadas ações para a segunda disciplina. Neste semestre, as atividades foram realizadas com turmas de 5a a 8a séries das escolas estaduais Irmã Branca e São João Bosco.

Conforme a professora da disciplina, psicóloga Suzana Schwertner, os principais objetivos da atividade são conhecer as diferentes formas de atuação do profissional psicólogo e fazer com que os alunos entendam que atuar em um contexto social diferente é complexo, mas que cada pequena ação já é capaz de mudar algo. “O papel do psicólogo não é dizer o que deve ser feito, mas sim, vivenciar essa realidade para tentar ajudar em algo”, ressalta. Ela conta que a solicitação do trabalho foi feita pelas próprias escolas, para que os acadêmicos tentassem auxiliar em algumas questões específicas. “Recebemos o chamado de mais três ou quatro escolas que ficaram sabendo da nossa atividade. Este também é o papel do psicólogo, de atender as solicitações, entendendo suas limitações”, explica Suzana, que não interfere nas ações pensadas e realizadas pelos alunos. A supervisão é feita somente após o retorno à Univates, quando o grupo conversa sobre as atividades realizadas.

Para a diretora da escola São João Bosco, Loiva Crestani Fauri, a atividade é fundamental. O local conta com esse trabalho do curso de Psicologia da Univates desde 2011. “No primeiro ano, foi feito somente com a 8a série, e as outras turmas ficaram com ciúmes. Então pensei que teríamos que conseguir a atividade para os demais alunos. Afinal, os psicólogos estão aí para nos ajudar em momentos difíceis”, salienta.

De acordo com Loiva, a maioria dos alunos gosta de participar. “Alguns até se assustam um pouco, porque mexe muito com os sentimentos. Em uma das atividades foi passado um vídeo sobre violência e alguns deles até choraram”, comenta a diretora. “Temos crianças que passam fome, é muita carência. Às vezes, não temos estrutura para tudo isso, porque são muitas questões que precisamos trabalhar”, acrescenta Loiva.

Para a estudante Geni Antoniazzi, que trabalhou com a turma da 8a série da escola São João Bosco, a atividade foi maravilhosa. “Trabalhamos com eles sobre expectativas quanto ao futuro, sonhos, principalmente pensando que na 8a série começa-se a refletir sobre a continuidade ou não dos estudos, e questões ligadas à profissão”, explica Geni, que percebe a necessidade de os estudantes participarem de atividades diferentes das aulas tradicionais. “Seria interessante se houvesse mais momentos como esse, mas também sabemos que não é simples fazer isso no cotidiano escolar”, acrescenta.

Entre os participantes da atividade estiveram os alunos Matheus Couto, de 14 anos, e Thiago Silva, 15, ambos da 8a série. Eles consideraram a atividade um momento especial em suas vidas. “Pediram para expormos nossa ideia de felicidade de formas diferentes, e fizeram a gente pensar em coisas novas. Achamos muito bom, não é toda hora que acontece isso”, relatam.

A estudante Juliana Flores trabalhou com a turma da 5a série da mesma escola, propondo atividade para reforçar os pontos positivos da turma, por meio de dinâmicas e de atividades lúdicas, como música e dança. “O dia mais marcante da atividade para nós foi hoje, pois a professora da turma estava quase desistindo de dar aula e disse que vai continuar na turma, pois percebeu que eles podem ser diferentes”, revela a acadêmica, orgulhosa.

Juliana conta que a forma com que os alunos se expressaram, com conversa, gritos e barulho, foi importante para o desenvolvimento do trabalho. “Foi importante a bagunça que eles fizeram, pois, se ficassem quietos, não conseguiríamos entender o que eles queriam. O psicólogo tem que estar inserido na escola para trabalhar com os estudantes e professores”, complementa a estudante, acrescentando que a proposta da Univates permite vivenciar na prática algo tão importante para os acadêmicos de Psicologia.

A disciplina proporcionou cinco encontros para os estudantes trabalharem as ações e, ao final, foi organizada uma confraternização para apresentação das atividades no câmpus da Univates, com a participação das turmas das duas escolas participantes. O momento celebrou o término das atividades do semestre, mas permanece entre o grupo o sentimento de que pequenas ações podem fazer grande diferença para alguém.

Estudantes propõem a criação de horta orgânica em escola

Preocupados com a qualidade da alimentação escolar, um grupo de estudantes da disciplina de Empreendedorismo propôs, neste semestre, a criação de uma horta orgânica na escola Porto Novo, de Lajeado. O grupo foi composto pelos acadêmicos Diego Fischer Bassegio, do curso de Administração de Empresas; Diogo Fernando Dickel, de Engenharia Civil; Ohana Majolo de Azevedo, de Design; Shandler Nércio Martini e Tiago Daniel Jachetti, de Gestão de Micro e Pequenas Empresas.

Conforme Ohana, a criação da horta orgânica foi realizada em três dias. Os acadêmicos entraram em contato com a escola e apresentaram o projeto. Em seguida, eles foram até o local para limpar e preparar o terreno. As hortas foram feitas no dia 17 de setembro, com a participação de duas turmas do 5º ano do Ensino Fundamental e seu professor responsável.

Cada turma fez a sua horta e também trabalhou na criação de composteiras. Ohana ressalta que seu grupo acredita que a interação com a natureza é muito importante para o desenvolvimento humano, e o retorno recebido das crianças foi muito positivo. “Eles adoraram a atividade e o professor Diógenes, responsável pela manutenção, nos informou que os alunos estão se revezando para cuidar da horta e da composteira. Em breve, acreditamos que eles já poderão utilizar na merenda e levar para casa alimentos sem agrotóxicos”, salienta Ohana.

 

 

ESTA MATÉRIA INTEGRA O JORNAL DA UNIVATES, EDIÇÃO DE DEZEMBRO DE 2013, QUE PODE SER CONFERIDA NESTE LINK.

 

 

Turma de Psicologia e Instituições Escolares II, do curso de Psicologia, realizou intervenções em escolas de Lajeado

Tuane Eggers

Turma de Psicologia e Instituições Escolares II, do curso de Psicologia, realizou intervenções em escolas de Lajeado

Tuane Eggers

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Tuane Eggers

Turma de Psicologia e Instituições Escolares II, do curso de Psicologia, realizou intervenções em escolas de Lajeado

Tuane Eggers

Estudantes da disciplina de Empreendedorismo com alunos da escola Porto Novo

Divulgação

Horta construída na escola Porto Novo

Turma de Psicologia e Instituições Escolares II, do curso de Psicologia, realizou intervenções em escolas de Lajeado

Tuane Eggers

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Tuane Eggers

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Tuane Eggers

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Tuane Eggers

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