Utilizamos cookies neste site. Alguns são utilizados para melhorar sua experiência, outros para propósitos estatísticos, ou, ainda, para avaliar a eficácia promocional do nosso site e para oferecer produtos e serviços relevantes por meio de anúncios personalizados. Para mais informações sobre os cookies utilizados, consulte nossa Política de Privacidade.

Pesquisa da Univates analisa perfil nutricional de adultos que consomem alimentos ultraprocessados

Postado as 31/08/2020 13:49:35

Por Vinicius Mallmann

Divulgação

 

O consumo de alimentos ultraprocessados tem aumentado rapidamente nos últimos anos, estando relacionado ao ganho de peso e ao desenvolvimento de doenças crônicas. Em seu trabalho de conclusão de curso do Programa de Pós-Graduação em Dietoterapia nos Ciclos da Vida: Ênfase em Nutrição Clínica da Universidade do Vale do Taquari - Univates, a estudante Carolina Kraemer verificou a relação do consumo desse tipo de alimento com o perfil nutricional das pessoas. 

 

O trabalho, que teve orientação da coordenadora do curso de Nutrição da Univates, professora Fernanda Scherer Adami, avaliou dados de índice de massa corporal (IMC), circunferência abdominal (CA), circunferência do pescoço (CP) e consumo de alimentos ultraprocessados em uma amostra com 132 adultos. “A alimentação tem uma importante função na promoção da saúde e na qualidade de vida das pessoas. Levando em conta o aumento acelerado da industrialização e o consumo de alimentos ultraprocessados, a pesquisa serve de alerta para a população, pois o consumo excessivo desse grupo de alimentos pode representar diversos problemas para a saúde, em especial a descompensação dos marcadores antropométricos e os riscos para complicações metabólicas associadas ao sobrepeso e à obesidade”, salienta a estudante.

Para a orientadora, pesquisas relacionadas à alimentação refletem na saúde da população. “A importância da pesquisa durante a vida acadêmica e profissional nas áreas de alimentação e nutrição está relacionada com a identificação dos fatores de risco das doenças que acometem a população e afetam negativamente ou positivamente a qualidade de vida. Precisamos gerar informações sobre o panorama alimentar e nutricional da população para melhorar as estratégias do serviço de saúde em relação à prevenção e ao tratamento das doenças e valorizar e consumir os alimentos in natura ou minimamente processados”, explica Fernanda.

Resultados

 

Como resultados, a estudante constatou que o consumo médio de alimentos ultraprocessados correspondeu a 29% da alimentação diária dos participantes, e que 33 pessoas, o que representa 25% dos entrevistados, apresentaram sobrepeso. Além disso, 99 pessoas, o que representa 75%, apresentaram risco muito elevado para complicações metabólicas associadas à obesidade classificada pela CA e 104 participantes, 78,8% dos entrevistados, apresentaram elevado risco cardiovascular pela CP.

Segundo a estudante, esses riscos favorecem o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, em especial as doenças cardiovasculares. “A maioria apresentou excesso de peso, risco muito elevado para complicações metabólicas associadas à obesidade, além de elevado risco cardiovascular. Quanto maior a idade, mais elevada a média do IMC, CA e CP dos indivíduos analisados”, conta.

Arquivo Pessoal

 

Com a pesquisa, Carolina espera conscientizar a população e incentivar hábitos saudáveis. “Os resultados encontrados contribuem para que a população em geral e a comunidade científica tenham conhecimento sobre a influência do consumo de alimentos ultraprocessados no perfil nutricional de indivíduos adultos. A alimentação merece atenção para a manutenção da saúde, por meio de indicadores antropométricos adequados. É orientado o estímulo à alimentação saudável desde os primeiros anos de vida, período em que estão desenvolvendo suas preferências alimentares, para que se tornem adultos saudáveis, com bons hábitos alimentares. Deve-se priorizar sempre alimentos in natura e minimamente processados e evitar alimentos processados e, acima de tudo, os ultraprocessados”, finaliza a estudante.