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Estudante da Univates analisa o crescimento da Psicologia do Esporte no Rio Grande do Sul

Postado as 26/10/2020 13:32:47

Por Vinicius Mallmann

 

A Psicologia do Esporte é uma área que está em constante crescimento, sendo cada vez mais notada e considerada por atletas e clubes esportivos. O assunto foi tema do Trabalho de Conclusão de Curso da estudante do curso de Psicologia, Isadora Pretto Chemin, que buscou compreender e analisar os processos interventivos, bem como investigar as principais modalidades esportivas em que se encontram atuando os psicólogos, suas atividades e métodos de trabalho.

Arquivo Pessoal

Orientado pela professora Suzana Feldens Schwertner, o trabalho foi intitulado “Os processos interventivos da psicologia do esporte para um grupo de atuantes no Rio Grande do Sul: o que pensam os psicólogos?”. De acordo com a estudante, a motivação por abordar o tema veio por meio do carinho pela prática esportiva.“Desde muito pequena pratiquei esportes. O meu primeiro contato com esse mundo veio a partir do ballet, em que aprendi um pouco sobre disciplina e diversão. Em seguida, saltei para o voleibol, um esporte coletivo em que pude aprender muito mais sobre trabalhar em grupo. No terceiro ano da graduação, durante as olimpíadas de 2016, vi uma entrevista do atleta Diego Hypolito, que referiu a importância que um psicólogo fez na sua caminhada de preparação para a competição. A partir daí, meu interesse pela Psicologia do Esporte começou a aparecer e pude conhecer uma área que não conhecia”, relata a estudante.

 

Para realizar a pesquisa, Isadora entrou em contato com psicólogos atuantes da área no Rio Grande do Sul e propôs a eles a participação na investigação por meio de um questionário contendo perguntas específicas sobre suas atuações. Com as respostas, a discente organizou os dados por meio de uma Análise de Conteúdo e na Categorização por Acervo, que busca, através dos resultados, organizar as ideias com base em estudos científicos realizados.

Conclusões

Por meio do trabalho, Isadora concluiu que o campo de trabalho é amplo, mas as possibilidades são reduzidas. Na análise dos questionários, ela identificou que as modalidades com maior presença de um psicólogo no Rio Grande do Sul são o futebol e o tênis, e que as técnicas e intervenções utilizadas são semelhantes, mas específicas para cada modalidade e objetivo. 

 

Os resultados ainda evidenciaram que as atividades dos profissionais são desenvolvidas durante os treinos, como as observações e intervenções, tanto em atletas como na comissão técnica, com treinadores e educadores físicos. “A partir dos resultados encontrados na pesquisa, pude perceber e reforçar a ideia de que a Psicologia do Esporte está crescendo no Brasil e no mundo. No entanto, apresenta-se restrita, vide a dificuldade de encontrar psicólogos atuando nesse campo. O espaço do psicólogo ainda precisa ser conquistado em muitas outras áreas da Psicologia do Esporte, de forma a aprimorar e auxiliar os atletas no seu desenvolvimento e bom desempenho”, finaliza a estudante.

Bruna Alves

Para a professora Suzana, o trabalho realizado pela estudante reforça a baixa participação de psicólogos na área esportiva.  “O trabalho da Isadora mexeu muito comigo também. Sempre fui praticante de algum esporte, fiz ginástica olímpica (hoje, chamada artística) dos 4 aos 14 anos, me arrisquei na dança e depois joguei muito voleibol. Questionava-me sobre a atuação coletiva, sobre os efeitos do emocional em cada atleta e na equipe. Depois, quando passei a estudar Psicologia, fui conhecendo diversas áreas de atuação, entre elas a Psicologia Esportiva. Não foi nada fácil a busca pelos psicólogos atuantes. A Isadora teve que recorrer a várias instituições e publicações para acessar documentos e pessoas que pudessem auxiliar no trabalho de investigação. Fora o fato de realizar um trabalho de pesquisa por meio da internet - muitos e-mails caíam direto no Spam ou não eram levados em consideração, por ser de uma remetente desconhecida. Mas o trabalho alcançou resultados muito interessantes e mostra a importância de apostar em uma área na qual a Psicologia é muito referenciada, mas ainda pouco considerada como ‘componente fundamental’ - na equipe esportiva. Ela deveria ser considerada como um elemento tão fundamental quanto o técnico ou preparador físico”, destaca a orientadora.