Utilizamos cookies neste site. Alguns são utilizados para melhorar sua experiência, outros para propósitos estatísticos, ou, ainda, para avaliar a eficácia promocional do nosso site e para oferecer produtos e serviços relevantes por meio de anúncios personalizados. Para mais informações sobre os cookies utilizados, consulte nossa Política de Privacidade.

Estudantes de Pedagogia desenvolvem materiais lúdicos para a Emei SER, de Lajeado

Postado as 21/07/2021 09:44:14

Por Nicole Morás

O Aula+ é uma proposta pedagógica da Universidade do Vale do Taquari - Univates que proporciona mais inovação com mais experiências e conhecimento para os cursos de graduação no modelo híbrido. Para isso, os componentes curriculares são divididos em Seminários e Ateliês. No primeiro, professores e alunos realizam estudos e pesquisas para a construção do conhecimento e a articulação da teoria com a prática. Já nos Ateliês são trabalhados problemas reais, simulações e criação de projetos, de forma que seja o momento da experimentação, da criação, da prática e da tentativa.

Divulgação

No curso de Pedagogia, as atividades do componente curricular Ludicidade e Infância do Aula+ resultaram na criação de mais de 20 propostas pedagógicas que já estão disponíveis para os professores da Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) SER, localizada no bairro Santo Antônio, em Lajeado, cuja gestão de profissionais é realizada pela Fundação Univates.

De acordo com a professora Jacqueline Silva, esse componente curricular, com 100% da sua carga horária destinada à extensão, teve como objetivo pensar o brincar como eixo estruturante de uma docência inventiva e investigativa, a partir da experimentação lúdica. As atividades do componente curricular foram desenvolvidas de modo virtual.

Inicialmente foi realizado um encontro com a supervisão da escola a respeito do que desejávamos fazer. Assim, diante do exposto, a escola elaborou um vídeo apresentando cada um dos espaços da Emei para a turma, para que os estudantes tivessem uma ideia do que poderiam propor e construir. Então os acadêmicos foram divididos em grupos e deu-se início à elaboração das propostas lúdicas
Professora Jacqueline Silva

Divulgação

 

Para isso, cada grupo ficou responsável pela elaboração e construção de até seis propostas. Em cada um dos 18 encontros virtualizados, houve a participação da coordenação pedagógica da Emei e de um ou dois professores, que acompanharam as discussões realizadas em cada um dos grupos.

As atividades desenvolvidas no Ateliê foram complementares ao componente curricular Seminário, que ocorria na mesma noite do componente Ateliê. Naquele foram discutidos vários temas, como: a importância do brincar na infância; os conceitos que envolvem a ludicidade; o brincar e a aprendizagem; o recreio e os sentidos do brincar do ponto de vista das crianças; discussão sobre gênero na seleção de brinquedos; o trabalho com as sucatas; a brinquedoteca hospitalar como estratégia de enfrentamento da hospitalização infantil; constituição e organização das brinquedotecas; a importância da organização dos espaços lúdicos; entre outros.

Dessa forma, o componente Seminário, com as discussões que nele foram abordadas, auxiliou os acadêmicos na construção dos objetivos das propostas, como os materiais a serem utilizados, a qualidade, entre outros aspectos observados. Concomitante à elaboração e à construção das propostas lúdicas, os estudantes também produziram fichas lúdicas para cada brinquedo ou jogo desenvolvido. A ficha lúdica que acompanhou cada material construído apresentou: título do material, objetivo, faixa etária em que pode ser utilizado, listagem dos materiais utilizados e respectiva quantidade e descrição de sugestões de uso.

Conforme a professora Jacqueline, as atividades do Ateliê permitiram que os estudantes, enquanto construíam os materiais, problematizassem os temas tratados em cada aula do Seminário e, a partir das problematizações realizadas, construíssem materiais com objetivos – desde a seleção do recurso físico para a sua estrutura, como pneus e embalagens plásticas, até a estruturação de fichas lúdicas para cada um deles, apresentando, entre vários aspectos, nome, faixa etária em que pode ser utilizado e materiais.

Divulgação

 

Para a estudante Cihbelle Cavalleri, a experiência de elaboração e desenvolvimento dos materiais doados à Emei SER foi de suma importância, pois, ao estudar e aprofundar estudos sobre a ludicidade e suas relações com a infância, ela pôde perceber o quão valioso é para o desenvolvimento infantil o aspecto lúdico e tudo o que o acompanha e complementa a jornada de experiências das crianças ao explorarem os materiais. “Sucatas, por exemplo, transformadas em outros objetos ou expostas às crianças oportunizam novas experiências e criações, proporcionando a elas novos modos de ver e utilizar esses objetos que, por vezes, são tidos como descartáveis. Atentando para todas as trocas e experimentações realizadas durante o componente curricular Ludicidade e Infância, ministrado pela professora Jacqueline, pude fazer reflexões que, além de me auxiliarem em meu trabalho, trouxeram-me novas perspectivas sobre, especialmente, o que entendemos por reutilização de materiais e como podemos transformá-los em novas possibilidades para exploração, nossa e das crianças”, relata.

Segundo a supervisora escolar da Emei SER, Daniela Kraemer, por meio da interação das estudantes com as professoras da escola, foi possível aliar a teoria à prática, estudando questões teóricas com o grupo de professores e monitores da escola, a fim de aproximar as práticas daquilo que faz mais sentido para as crianças. “As estudantes confeccionaram brinquedos para a escola, em parceria com as professoras da Emei, que participaram das aulas trocando ideias e experiências sobre o uso e aplicação dos materiais na escola”, afirma.