O V Simpósio Internacional Diálogos na Contemporaneidade teve como última atividade, na noite desta sexta-feira, 15, no Teatro Univates, a exibição de três curtas-metragens e debate com Bruno Carboni, diretor do curta "O teto sobre nós" e sócio-fundador da Tokyo Filmes; Diego Tafarel, diretor do curta "Pobre Preto Puto" e sócio-proprietário da Pé de Coelho Filmes; Marta Nunes, professora da Uergs e produtora cultural do curta "Pobre Preto Puto"; Matheus Butzke Piccoli, roteirista e montador do curta "Secundas"; e Caca Nazario, diretor do curta "Secundas". A mediação dos trabalhos foi conduzida pelo professor Rodrigo Brod.
Os três curtas-metragens versam sobre questões que envolvem a sexualidade dos indivíduos, os preconceitos e a busca por direitos. Em "O teto sobre nós" a trama se desenrola a partir da angústia do iminente despejo de um grupo de moradores de rua que ocupava um prédio abandonado. Como diretor do curta, Carboni revelou que o roteiro já estava em sua mente há algum tempo e que poder concretizá-lo foi algo muito gratificante. “Estou muito feliz por poder compartilhar com vocês esse projeto e mostrar através da arte um pouco da realidade de alguns locais da capital”, ressaltou.
O curta-metragem “Pobre Preto Puto" mostra a luta de Nei D'Ogum pelas causas negras, gays e transexuais. Ao falar da produção, Tafarel disse que o filme é uma homenagem à D'Ogum e à sua luta contra a discriminação racial, sexual e econômica. "Ele era um amigo pessoal e esse curta é uma celebração à vida de D'Ogum, que sempre defendeu os oprimidos", finalizou.
Já "Secundas" foi escolhido como melhor curta gaúcho da 45ª edição do Festival de Cinema de Gramado e retrata a ocupação da Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul por estudantes que reivindicavam melhores condições para a Educação. "Esse é o registro de um momento importante, de um momento histórico, em que os alunos mostraram que não aceitam o sucateamento da Educação, destacou Caca Nazario, diretor do curta.
Lançamento de campanha
Representando a Agência Experimental de Comunicação, Josué Delazeri e Makelly Rosa realizaram o lançamento da campanha “Que bom que somos diferentes”, a fim de combater a discriminação junto à comunidade acadêmica. A Política de Respeito às Individualidades, instituída pela Univates, visa aprimorar e promover um ambiente acolhedor de aprendizagem e de respeito para todos.
Foram espalhados por todo o campus 100 cartazes que evidenciam a frase tema da campanha com diferentes formas e cores. De acordo com a coordenadora do CCHS, Fernanda Brod, “essa ação foi pensada para que a Política adotada pela Instituição não ficasse apenas em um papel, ou em uma declaração guardada na gaveta, mas para que seja vista e tenha efeito na sociedade”, enfatizou.
Texto: Fernanda Kochhann, acadêmica do curso de Jornalismo